Biblioteca
Filtrar os artigos
Música absoluta: uma pequena análise metacrítica
Existem pontos polêmicos entre dois dos mais representativos pensadores da música culta da atualidade, Susan MacClary e Kofi Agawu, dentro de uma perspectiva criativa, educacional e musical.
Chico de (terno) novo
Gostaria que o leitor me ajudasse na construção deste texto. São dois favores que peço, na verdade. Primeiro, que lembre da imagem de João Gilberto, o dito pai da Bossa Nova, em um de seus shows. Lembra que ele está sempre de terno e gravata, parecendo dizer que o samba merece um certo formalismo? Pois bem, guarde essa imagem em um canto mais acessível da memória. O segundo favor é que ouça os três últimos discos de Chico Buarque. Não chega a ser um favor, e eu considero mesmo um prazer. Não sou da turma que considera Chico decadente. Aliás, peço esses obséquios ao leitor justamente para mostrar que Chico mudou, mas não necessariamente para pior.
De onde viemos
Quando o que existe é nada, tudo é possível, e cada passo inaugura um novo mundo. A liberdade total, já disseram, é fardo por demais pesado.
Centenário de Mario Quintana
Neste ano em que se comemora os cem anos de nascimento de Mario Quintana (1906-1994), o governo do Estado do Rio Grande do Sul criou uma série de atividades para homenagear o seu maior poeta, entre eles, um site que é uma boa e generosa fonte de informação sobre o homenageado e sobre o programa de eventos do centenário.
Afinal, o que são produtos orgânicos?
A preocupação com uma alimentação mais saudável parece ter chegado às cadeias de fast-food – a antítese por excelência desse tipo de comida. Agora é possível ir a esses locais e pedir uma “saladinha” sem passar por “sem noção”; e, de sobremesa – quem tiver força de vontade de virar a cara para os saborosos e calóricos sundaes, tortas e shakes –, uma módica maçã ou, no máximo, um iogurte com frutas vermelhas e cereais.
Gibi ou livro? O que a criança gostar!
Na minha infância não existiam todas essas opções de lazer que se veem hoje em dia: bonecas de todos os tipos, formas e profissões; canais de TV especializados no público infantil; jogos eletrônicos (havia somente o Atari) e outras bugigangas. Nada disso. Tínhamos, então, que ocupar nosso tempo inventando brincadeiras, lendo historinhas, ouvindo uns disquinhos coloridos (com a narração de histórias como A formiguinha e a neve, Os Três Porquinhos e o Lobo Mau; A cigarra e a formiga) e, claro, vendo os desenhos animados na TV. Eu tinha também os amiguinhos do clube (já não sou da época em que se brincava na rua) e a companhia constante de livros e gibis. Dos livros aprendi a gostar desde cedo, pois era normal – e ainda hoje é – ver meus pais lendo em diversos lugares da casa. Minha escola também incentivava bastante tal hábito e no clube que frequentava tinha uma biblioteca para Borges nenhum botar defeito, tamanhas as possibilidades que ela oferecia, os mundos aonde ela me levava. Havia um espaço só para crianças, onde líamos sentados em mesinhas, no chão e até mesmo deitados, desenhávamos e nos relacionávamos com as outras crianças (a sala era separada do restante da biblioteca por uma parede de vidro, então podíamos conversar sem atrapalhar os “velhos”, como nos referíamos aos leitores adultos).
Armado e inocente
João tem três anos, vê desenhos na TV, vai ao cinema e gosta de que os pais contem histórias, inventadas ou já escritas em livros. Sua imaginação fabrica questões as mais diversas: “onde mora o lobisomem?”, “por que o peixe não voa?” ou “o cavalo só fala na televisão?”. Sua última pergunta, depois de passar o dia brincando com um amigo da creche, foi para seu pai: “você gosta de arma?”, ao que o pai respondeu que não. Então, ele resolveu desvendar o que se passava em sua cabeça e, com sua dicção ainda insegura, própria da idade, falou de uma vez só que “a mamãe também não gosta. Eu gosto de brincar de arma, a mamãe falou que brincar de arma é chato e ela não gosta”.
Guerra e paz
Os fatos mais recentes e importantes são conhecidos. No mês de abril de 2008, a última reunião de cúpula da OTAN, na cidade de Bucareste, reconheceu a aspiração da Geórgia de participar da aliança militar liderada pelos EUA, apesar da resistência alemã e da oposição explícita do governo russo. E, no dia 11 de julho de 2008, aviões da Força Aérea Russa sobrevoaram o território da Ossétia do Sul, na véspera da vista à Geórgia da secretária de Estado norte-americana Condollezza Rice, para inaugurar, no dia 15 de julho, à operação Resposta Imediata 2008: um exercício militar conjunto do exército norte-americano com as tropas da Geórgia, Ucrânia, Armênia e Azerbaijão realizado na Base Aérea de Vaziani, que havia pertencido à Força Aérea Russa até 2001.
O remédio e o veneno
“O antibiótico salva o homem, mas só o vinho o faz feliz”. Essa frase (atribuída a Alexander Fleming, inventor da penicilina) eu ouvi pela primeira vez da boca do meu amigo Edílson Pinto, escritor, cirurgião e professor da disciplina de oncologia na UFRN. Certamente há nela um traço fino de humor inglês, e, a despeito de ser verdadeira ou não (a depender do tipo de vinho que você bebe ou do antibiótico que te prescrevem), ela ensina algo interessante acerca da natureza do mundo. Algo que os gregos já sabiam.
Imperador republicano
Diário pessoal do imperador D. Pedro II, 1862