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Preparação de pesquisas gera polêmica nas escolas
Nos últimos anos, a internet tem ocupado um espaço que era das enciclopédias, das obras científicas e dos livros didáticos. Com o fácil acesso às informações disponíveis na grande rede, uma pesquisa que antes fazia os alunos passarem dias procurando em livros agora está ao seu alcance em apenas alguns cliques do mouse. Além dos sites de busca, como o Google, o Yahoo! e outros, os estudantes podem consultar a Wikipédia, uma enciclopédia virtual com centenas de milhares de artigos disponíveis em 42 línguas. Essas facilidades na realização desse tipo de trabalho vêm gerando discussão quanto ao atingimento dos objetivos pedagógicos desejados quando foram pedidos esses trabalhos e quanto ao uso da internet como fonte confiável de informações.
Todos os séculos do mundo
Oferecer ao estético uma autonomia frente às pressões do mundo social pode ser um exercício comprometedor. Alguém já pode ter pensado que Wagner só foi possível porque houve as tais revoluções burguesas. Imagine como era difícil ouvir música no século XVII. Hoje você está rodeado de música, amigo leitor. Rádios, computadores, tvs, Ipods. Mas houve um período que a música necessitava invariavelmente de um executor e esse executor, geralmente a serviço de algum nobre, tocava nos salões dos palácios ou nas igrejas. Então, a burguesia exige seu quinhão de música e ajuda a produzir as orquestras sinfônicas. Grandes grupos de executores lotando teatros. Pode-se dizer que esse detalhe na estrutura da execução da música produziu a estética monolítica de um Wagner. O imenso ruído de trovões e a grandiosidade de uma música alta, que contamina uma grande audiência num mundo pós-aristocrático, no qual não é preciso ser amigo do rei, ou do duque, para ser um ouvinte. Basta ter dinheiro para pagar o ingresso.
Teatro para alguém
A internet tem sido uma ferramenta usada com sucesso para divulgar várias iniciativas nacionais de teatro. Que o digam os espetáculos de stand-up, que viraram uma febre no Youtube e dali saíram para bares e casas de espetáculos nacionais lotados. O formato foi tão bem recebido pelos internautas que a atriz e diretora Renata Jesion pensou: se a combinação entre teatro e internet dá tão certo, por que não criar um teatro virtual?
Desafios para a Cidadania Mundial
Estamos vivendo uns anos que podem virar um marco para a história. Mas a possibilidade de ser um momento de ruptura e começo de novo processo é muito tênue. A crise em que a humanidade está mergulhada, com suas múltiplas facetas, tem claros traços destrutivos, com poucos sinais de algo novo. Estamos diante de um capitalismo levado ao extremo que nada tem a oferecer, a não ser a sua própria crise. Que o digam os donos do mundo reunidos mais uma vez em Davos, no Fórum Econômico Mundial. Muita lamentação sobre perdas financeiras, grandes como suas gigantes empresas, e pouco a comemorar. Trata-se de seleto grupo – os tais 1% como nos lembra o movimento do “Ocupemos Wall Street” - reunidos em um hotel de luxo, nas montanhas nevadas da Suiça, longe das aflições que eles mesmos provocaram para bilhões de seres humanos. Um consolo entre pares, regado a champagne.
Encontro marcado
1) Criolo é paulista, trinta e tantos anos, de nome verdadeiro Kleber, rapper, compositor, educador, cantor. Autor de uma das músicas mais bonitas de 2011, a tocante Não existe amor em SP. Ainda como apresentação do nosso personagem, um trecho da canção:
Aprendizagem por investigação como ferramenta metodológica para a des/re-construção de narrativas equivocadas
Geografia e Vivências de Sala de AulaO presente relato de experiência busca oferecer reflexões sobre a importância de estimular o trabalho pedagógico tomando por base o desenvolvimento da capacidade de investigação dos alunos da Educação Básica, a fim de tensionar as narrativas sócio-históricas equivocadas que impactam as relações construídas no espaço geográfico. Esse movimento é fruto da releitura das competências estabelecidas para a disciplina de Geografia, propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ainda que haja muitas críticas ao trabalho por competências.
A graça da Química
Depois de uma navegada no site A Graça da Química fiquei até com vontade de estudar esse assunto – coisa que nunca havia me passado pela cabeça. O site é bastante interessante, pois, além de simplificar as complexas teorias da Química, mostra como a disciplina está presente em nosso dia a dia. Afinal, é no mínimo curioso um lugar onde se pode ter uma aula sobre cinética radioativa e aprender sobre o melhor modo de conservar berinjelas (cuja explicação é totalmente baseada na Química).
Amazônia: Brasil precisa investir mais em pesquisa
O desenvolvimento de novas formas de produção, que respeitem o meio ambiente e passem a zelar pelo patrimônio natural sem deixar de atender às demandas do mercado, foi defendido pela professora Bertha Becker em sua palestra durante o I Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, realizado no Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de março.
Uma deusa de carne e de osso
Estranho saber que em algumas comunidades humanas não existe lugar para a palavra Pai. Isso se dá porque, segundo os antropólogos, a base da família é matrilinear. As mulheres, desfrutando de uma liberdade sexual pouco vista nas sociedades patriarcais, têm encontros sexuais fortuitos com diversos homens e criam seus filhos sem necessariamente saber quem é o pai deles. Escandaloso para os nossos padrões morais? Pois é. As culturas humanas são ricas em sua diversidade, e isso às vezes assusta.
A pedagogia do absurdo
Anos atrás dei aulas de matemática numa escola pública de Prudentópolis/PR. Demorou pouco até perceber que os alunos estavam precisando menos de matemática que de conversa. Bastava tentar descrever a resolução de um exercício algébrico, com exemplos da vida real, e eles começavam a narrar os fatos, corriqueiros a princípios, citando situações comuns, e depois seguindo por caminhos mais tortuosos, onde moravam suas dúvidas mais urgentes, onde a teoria dava espaço aos soluços, ao riso, às decepções, às verdadeiras descobertas, que a disciplina escolar escondia sob um véu negro. Não era nos números que eles estavam pensando. A disciplina que praticavam fora da aula tinha outros métodos, juntava crendices de toda espécie, conceitos que se perpetuavam em tentativas frustradas de resolver problemas que sempre se mostravam insolúveis. A escola deveria apresentar as soluções, mas não sabia absolutamente nada sobre a vivência dos garotos.