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A escola não ensina
Mal o jornal foi para as bancas com a nossa reportagem sobre os preços das matrículas e dos uniformes, começamos a receber telefonemas de adesão. Eram mocinhas e rapazes que estudam por conta própria, trabalhando nos empregos mais estranhos para pagar colégios ou cursos noturnos e diurnos, eram pais e mães de família responsáveis por filhos em idade escolar. Todos queriam prestar depoimento e auxiliar nossa reportagem. Escolhemos o Sr. José Afonso Alves. A escolha foi feita por ser o nosso amigo representante típico do brasileiro médio, morador das capitais. Desde o principio nosso objetivo tem sido demonstrar as deficiências e dificuldades do ensino no Brasil, tomando como ponto de partida o padrão médio — nem o completo abandono em que vive o sertanejo, nem o privilégio de uma pequena minoria que usufrui os benefícios das escolas modelo. Para não sermos injustos quanto à qualidade do nosso ensino (já chegaremos ao problema de sua quantidade), procuramos estabelecer o equilíbrio, tomando como ponto de partida o meio termo. Pois bem, o Sr. José Afonso é funcionário publico letra J (Cr$ 3.620,00 por mês), padrão médio do funcionário, nem "Barnabé" nem "Maria Candelária". Seus filhos são em numero de três, que parece também ser a média dos casais modernos de vida normal. A sogra mora com eles, pois sua mulher trabalha e alguém precisa tomar conta das crianças. Todos vivem engavetados num apartamento em Botafogo, com dois quartos apenas, reservados para a sogra e as crianças, sendo o casal obrigado a dormir na sala, que é durante o dia sala de estar e de jantar; e atelier de costura de sua mulher, que trabalha, mas em casa, ao mesmo tempo que ajuda a mãe nos afazeres domésticos.
Folcloreando na escola
Compareci à Escola Municipal Compositor Capiba, no turno da manhã, para desenvolver atividades culturais com as crianças da escola. O trabalho teve como foco o folclore e a poesia, pois na Rede Municipal do Recife, este ano letivo é dedicado aos poetas.
Crítica de O trovador solitário, de Arthur Dapieve
Dizer que eu, pela geração a que pertenço, sou fã da Legião Urbana e do Renato Russo é quase um lugar-comum. Não conheço quase ninguém, de vinte e poucos a trinta e poucos anos, que não goste ou que não conheça alguma coisa da obra deles. E volta e meia volto a ouvir os CDs e até os discos de vinil da Legião que eu ainda tenho. Há uns dois anos, motivada pelas homenagens que lembravam os dez anos de falecimento do Renato, comprei a biografia Renato Russo, o trovador solitário, de Arthur Dapieve, colunista do jornal O Globo. Coloquei o livro na estante e ele lá permaneceu até o mês passado, quando decidi concretizar o desejo e começar a leitura. Que foi bem rápida, por sinal.
Alô escola
Sabe o tema daquele programa da TV Cultura que você gostaria de levar à escola como apoio em suas aulas? É possível acha-los no site Alô escola. É o espaço virtual que reúne os conteúdos integrais de diversos programas produzidos pela TV Cultura e pela Rádio Cultura (AM e FM).
65 anos de cinema
Não custa lembrar que o termo “amador” vem da mesma raiz de amor; portanto, o título deste artigo não tem nada de pejorativo. Aliás, o site de Carlos Augusto de Araújo traz três características amadoras que ele mesmo faz questão de citar e que só podem ser elogiadas:
Lispector: os bichos e as criaturas
Clarice Lispector
Citador
Nesta época em que textos de até 140 caracteres estão fazendo sucesso nas redes sociais e vídeos humorísticos de menos de cinco minutos bombam no Youtube, fica cada vez mais claro que a pressa passou a não ser mais inimiga da perfeição (também não dá para dizer que se tornou amiga). O fato é que as “rapidinhas” estão tomando cada vez mais espaço no mundo virtual. Aí vem a questão de como lidar com pensamentos profundos neste tempo em que textos de duas laudas são vistos como tratados.
Sobre o tempo
Já era madrugada, mas não conseguia dormir... Me peguei pensando na passagem do tempo e no quanto sentimos isso ou não sentimos e só percebemos quando já é passado. Naquela noite, dormi e acordei várias vezes e, por algum motivo guardado no subconsciente ou no inconsciente, o tempo foi a temática dos meus sonhos e pensamentos até o amanhecer. Entre uns e outros, pensamentos eram ilustrados por cenas da trilogia O tempo e o vento, de Érico Veríssimo, presentes em meu imaginário.
Revista Cult
Cult é aquilo – obra de arte de qualquer tipo, pessoa – que é cultuada. Claro que se mescla com o sentido de cultura. Normalmente é cultuado quem tem cultura – em uma área ou em várias.
O Brasil de Betinho
Quem conhece um pouco da trajetória de Herbert José de Souza, o Betinho, pode identificar essa frase como representante de sua postura de vida; baseado em sua trajetória e sua sabedoria, é difícil encontrar alguém que não queira manter os pensamentos e as atitudes do sociólogo sempre vivos!