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Figuras de mistério
Filosofia, Teologia e Língua Portuguesa e Literatura

Mediante expressões literárias, torna-se possível confundir experiências individuais e coletivas de tal modo que os seres humanos construam os sentidos de suas existências ao, simultaneamente, aprofundar os horizontes de entendimento em pleno diálogo com as tradições a que todos estamos submetidos. Desse modo, em constantes analogias com a História da Filosofia e da Literatura, nas interfaces entre metáforas e metonímias, apresentam-se sonhos e realidades a partir das entrelinhas da existência humana nas manifestações do ser. Figuras mitológicas e utópicas, poesia e prosa poética estão presentes neste texto.

O dia em que descobri que nasci professora

Hoje acordei pensando em desistir de ser professora. Sei lá, fazer outra coisa. Chega! Disse para mim mesma quando o relógio despertou: pronto decidi, vou ser secretária, atendente, camelô, qualquer coisa, menos professora. Analisando as minhas opções, a ideia de fazer outra coisa  agrada-me. Já sentiram isso? Vontade de não ser mais professor? Quanta cobrança. Pressão. Trabalho extra. Rouquidão. Alergia. Calos na garganta e nos pés. Tendinite.

Sobre ciência e conhecimento alicerçados no método e no contexto social
Filosofia, Sociologia e Formação de Professores

Estamos imersos num percurso teórico que exige refletir sobre saber, conhecimento científico e método; razão; abordagens empírico-analíticas do conhecimento; as diferentes abordagens que levam à fenomenologia da percepção e metodologias das ciências sociais e o materialismo histórico-dialético que pontua a economia política e a ontologia do ser social.

Versos que circulam

Faço versos de manhã quando acordo deslumbrado. Alguns versos faço sozinhos, outros surgem de montão. Quando os versos são sozinhos somem dentro entre os neurônios, que correm mais do que os versos e que carregam as palavras, que andavam todas grudadas por uma enorme inspiração, pelos cantos da cabeça ou as deixa no coração. No coração não há nada, só veias e barulhos. Ficam os versos desmilinguidos esperando outros neurônios, de outra manhã deslumbrada, levarem-nos de volta à casa abraçar alguma irmã. Os versos que surgem em muitos, ponho-os fora no papel; pelo Letes corriam neurônios e eles arrancam versos da mão. Ficam os versos espalhados entre os cantos do papel. No papel não há nada, só tintas e linhas brancas. Ficam os versos e seus sentidos esperando outros neurônios que puxem versos do papel. Só assim por fundos sulcos eles correm soltos entre ideias, viram corpos dentro de almas, apontam para gentes, lugares e tempos, saem ao léu mas cheios de planos vão a passeio de manhã.

Adultos rumo à terra do nunca

Ou eu estou ficando velha e ranzinza ou as pessoas estão ficando cada vez mais infantilizadas. Dentre as várias demonstrações desse complexo de Peter Pan generalizado um exemplo clássico é a histeria de que alguns adultos são acometidos quando um novo modelo de celular, tablet, ou qualquer aparelho de última geração chega ao mercado. Filas são formadas mundo afora para obter o tal objeto do desejo. “Querem por que querem” o aparelho da vez, como crianças que se esperneiam numa loja de brinquedo. Assombra-me essa histeria coletiva que toma marmanjos como se fosse uma questão de sobrevivência. Parece-me que o mercado, já tendo sacado isso, lança produtos visando esse tipo de consumo infantilizado.

Breve itinerário da literatura infantojuvenil de Clarice Lispector

Meu enleio vem de que um tapete é feito de tantos fios que não posso me resignar a seguir um fio só; meu enredamento vem de que uma história é feita de várias histórias. Clarice Lispector, Os Desastres de Sofia. In: Felicidade Clandestina, 1988, p. 100.

Sobre a natureza humana: eu e o meu cachorro

O ser humano, resultado de evolução biopsicossocial, guarda em sua hereditariedade sua primitividade, seus instintos, fruto da sua própria natureza. Ao observar os animais mais de perto, noto que somos muito parecidos, identificando-me muito com eles. Por que será que nós, seres humanos, temos tanta dificuldade e resistência em acreditar que não somos tão diferentes assim? Nada me sugere algo diferente da evolução darwiniana. Por mais bizarro que pareça o que vou dizer agora, meu cachorro me ensina muito! Às vezes, quando o levo a passear e ele fareja ou encontra algum(a) parceiro(a), não consigo domar seus instintos, principalmente os sexuais; ele me puxa fortemente, quase me arrastando com ele. Ao mesmo tempo, esse animal, que parece tão selvagem, toda vez que me vê abana o rabo, me abraça, pula, quer brincar e, acima de tudo, tem um ciúme enorme da nossa gata. Ele sente saudades quando estamos distantes, às vezes até deixando de se alimentar. Ou seja, apresenta sentimentos considerados sublimes e exclusivos de nossa espécie.

Bom dia!

Caminho às pressas pelas ruas o inverso que trago em mim: verão e inverno convivendo na mesma estação. Depois de tantos anos de urgência refaço o mesmo caminho. Agora, porém, jogando as sementes da vida nova que vejo além da TV. Séries, novelas, filmes, jornais, tudo ficou ultrapassado aqui. O mundo é novo e tem a cara lavada: sua roda é bem gigante e gira ligeiro em perfeita sintonia com minha corrente - a do sangue - que movimenta cabeça, pernas e peito. Alguns gostos são desconhecidos e ainda dou a cara ao tapa, mas não a outra face. Estou aqui e sei de mim, da minha competência e cumplicidade. E se às vezes ainda tento repetições tenho também muita mais satisfação... Não abro a mão para um aperto qualquer: ele tem que ser querido e bem forte. Preciso da energia autônoma! A cibernética seria perfeita para conjugar dois tempos em um só... Mas a perfeição é um fantasma que sempre aparece com o medo de abrir as portas. Os sonhos ainda rolam nas noites de calor como se fossem dois corpos molhados. E ainda é preciso sonhar... Para acreditar que a qualquer momento: o vinagre vai virar vinho, a maçã será repartida, a música será ouvida, o beijo conseguido. o poema entendido. E a alma estará em paz... Rezo, assim, quase todas noites. Não quando vou dormir, mas quando a madrugada já vai alta e num espaço de tempo, que nem sei bem qual é, acordo para dizer, antecipadamente, bom dia!

Tecnologia digital como apoio pedagógico para alunos com transtorno do espectro autista
Educação Especial e Inclusiva

Este artigo aborda o uso de tecnologias digitais como ferramenta pedagógica no ensino de alunos com transtorno do espectro autista (TEA). A partir de uma revisão bibliográfica, analisa-se como tais recursos podem favorecer a inclusão escolar, promovendo o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo. Destaca-se a importância da formação docente para o uso adequado dessas tecnologias e da adaptação curricular às necessidades dos alunos autistas. Embora não resolvam todos os desafios, as tecnologias contribuem significativamente para o protagonismo dos estudantes com TEA no processo de aprendizagem.