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A obrigatoriedade do aprender: uma política de Estado contrária aos ideais emancipatórios de Rancière
O objetivo deste trabalho, que foi apresentado no seminário Estatuto Filosófico, na UERJ, em 2010, é relacionar o tema da obrigatoriedade do ensino às questões trabalhadas no livro O mestre ignorante, de Jacques Rancière. Partindo da análise realizada na obra sobre os conceitos de emancipação e embrutecimento, o texto visou aproximar ou distanciar a política de Estado da obrigação escolar dos tais conceitos. Para cumprir uma relação mais satisfatória entre o objeto de pesquisa e o livro em questão, alguns recortes serão estipulados, como o cenário, tempo e grau de escolaridade. Foi escolhido o Brasil como espaço, a transição Império/República como marco temporal – mais precisamente o período de 1870 a 1910 – e o ensino primário obrigatório, devido à sua acessibilidade para um maior contingente de população no período citado.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
O uso de recursos na aula de Matemática
Jill Adler, em seu artigo Conceptualising resources as a theme for teacher education (2000), que trata da noção de recurso nas aulas de Matemática, conceitua-o, argumentando que os recursos devem ser entendidos não só como substantivo, mas também como verbo, como um recurso-em-uso.Adler adverte que a efetividade dos recursos no processo de ensino e aprendizagem está em estreita ligação com a forma com que seu uso é planejado, considerando as particularidades do contexto de aplicação e não somente a presença deles.
Cidadania, democracia e Estado
Na conjuntura eleitoral, que se abre com a definição das candidaturas para a Presidência da República, começa a emergir com grande força o tema do papel do Estado entre nós. Avalio que a importância do tema crescerá na medida em que a campanha eleitoral avance, tornando-se assim uma questão central nas opções que cabem à cidadania fazer pelo seu decisivo voto em outubro próximo. Aliás, esta vem sendo a grande questão na onda democratizadora que levou ao esgotamento da ditadura militar e à constituição de governos civis, da Nova República com Sarney até o Governo Lula. Vale a pena mergulhar mais fundo neste debate e avaliar o que, afinal, está em jogo.
Educação profissional no Brasil: da industrialização ao século XXI
Diversos estudos privilegiam o ano de 1942 como o marco da história do ensino industrial no país. No entanto, estes estudos não resgatam o sentido de continuidade do processo histórico. A imagem que fica é a de que a partir de 1942, o ensino industrial e a sociedade, tomaram o rumo que leva à igualdade social. Neste texto, nosso objetivo é o de mostrar o que muda e o que permanece, ainda nos dias de hoje, ressaltando como o ensino profissional foi criando uma identidade voltada para as necessidades estritas do mercado. Veremos, com isto, que por trás das ideias existe a premência de manter as desigualdades, apesar de o trabalho tornar-se imprescindível para a organização da sociedade.
Mudança de órbita
Algumas pessoas perceberam que, há algum tempo, nosso maior satélite natural, a Lua, havia parado de brilhar. Ela foi minguando, minguando e minguando, até que um dia – e não precisava ser astrólogo para observar – só podíamos avistar um intenso breu em seu lugar. Mas o que porventura estaria acontecendo com nosso querido satélite? O sumiço da Lua foi aos poucos se transformando em espanto internacional. Os astrólogos tentavam explicar, mas admitiam ser incapazes de afirmar o verdadeiro motivo de tal acontecimento.
Conselho Tutelar: possibilidades para um cotidiano escolar humanizado e humanizante
Cíntia Borges de Almeida
Ações e recomendações da OCDE, na condição de “partido político”, para Portugal e Brasil, em torno da internacionalização da educação e do conhecimento
A ciência e a tecnologia, em suas múltiplas dimensões – seja em sua componente ideológica, seja em seu caráter fetichista ou, ainda, como mito da modernidade – vêm sendo caracterizadas pelos organismos supranacionais por um certo determinismo que tem na organização da produção e na gestão da força de trabalho o resultado de um imperativo tecnológico. Invoca-se o debate sobre a transição, quer para uma sociedade do conhecimento, quer para uma sociedade coesa, igualitária e democrática, cujo motor estaria na produção de ciência, tecnologia e, particularmente, de inovação. Quanto maior a inovação, maiores as transformações econômicas e sociais.
Do Império à Republica: O carnaval visto pelos quadrinhos (1869 - 1910)
O carnaval é uma festa popular que já se tornou marca característica do Brasil. O que poucos sabem é que sua história está relacionada a uma mídia que há mais de um século se faz presente no nosso cotidiano: as histórias em quadrinhos. Neste texto, fazemos breve investigação sobre a história dos carnavais e o carnaval nas histórias em quadrinhos publicadas no Brasil, tendo como locus a obra de Angelo Agostini, pioneiro nos quadrinhos brasileiros.
Tirando os estudantes da plateia para colocá-los no palco: um relato de experiência sobre o uso de seminários nos anos finais do Ensino Fundamental
Vivências de Sala de AulaO objetivo deste texto é descrever uma experiência e uma estratégia didática voltada para a sala de aula da Educação Básica que utiliza o método de seminário no processo de ensino-aprendizagem em turmas de 7º e 8º anos do Ensino Fundamental. A inclusão desse método nas aulas de História revelou algumas habilidades que precisam ser aprimoradas pelos estudantes, produziu estratégias de intervenção que talvez não fossem realizadas em aulas exclusivamente expositivas e proporcionou a utilização de estratégias de aprendizagem diversificadas.