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Nova Sociologia do Currículo: um ensaio do conceito
A Sociologia desenvolveu-se na Inglaterra principalmente na década de 1950, quando o ensino dessa disciplina expandiu-se nas escolas secundárias e no ensino superior. Esses estudos surgiram primordialmente para dar conta de resolver de maneira prática e eficiente os problemas sociais advindos das novas reordenações classistas, dos anseios populares e das mudanças na dinâmica econômica. Visando essa efetividade, a Sociologia viu-se obrigada a se apoiar cientificamente nos métodos das ciências naturais, haja vista apenas a partir disso poderia lograr reconhecimento e ser inserida entre as ciências legitimadas e aceita como tal.
Feijoada literária para os jovens
A pergunta do fórum Discutindo, da revista Educação Pública, do último 15 de março feita por Ivaldo Ney era sobre como o professor pode trabalhar literatura de modo a estimular o aluno a gostar do tema. A participante Thelma Regina Siqueira Linhares apostou na utilização de “gêneros textuais diversos. Livros de imagens, livros de poesias, livros abordando temas transversais... de literatura... sem intenção paradidática”. Isso, porém, não basta, ela completa dizendo que deve-se vivenciar a literatura, “promover recitais... dramatizações... intermediar contatos entre leitor/a e escritor/a... enfim, usar a criatividade e a imaginação no desenvolvimento e fortalecimento em prol do gostar de ler”. Para Franklin Rodrigues de Sousa a contextualização dos movimentos literários com fatos históricos pode ser um bom caminho; enquanto Fátima Nascimento acha que a solução está em levar o mundo interativo, no qual o jovem da atualidade vive, para o mundo das letras: “a literatura também deveria ser interativa, muitos autores foram filmados, temos uma mídia rica em filmes, vídeos (...) encenar peças sobre os livros pode ser uma boa estratégia de atração”, pois, segundo ela “só leitura para eles é pouco e sem graça”. Para Helena Sousa, o professor não deve obrigar o aluno a ler este ou aquele livro e sim despertar no aluno a curiosidade pela leitura, “assim, o aluno se decide pela leitura levado por este sentimento que de modo geral é muito fácil de se conseguir fazer aflorar, embora seja um trabalho que de antemão, sabe-se, não atingirá a todos, mas a partir do momento que um ou outro aluno começa a ler e gosta, é muito possível que este aluno se torne, sem saber, multiplicador do ato de ler”.
Revoltado ou Criativo?
Este texto tem circulado pela internet, sem identificação de autoria. Trata-se de uma interessante e divertida reflexão sobre o complicadíssimo processo ensino-aprendizagem.
Manuel Bandeira e a melancolia de Clavadel
Dizia Valéry, de acordo com a lírica da severidade formal praticada por Mallarmé, que "uma poesia deve ser uma festa para o intelecto". Por sua vez, o surrealista André Breton formularia outro princípio, oposto ao primeiro; segundo ele, "uma poesia deve ser a derrocada do intelecto". Ambas as assertivas datam de 1929 e atestam tendências polarizadoras da poesia moderna. No entanto, coincidem "no tocante à fuga da mediocridade humana, ao afastamento do concreto normal e dos sentimentos usuais", substituídos por
Sexualidade na sala de aula
Hoje, as crianças, em sua maioria, já sabem que o bebê "sai da barriga da mãe". Mas essa é a resposta mais simples. Outras perguntas complementares ainda suscitam dúvida e ansiedade no momento de serem respondidas, principalmente quando questionam "como o bebê entrou na barriga da mãe".
Crianças soropositivas e escolas
Diante da realidade do HIV/Aids, ainda é um desafio fazer com que a escola continue cumprindo o seu papel, honrando sua responsabilidade institucional na sociedade e permanecendo no seu lugar, sem ser abalada como atingida por um terremoto, diante do fato de saber que, entre seus alunos, há uma criança/adolescente soropositivo. Esse desafio tem que ser enfrentado com muita informação, especialmente com base na legislação, que diz ser garantida a matrícula de alunos soropositivos na rede escolar e que o sigilo à sua condição é inegável.
O tal sentimento de culpa: o meu, o teu etc.
Quantas vezes você se deparou com a tristeza de não conseguir estar com sua família numa comemoração porque estava trabalhando, a raiva do chefe que fez com que você chegasse em casa quando as crianças já estavam dormindo...? Quantas vezes sentimentos como esses escondiam a tal culpa por permitirmos demais, por acharmos ser aquilo o melhor a fazer, por optarmos pelo caminho que, em seguida, soubemos que não era o certo, culpa por não saber dizer não, culpa por ter feito e, pior, culpa por nem ter tentado fazer?
Carta resposta do chefe Seattle ao presidente dos Estados Unidos (1854)
Em 1854, ao ser sondado pelo governo Norte-Americano sobre o interesse de venda de suas terras, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, redigiu o hino de amor a suas origens que publicamos abaixo, documento cuja mensagem resgata os vínculos do homem com a natureza.
O inferno somos nós
Não faço parte dos Alcoólicos Anônimos, o AA; inclusive aprecio bem uma cervejinha nos fins de semana. Mas uma amiga que pertence a tal associação me falou sobre um lema que utilizam (não sei se é algo oficial ou se simplesmente é utilizado na unidade frequentada por ela) que achei genial: “O inferno somos nós”. Contrariando a famosa frase de Sartre (“O inferno são os outros”), de sua peça Entre quatro paredes, que conta a história de três pessoas que morrem e vão para o inferno. O local é bem diferente daquela representação tradicional cheia de fogueiras, fornalhas e diabinhos com tridentes a espetar as nádegas dos hóspedes. O inferno descrito pelo Pai do Existencialismo é bem mais sóbrio: trata-se de uma sala sem espelhos, cujos três habitantes não sentem fome nem sono e têm que ficar confinados lá por toda a eternidade. Não bastasse isso, são pessoas com características muito distintas, que com a convivência forçada acabam se odiando e se agredindo; entretanto, nem matar uns aos outros eles conseguem – já estão mortos. Assim, a todo instante deparam-se, através do olhar de seus companheiros, com um lado insuportável de si.
Como os vampiros aparecem na literatura e nas artes
Segundo Charles Lalo, há nove categorias estéticas, baseadas em três estados de harmonia e três partes da mente humana. Os três estados são: a posse, a procura e a perda. As três partes são a inteligência, a vontade e a sensibilidade.