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Grau zero da Barbárie

Por que alguém segue uma regra? Duas respostas podem ser dadas. Alguém segue uma regra, ou porque se tem consciência da importância e das vantagens de se seguir essa regra, ou porque tem medo da sanção. No primeiro caso a regra é entendida, seu conteúdo é absorvido, as vantagens de sua execução são claras e os sujeitos adequam-se a ela de modo espontâneo. Num mundo regido por pessoas dotadas de profundos sentimentos morais o crime talvez fosse uma exceção exótica. Talvez, num universo paralelo desse tipo, a vida seja muito tediosa. Tudo esteja em seu lugar. Os custos sociais para manter a vida "em ordem" sejam tão baixos que os telejornais acabem tendo que forjar um conjunto de notícias triviais para entreter o público. Mas confiar nos sentimentos morais do seu vizinho é sempre um risco. Uma aposta na humanidade do outro, na sua racionalidade, na sua capacidade de entender as vantagens de se seguir uma norma de convívio social é sempre um tiro no escuro. Nunca se sabe quando alguém vai saltar o limite que separa o homem de bem da besta selvagem.

A infância perdida

Se existe um grupo de agentes que definitivamente perdeu com a modernidade foi o conjunto das pessoas que fazem parte da fase do ciclo da vida que denominamos infância. É mais do que lamentável o fenômeno em apreço. Não faz muito tempo que a criança era entendida como o futuro de um país e/ou a possibilidade iminente de dias melhores. Ledo engano: hodiernamente, a infância é tratada como algo qualquer, um adulto em miniatura, um proletariado em potencial, uma projeção ininterrupta dos pais e uma fonte de renda para agentes do mercado.

Manuel Bandeira e a melancolia de Clavadel

Dizia Valéry, de acordo com a lírica da severidade formal praticada por Mallarmé, que "uma poesia deve ser uma festa para o intelecto". Por sua vez, o surrealista André Breton formularia outro princípio, oposto ao primeiro; segundo ele, "uma poesia deve ser a derrocada do intelecto". Ambas as assertivas datam de 1929 e atestam tendências polarizadoras da poesia moderna. No entanto, coincidem "no tocante à fuga da mediocridade humana, ao afastamento do concreto normal e dos sentimentos usuais", substituídos por

O Palacete do Mimi em simbologia e significado

Refiro-me ao erro de darem ouvidos aos aduladores, que povoam todas as cortes. É que os homens são de tal modo acessíveis à lisonja e tão facilmente se deixam por ela enganar que só com dificuldade se defendem dessa praga; e quando procuram fazê-lo, correm o risco de cair no desprezo. O melhor escudo contra a lisonja consiste em levar os homens a compreender que não nos ofendem quando nos dizem a verdade.

As surpresas de uma feira literária

A feira literária do colégio onde leciono acontece uma vez por ano. Nesse período a comunidade escolar fica em polvorosa, muitos alunos empenhados em mostrar um bom trabalho, professores orientando as turmas sobre como apresentar os temas, cartazes e mais cartazes enfeitando as paredes internas do prédio. Cada turma fica responsável por apresentar um tema de sua preferência, não necessariamente ligado a literatura. Essa referência inserida no nome da feira explica-se pelo fato de que, para fazer o trabalho, pressupõe-se que a turma deverá fazer diversas leituras sobre o assunto. O evento, portanto, está mais para uma feira cultural. Depois de alguns dias de preparação, a escola fica uns dois ou três dias em função da feira. Cada turma utiliza a própria sala para apresentar a todos os professores de seu respectivo turno, aos orientadores e à direção. Todos nós ganhamos uma ficha de avaliação para ser preenchida ao término de cada apresentação.

Dia 2 de fevereiro é dia de festa no mar!

Já não posso ser o primeiro a saudar Yemanjá, pois é de tarde. Mas tentei, à vera, ser o primeiro há 42 anos. Só que não dava. Eram muitos primeiros. Uma multidão cobria o Rio Vermelho. Cada vez que vou no bairro sinto uma grande emoção, apesar de todas as modificações por lá acontecidas.

Abrindo a "caixa preta" do poder judiciário

Recentemente, os jornais noticiaram a prisão de uma empregada doméstica por ter roubado um pote de manteiga de uma pequena mercearia em São Paulo. Sabendo, nem que seja por ouvir dizer, das condições de nossas delegacias, casas de custódia, penitenciárias e tais, para onde são levadas pessoas acusadas de terem cometido crimes, a notícia ganhou ares de absurdo. Afinal, a mesma imprensa tem publicado casos de roubo, em muito maior escala, que ficam totalmente impunes, só porque acontecem na esfera do poder. Aí, nos perguntamos, que justiça é essa?

"AO DESAFIO DO OLHAR", A SOCIEDADE PARALELA NA CONFIGURAÇÃO  SOCIOCULTURAL CRIOULA BRASILEIRA.

O Rio de Janeiro, ao final do século XIX, final do segundo reinado do primeiro Rei crioulo brasileiro Pedro II, vivia uma fase de grandes desafios. Verificá-los com a profundidade que merecem e exigem, requer finura de observação de qualquer observador mais atento, representa um verdadeiro "Desafio do Olhar". Tais comportamentos nos atrevemos agora aqui. Um deles era o de conter a escalada da violência das Maltas de Capoeiras. Esta abria espaços na construção de uma fantasia que paralisava o pensamento e as ações, aumentando o sentimento de impotência da cidade. Quando a violência assume proporções de entidade onipresente e onipotente, acaba por transformar-se em algo incoercível e imbatível, como podemos sentir. Entretanto, no momento em que observamos os atos violentos por outro ângulo, percebemos que a pretensa homogeneidade e invencibilidade do fenômeno, não correspondem às atitudes criminosas reais do sujeito, ou seja, o capoeira, elemento que retrataremos aqui como figura central, isoladamente não é significante nem significativo para nossa pesquisa. A ele aplica-se meramente uma análise tipológica de comportamento. Mas, se contemplarmos Maltas, em sua lógica de composição, comportamento e ação, veremos configurado um outro horizonte, bem mais interessante à nossa abordagem porquanto constituiam-se em verdadeiras organizações criminosas que se institucionalizavam sempre na clandestinidade.

Ditadura, medo e política

Lembrar e, mais até, descobrir a verdade são uma necessidade da vida humana. Afinal, somos sujeitos de história; queiramos ou não, é nossa sina como humanos. Trata-se de agir e no agir significar, seja pelo objetivo que buscamos, seja pelas convicções que nos movem ao agir. Conscientemente, nada escapa ao crivo ético que carregamos dentro de nós, ao menos quando sabemos que somos responsáveis pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Ou, ainda pior, pelo que aceitamos fazer o que outros nos impõem de algum modo.

O bruxo, a vidente e a cabocla: ecos da clarividência na obra de Machado de Assis
Psicologia, Sociologia, Língua Portuguesa e Literatura e Espaços Urbanos

Segundo os compêndios literários, a obra de Joaquim Maria Machado de Assis pode ser dividida em dois momentos: o primeiro deles está relacionado a uma fase mais romântica do escritor; as obras relativas a esse período são: Ressurreição, Iaiá Garcia, Helena e A mão e a luva. As obras relativas à segunda fase do escritor se relacionam ao chamado realismo literário. Encabeçando essa lista está Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 1881, considerado pela própria crítica literária como o romance inaugural do chamado realismo no Brasil.