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A época em que tudo são flores

Acho legal ter flores em casa. Tanto assim que meses atrás comprei uma jardineira com icsórias para enfeitar a janela do meu quarto. Mas como apreciar não significa cuidar, as pobrezinhas só duraram o ínfimo tempo de uma quinzena. Tenho que confessar minha culpa: supus que o clima dos trópicos cuidaria de meu jardinzinho melhor do que eu, então transferi à mãe-natureza a incumbência de regá-lo quando bem achasse. Ela, porém, parece não ter se empolgado muito com a nova atribuição, decretou um recesso pluvial e acabou com minhas flores de uma hora para outra.

Primavera da resistência – Os 25 anos do Ibase

25 anos é o rumo para a maturidade e em alguns casos a chegada da vida adulta marca também um certo comodismo, uma sensação de que até aí tudo era permitido, mas que a partir de agora é preciso pensar no futuro, sufocar divagações e ideias tolas de mudar o mundo.

Cidade digital

Localizado na Serra das Araras, a 74 km do Rio de Janeiro, o municipio de Piraí é um dos mais avançados do país em termos de inclusão tecnológica.

Marsupiais na Mata Atlântica

Os marsupiais que vivem na Mata Atlântica, como o gambá, as cuícas e as catitas, diferem entre si na aparência, no tamanho e no uso das diferentes ‘camadas’ da mata (chão, sub-bosque e copas). Observações informais do comportamento de algumas espécies, feitas em pesquisas de campo, levaram a descobertas sobre a ecologia dessas espécies, contribuindo para o desenvolvimento de futuros estudos e para a preservação da mata atlântica.

A Engenharia do Consenso

Comprei a terceira edição do álbum do Joe Sacco (Palestina: Uma Nação Ocupada). Sacco é formado em jornalismo pela Universidade do Oregon e se ocupou nos últimos anos em produzir "reportagens quadrinizadas" de alguns dos mais significativos conflitos étnicos e políticos da nossa época. Entre 1995 e 1996, viajou à Bósnia e acabou transformando suas impressões em quadrinhos por meio de uma publicação na revista Zero Zero com o título "Natal com Karadzic". A ideia do Sacco parece ser a de utilizar o suporte dos quadrinhos para desenvolver suas "reportagens". A edição da Conrad traz também um interessante prefácio do José Arbex, que expõe de modo bem claro, uma ideia trabalhada por Noam Chomsky.

Vida artificial

Quando era criança, queria ser cientista. Achou no quarto de empregada uma coleção antiga de livros de eletrônica e, antes dos dez anos de idade, já sabia dar choque no irmão mais velho usando pilhas e fios desencapados. Ganhou brinquedos que simulavam laboratórios, misturou soluções químicas, chorou com o cheiro do enxofre, riu das moléculas de açúcar se separando pela água, no microscópio. Quando começou a namorar, ainda falava de química e do sistema circulatório do corpo humano, mas as meninas achavam estranho ou bobo. Aos poucos, se esqueceu da ciência, até que, com quinze anos, ganhou uma coleção ilustrada de Mitologia greco-romana. Não entendia muito bem como aqueles deuses faziam o que bem entendiam com a humanidade. Os homens eram usados, enganados e castigados por Zeus e sua trupe. Até que chegou ao capítulo sobre Prometeu.

MÃE – SEJA UMA TV A CABO DO BEM!

É muito triste, sim, assistir pelos meios de comunicação, em tempo real, a um episódio como esse que jornais do mundo inteiro estamparam, quando um jovem com sério transtorno de comportamento entrou intempestivamente escola adentro e matou crianças em sala de aula. É dolorida essa aula! É uma aula salpicada de sangue, banhada em lágrimas.

De médico e louco todo mundo tem um... pouco?!

Se alguém anda meio esquecido ultimamente ou repetiu uma história para as mesmas pessoas em curto período de tempo, logo começam as piadinhas sobre a visita do primo alemão, mais conhecido como Herr Alzheimer. Se fulano lava toda hora as mãos, não usa roupa preta, só entra em casa com o pé direito ou tem nervoso de etiqueta para fora da blusa, está com TOC. Nem de mau humor pode-se mais ficar, sobretudo se for do sexo feminino: elas são prontamente acusadas de estar com TPM. Não que uma mulher com TPM não fique um tanto quanto nervosa e irritada nesses dias, mas, às vezes, ela está assim simplesmente porque está e nada tem a ver com o ciclo menstrual. Se a pessoa cortou doces e refrigerantes de sua dieta e deu uma bela emagrecida, está neurótica ou então anoréxica, mas se engordou de um dia para o outro, é problema na tireoide. Se um dia beltrano está meio tristonho e no outro está para lá de alegre, é bipolar, claro. Tem receio de sair à noite ou não entra no metrô abarrotado, está com síndrome do pânico. Existem também os casos em que a pessoa nem dá chance para o sintoma aparecer, como um conhecido meu que, já prevendo a dor de cabeça que terá, pois sempre quando fica muito tempo diante do computador isso acontece, ele nem hesita, já toma sua aspirina preventivamente, às vezes até duas. E o que dizer daquele cidadão que, apesar de ter dinheiro, não se segura e, vez ou outra, faz visitinhas às bolsas alheias atrás de um qualquer? Cleptomaníaco! Ladrão não pode ser, pois não precisa roubar, já que tem posses. Mas isso lá é justificativa para alguém não roubar? Se assim for, o que dizer de políticos e empresários milionários que ficam se apropriando das coisas dos outros? São todos cleptomaníacos? Não, meu caro, são apenas ladrões.

Filho da... professora

Como escrevi aqui algumas semanas atrás (no texto  Globalização dos idiomas), desisti de ficar irritada com a indiscrição das pessoas que utilizam o celular nos espaços públicos; ao contrário, as narrativas da vida alheia passaram a ser um ótimo passatempo nas minhas viagens de ônibus. É a síndrome do big brother auditiva. Poucas vezes, porém, o ditado “é melhor escutar isso do que ser surdo” caiu tão bem como em relação à conversa que escutei semana passada. No começo até simpatizei com a moça. Pela voz, pelo vocabulário e pelo tipo de papo, ela devia ter cerca de 30 anos. Conversava com uma amiga, a quem agradecia o apoio naquele momento tão difícil de sua vida, dizia que ela era seu “anjo da guarda”.