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Ideias saídas do conselho de classe
No conselho de classe da escola onde leciono, tantas foram as dúvidas, as questões, os pensamentos expostos que a discussão sobre as notas dos alunos teve que ficar para outro dia. Muito se falou das turmas problemáticas – três em especial. Por coincidência e – por que não? – por sorte, não dou aula para nenhuma delas. Aqueles que dão aulas para tais turmas foram unânimes quanto à indisciplina, o deboche, o desrespeito que certos alunos têm em relação aos outros colegas e aos professores. A professora de Inglês disse que assim que entra em tais turmas já começa a algazarra: os alunos não prestam atenção, não copiam, não têm a apostila. A professora de Física, além dessas reclamações, disse que em uma dessas turmas tem um aluno em especial que “leva a turma para o mau caminho”. Disse que quase toda aula ela se vê obrigada a tirá-lo de sala. Os outros professores que conhecem a referida turma, antes mesmo de a professora dizer de quem se tratava, já haviam falado em uníssono o nome do sujeito.
Do século do não ao da esperança!
A cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, possuía durante o segundo reinado a condição de centro político do País. Apresentava-se em sua parte urbana qual um retângulo, com ruas que se entrecruzavam. Havia um grande número de habitantes, porém poucas casas. A cidade desenhava-se por um contorno que começava na região do Arsenal do Exército, junto à Ponte do Calabouço, ao longo da costa marítima, passando a noroeste por São Bento e na praia para o Valongo. Ao norte, seguia pelo Campo de Santana e ia em direção ao Caminho do Mata-Cavalos.
E o rabo balançou o cachorro?!
É inexorável o avanço do conforto que a tecnologia apresenta e, brevemente, com fácil acesso a todos. Estamos caminhando para um urbano/urbano? Lidar com um universo de mundos sociais de interdiálogos complexos e, até ininteligíveis à lógica concreta que se nos apresenta a novidadeira e violenta realidade especial nos dias de hoje que se vive. Mas não podemos esquecer que ela nos desafiou, como desafia sempre. Estamos diante da imponderável e desafiadora tarefa de lê-los no tempo presente. Nossas lentes são limitadas ainda, mas, embora nossos movimentos também, prejudicando nossas observações e verificações mais detidas, não podemos recuar, sob pena de renunciarmos a todas as conquistas!
O OVO DA SERPENTE
Sabemos que, por ocasião da chegada dos portugueses ao Brasil, não existia sistema de produção nem mercado consumidor estabelecido e organizado nos moldes dos existentes na Europa, razão pela qual toda atividade econômica colonial se orientou segundo os interesses da burguesia comercial europeia (Novais, 1981). No entanto, também é sabido que o perfil de nosso colonizador era feudal; possuía, porém, algumas características que divergiam daquelas de Estados europeus como Portugal, um Estado unificado e com poder centralizado, que ousou no método de ocupação da terra, como afirmou Fernando Novais:
Uma abordagem pragmática da avaliação formativa
A ideia de avaliação formativa presta-se a debates especializados sobre questões muito agudas. É necessário, periodicamente, encontrar uma visão de conjunto e indagar: os professores e pesquisadores se fazem as perguntas certas? Quais são, hoje, os conhecimentos e as incertezas? Os impasses e as pistas fecundas? Entre a abstração um tanto vazia e a tecnicidade limitada, entre a autonomia e a fusão com a didática, a avaliação formativa ainda procura seu caminho. Ninguém pode pretender deter verdades definitivas sobre a concepção dos objetivos, a natureza da instrumentação ou as relações entre avaliação formativa e pedagogia. Diversas concepções também se confrontam quanto à maneira de integrar a avaliação à prática, às estratégias de mudança ou de formação dos professores.
Educação que alimenta o corpo e a mente
Sociologia, Vivências de Sala de Aula e Política EducacionalEscrevi um artigo na época da faculdade, e um professor me fez a seguinte proposição: “Gostei muito de seu artigo, mas gostaria de saber: daria certo na prática?”. É algo que tenho perseguido desde o dia em que passei a lecionar em instituição pública: tornar minha metodologia de ensino prática, a ponto de permitir ao educando “indisciplinar-se” no processo de aprendizagem. Ao iniciar o curso de especialização Educação, Pobreza e Desigualdade Social, constatei algo que me impressionou e fez olhar o educando de forma diferente da qual estava acostumado: um ser humano que precisa da Educação para alimentar a mente e o corpo. Ou seja, procurou-se neste breve trabalho focar (metodologia da observação participante) em torno da realidade vivenciada em sala de aula, nas reuniões com pais/responsáveis de alunos e alunas e o material bibliográfico disponibilizado no curso e demais literaturas educacionais, tendo o objetivo de compreender os benefícios e deficiências da alimentação e realidade socioeconômica no processo de construção de saberes e a relação de aprendizagem.
Construtivismo e o ensino-aprendizagem na sala de aula
Emília Ferreiro
O adoecimento do professor da Educação Básica no Brasil: apontamentos da última década de pesquisas
Saúde, Psicologia, Formação de Professores, Instituição Escola, Vivências de Sala de Aula e Política EducacionalO adoecimento de docente na Educação Básica brasileira se constitui como uma problemática que atinge o profissional, a escola e a sociedade. O objetivo deste estudo foi investigar os sinais e tipos de adoecimentos mentais que caracterizam o sofrimento dos professores da Educação Básica no Brasil e seus fatores associados. Foi então realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases do SciELO, BVS e Lilacs, com estudos empíricos brasileiros de 2009 a 2019 que selecionou 25 estudos, indicando a depressão e ansiedade como os principais adoecimentos apontados pelas pesquisas. Apontou condições precárias de trabalho, sobrecargas, falta de apoio social, más gestões e implementações de políticas de apoio, problemas comportamentais dos alunos e violência escolar como os principais fatores associados ao sofrimento docente.
Núcleo de Apoio Multidisciplinar e Educação Inclusiva: um estudo sobre a construção de uma política pública em Betim/MG
Educação Especial e InclusivaA Educação Inclusiva é um desafio para o sistema educacional. São muitos os aspectos que perpassam essa temática, trazendo questionamentos à luz da real efetivação da inclusão de alunos pertencentes ao universo público da Educação Inclusiva. O presente artigo traz à tona uma discussão a respeito do Núcleo de Apoio Multidisciplinar (NAM) do Centro de Referência e Apoio à Educação Inclusiva Rafael Veneroso (Craei-RV), do município de Betim/MG, como contribuição para a construção de políticas públicas voltadas para uma educação efetivamente inclusiva.
Escola da Ponte: a escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir
O título deste artigo é o nome de um livro de Rubem Alves sobre essa escola portuguesa que impressiona positivamente todos os que a visitam; já foi até tese de doutorado! As crônicas que escreveu sobre aquela escola, publicadas em jornais, estão aqui reunidas. Vale a pena conhecê-la através do ponto de vista deste escritor, teólogo, psicanalista, professor, ex-pastor, educador, autor de vários livros. Este e outros textos seus estão em www.rubemalves.com.br.