Biblioteca
Filtrar os artigos
A capacidade nuclear de Bin Laden
No texto "A mulher seminua e o ódio ao Ocidente", expus as ideias de Sayyid Qutb, que radicalizou a herança do fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al-Banna, estabelecendo a necessidade de uma Jihad global para a conversão do mundo ao Islã. Qutb confirmou a noção de Al-Banna de que a Jihad não é apenas defensiva, mas ampliou-a, deixando para trás a noção de que o terror islâmico deixaria o Ocidente em paz se o Ocidente deixasse em paz o mundo muçulmano. Em seu livro Sinalizações na estrada, Qutb diz: "Pode acontecer que os inimigos do Islã considerem conveniente não tomar nenhuma medida contra o Islã, se o Islã os deixar sozinhos em suas fronteiras geográficas para que continuem o domínio de alguns homens sobre outros homens, e se o Islã não estender a eles a sua declaração de liberdade universal. Mas o Islã não pode concordar com isso". E complementa: "De fato, o Islã tem o direito de tomar a iniciativa. Ele não é uma herança de nenhuma raça particular ou país. O Islã é a religião de Deus e é para o mundo inteiro. Ele tem o direito de destruir todos os obstáculos na forma de instituições e tradições que limitem a liberdade de escolha dos homens". Foi o que fez a al-Qaeda ao atacar as Torres Gêmeas e o Pentágono. Os terroristas tomaram a iniciativa.
Política social e combate à pobreza
A política, de acordo com Silveira Bueno, é uma ciência que envolve relações entre os Estados, entre as nações, entre blocos de nações, entre a sociedade civil organizada ou não organizada, entre todos os povos que habitam o planeta, entre as pessoas, visando a obtenção de resultados previamente desejados. Sendo assim, a busca dos objetivos que possam satisfazer, politicamente, todo este complexo social e mundial deve ser complicadíssimo, ou seja, trata-se de uma equação de difícil solução e com permanente introdução de novas variáveis. Desta forma, mesmo que reduzíssemos toda essa relação a um simples contrato mercantil e/ou social escrito, datado e assinado por todos, a parte relativa à política social, por si só, já seria complexa, representaria uma cláusula obrigatória no capítulo que dispõe sobre as obrigações coletivas e que, de acordo com Sérgio Henrique Abranches, deve ficar a cargo do Estado. Porém, aquilo a que assistimos nas últimas décadas do século XX foi um crescimento exponencial de organizações não-governamentais (ONGs) atuando no segmento das políticas sociais, assumindo e operacionalizando ações em áreas histórica e majoritariamente ligadas ao Estado, tais como saúde, segurança e educação. Mas, ainda de acordo com Abranches, pensar em política é pensar em conflito e poder. Um conflito caracterizado pela negociação e regulado por instituições que também atuam no campo político e no poder que revela como os seus detentores o usam para praticar atos que reduzem as chances dos mais fracos.
Movimentos sociais, tecnologias de informação e o ativismo em rede
Assim como os atores políticos e econômicos se globalizam, também se globalizam os coletivos sociais, incorporando o que as novas tecnologias de informação e comunicação melhor lhes oferecem, de forma a compensar a desigual distribuição de recursos e poder.
Milton Santos (03/05/26 - 24/06/01)
No dia 3 de maio de 1926 nascia, no interior da Bahia, o geógrafo Milton Santos, um dos mais importantes representantes do pensamento livre e original da academia brasileira. Foi conhecido primeiro no exterior, onde viveu e se tornou célebre, para só então ser reconhecido no Brasil, quando recebeu o Prêmio Vautrin Lud, em 1994, equivalente ao Nobel na Geografia.
Crise de identidade? Na Geografia?
Globalização e ciberespaço, mais facilmente associados aos estudos de economia ou sociologia, por vezes podem causar espanto quanto aparecem tratados por geógrafos. Algumas pessoas chegam a pensar que a ciência passa por uma crise de identidade. Nada mais longe da verdade.