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Nelson Mandela: uma vida para tornar o impossível possível
Para quem luta por uma cidadania ativa, Mandela é inspiração e estímulo para persistir, sem medo e nem trégua, na luta civil por direitos de liberdade e igualdade para todas e todos, sem discriminações. Sua vida, dedicada a um projeto de sociedade democrática em que o respeito mútuo e a convivência entre todos seja a regra, foi exemplar. Pelo seu ideal, aguentou longos e duros 27 anos de prisão. Soube transformar adversidades em fortaleza, tornando-se o símbolo de justiça social e dignidade de uma nação (a África do Sul), de um continente e do mundo todo. Mais um verdadeiro imortal da humanidade, herói a nunca esquecer.
Etimologia da palavra
Hoje, mais do que nunca, ser educador é compreender o mundo. Compreender o mundo é ser educador. Vivemos um momento grave da história da humanidade, ramificado por conflitos generalizados, entre a estética, uma simbologia da complexa virtualidade, que provoca a insurreição do pensamento, isto é, ataca toda produção memoralistica e ocupacional da mente humana. O atual momento está por exigir também dos educadores uma reflexão e uma discussão profunda.
Aula fora da escola
Estive há uns dias com um amigo meu, médico, que viaja muito – quase sempre a serviço, mas sempre sobra algum tempo para andar pela cidade onde está. Nessas ocasiões ele aproveita para registrar em seu diário de viagens os fatos, experiências, situações inusitadas que vivenciou.
A Libras e a escrita de sinais
Educação Especial e Inclusiva e Formação de ProfessoresA escrita da língua de sinais pode ser uma solução para ultrapassar o principal entrave à participação social da comunidade surda, que engloba uma percepção única do mundo; para facilitar a interação do Surdo, foram sendo desenvolvidas formas de comunicação, iniciando com o oralismo estrito e chegando à língua de sinais.
A alimentação como direito
O anúncio da inflação de março, em alta, veio com a informação de que os preços dos alimentos novamente pesaram mais. Quem vai ao mercado atrás de alimentos sabe disso muito bem. Na verdade, se a gente considerasse a inflação específica dos preços dos alimentos ela seria muito maior que o tal índice médio. Sem dúvida, a inflação de alimentos é um pesadelo muito grande para todo mundo, mas especialmente para quem tem o salário mínimo como referência de sua renda doméstica. R$ 1,00 a mais aqui, R$ 1,70 acolá, R$ 2,30 lá e assim vai, tudo isso vira uma conta que dá como resultado real a redução da quantidade e da qualidade de alimentos na sacola de compras.
Carta resposta do chefe Seattle ao presidente dos Estados Unidos (1854)
Em 1854, ao ser sondado pelo governo Norte-Americano sobre o interesse de venda de suas terras, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, redigiu o hino de amor a suas origens que publicamos abaixo, documento cuja mensagem resgata os vínculos do homem com a natureza.
Informática: uma experiência com moleques
Aquela figura do moleque que joga bola e solta pipa vai aos poucos perdendo espaço para o moleque que joga, conversa e namora pelo computador. Alguns adultos lamentam, nostálgicos, achando que seus dias de infância eram mais felizes. Outros comemoram, impressionados com a desenvoltura das crianças de hoje em manipular mouses, Windows, Googles e outras ferramentas informáticas. Mas ainda existe um terceiro grupo, que não se preocupa em lamentar ou comemorar. É o grupo que prefere ver as crianças tomando suas decisões e se desenvolvendo dentro do seu contexto e do seu tempo.
O inferno somos nós
Não faço parte dos Alcoólicos Anônimos, o AA; inclusive aprecio bem uma cervejinha nos fins de semana. Mas uma amiga que pertence a tal associação me falou sobre um lema que utilizam (não sei se é algo oficial ou se simplesmente é utilizado na unidade frequentada por ela) que achei genial: “O inferno somos nós”. Contrariando a famosa frase de Sartre (“O inferno são os outros”), de sua peça Entre quatro paredes, que conta a história de três pessoas que morrem e vão para o inferno. O local é bem diferente daquela representação tradicional cheia de fogueiras, fornalhas e diabinhos com tridentes a espetar as nádegas dos hóspedes. O inferno descrito pelo Pai do Existencialismo é bem mais sóbrio: trata-se de uma sala sem espelhos, cujos três habitantes não sentem fome nem sono e têm que ficar confinados lá por toda a eternidade. Não bastasse isso, são pessoas com características muito distintas, que com a convivência forçada acabam se odiando e se agredindo; entretanto, nem matar uns aos outros eles conseguem – já estão mortos. Assim, a todo instante deparam-se, através do olhar de seus companheiros, com um lado insuportável de si.
Uma arrebatadora aventura medieval
Sou mulher e escrevo. Sou plebeia e sei ler. Nasci serva e sou livre. Vi coisas maravilhosas em minha vida. Fiz coisas maravilhosas em minha vida. Durante algum tempo, o mundo foi um milagre. Depois a escuridão voltou."
O detetive selvagem: o chileno Roberto Bolaño é mesmo o farol da nova literatura latina?
Em sua última entrevista, feita três semanas antes de sua morte e publicada postumamente pelo jornal La Tercera, de Santiago do Chile, em 20 de julho de 2003, Roberto Bolaño, então gravemente enfermo, aguardando na fila por um transplante de fígado que pudesse lhe garantir alguma sobrevida, "sobretudo por meus filhos, minha pequenita que tem dois anos (Alexandra), e Lautaro (com 14)", consciente do fim próximo, almejando apenas "o prêmio de poder escrever cada dia", não perdeu sua irreverência debochada em relação a toda ideia de literatura e literatos como instituição de poder cristalizado.