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As duas forças
Diz uma piada que um dia Deus e o diabo estavam andando por um caminho. De repente, Deus para, se abaixa e pega no chão um pedaço de papel com algo escrito. O diabo pergunta: “O que é isso?”. Deus subitamente responde: “A verdade”. O diabo sorri, tira o papel da mão de Deus e diz: “Ótimo! Pode deixar que eu organizo ela para você”.
Turmas indisciplinadas: uma questão de ponto de vista
Os professores podem reclamar de tudo: do baixo salário, do excesso de trabalho, dos alunos bagunceiros, do diretor autoritário, mas tem uma coisa de que eles nunca poderão se queixar: de tédio. Para quem não é chegado a uma rotina, gosta de enfrentar desafios, superar obstáculos (desculpem pelas sentenças lugar-comum), ser professor é a profissão ideal.
A seleção natural das escolas de ponta e a sopa de pedras
Tenho um amigo advogado que é também formado em Matemática, mestre em História e campeão de xadrez, entre outras coisas. Enfim, trata-se de um indivíduo dotado de certa desenvoltura intelectual em algumas áreas. Ele tem uma filha de dez anos que estuda em uma escola particular do Rio de Janeiro, daquelas consideradas de ponta – o que atualmente significa estar entre as primeiras colocadas no Enem. A menina é boa em todas as matérias, exceto uma. Acertou quem pensou Matemática. O pai, embora não more na mesma cidade que sua pequena, vem frequentemente visitá-la e sempre que pode dá uma ajuda nos exercícios. Nos últimos tempos, notou que ela não tinha dificuldade em entender a matéria nem em fazer contas. Foi quando resolver pegar as provas e os exercícios passados pelo professor. O que pôde constatar daí é que o problema dela está em interpretar o enunciado, não só pela extensão como pela sua complexidade; dificuldade essa que ele não atribui não à falta de competência da filha (ele não faz o tipo de pai que “passa a mão na cabeça”; ao contrário, é bem realista). Ele constatou então que o rendimento da menina caía na proporção em que os enunciados iam se tornando mais complicados. Quando deu por si, não estava mais ensinando Matemática à garota e sim interpretação de texto.
O leitor brasileiro na visão de nossos escritores clássicos
Em continuação ao tema explorado no minicurso Literatura, Ensino e Divulgação Cultural, oferecido pela professora doutora Muna Omram na UFF, sobre o qual falamos aqui na edição de 4 de janeiro de 2011, a formação do leitor brasileiro mereceu especial atenção. Para Antonio Candido, faz pouco tempo que as obras nacionais trabalham com base no sistema literário autor – obra – público. Para o historiador, a literatura deve valorizar um esquema comunicativo mais completo, que não isole o autor em sua produção, mas coloque-o em diálogo com outros autores, adeptos ou não da mesma tendência. Durante muito tempo, o que vimos foi uma produção literária mais ou menos consciente de seu papel e que renegava o leitor a um papel secundário. Para esses autores, o papel do leitor era apenas ocupar um lugar de destaque como receptor privilegiado dessas obras.
Metodologia de Projetos no ensino básico e tecnológico: uma educação emancipadora
Formação de ProfessoresEste trabalho mostra como é aplicada a Metodologia de Projetos na disciplina de Automação Predial do curso integrado em Eletrotécnica do IFRO/Campus Porto Velho – Calama, com o objetivo de garantir aos alunos o direito a uma educação emancipadora, primada pelo protagonismo dos sujeitos do Ensino Médio.
A voz das mulheres na América Latina
Como a historiografia literária da América confirma, a literatura latino-americana nasceu marginal com respeito às grandes tradições literárias do Ocidente e se apressou a qualificar-se e encontrar direção própria. Sua principal luta foi pela originalidade.
A internet, alguns de seus termos e o professor
Computação e Tecnologias e Formação de ProfessoresA internet é hoje algo presente e consolidado no mundo todo, onde as pessoas já não conseguem mais ficar um dia se quer sem ter acesso a ela, sem fazer uso de um aparelho qualquer que esteja ligado por uma rede de wifi, fazendo as mais diversas coisas, acessando as redes sociais, jogando, comprando, vendendo, etc. Da mesma forma que a tecnologia mudou a vida das pessoas, trazendo uma nova forma de as pessoas viverem e se relacionarem umas com as outras, ela fez aparecer também vários termos ou palavras que procuram caracterizar, conceituar e explicar essa nova realidade. Termos como globalização, cibercultura, hipertexto, pós-humano, nativos digitais, imigrantes digitais etc. são exemplos de termos hoje existentes em nosso vocabulário. E alguns desses termos podem ou tem alguma relação com a educação, com a prática do professor. E é isso que procuramos mostrar aqui, como que o professor deve ser ou se comportar diante da realidade que cada um desses termos conceitua, explica.
Um Compromisso com a Liberdade e a Dignidade Humanas
No próximo dia 9 de agosto estaremos lembrando 5 anos da morte de Betinho. Tal dia não deixa de ser uma data especial para o Ibase, de quem o Betinho foi um dos fundadores, 21 anos atrás, e diretor geral. É um dia para lembrarmos o legado do Betinho e a nossa missão institucional. Aliás, nada parece mais oportuno do que reafirmar a convicção na democracia e na possibilidade de através de uma democracia inclusiva e participativa, de base, edificar os fundamentos de uma sociedade sustentável, de liberdade e dignidade humanas para todas e todos os brasileiros, sem exceções. Na atual conjuntura de eleições no Brasil, mas em que a crise de um capitalismo virado cassino global ameaça a tudo e a todos e aumenta o descrédito na democracia, o Ibase se sente desafiado, como o Betinho, a apostar na cidadania em ação, a força motriz e transformadora das democracias. Nunca é demais lembrar que o Ibase, antes de ser o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, foi concebido como I-Base - Instituto para a base, um agente da democracia construída de baixo para cima.
Impasses na aplicabilidade e contribuições da avaliação formativa na Educação Básica: uma revisão qualiquantitativa das produções científicas brasileiras
AvaliaçãoO artigo focaliza os obstáculos na aplicação e contribuições da avaliação formativa na Educação Básica. Propõe-se investigar o que as pesquisas empíricas têm revelado sobre as dificuldades que os professores encontram para efetivar uma avaliação formativa na sala de aula e quais as contribuições desta avaliação para a prática pedagógica do professor e o desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Foram analisadas quatorze pesquisas, que apontaram o excesso de alunos na sala de aula, escassez de tempo por parte do professor, ausência de formação continuada, desconhecimento acerca do termo avaliação como empecilhos para efetivar a avaliação formativa na sala de aula.
Reflexões sobre a ampliação da escolarização para além da expansão quantitativa
Formação de Professores e Política EducacionalA ampliação das oportunidades educacionais deve representar oportunidades para que todos vivenciem situações favoráveis para a aprendizagem no contexto escolar. Um pressuposto básico sobre o cenário da profissionalização para a docência dos anos iniciais do Ensino Fundamental é a formação docente continuada.