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Subcidadania e modernidade periférica
Podemos dizer, sem muita extravagância, que o livro de Jessé Souza A construção social da subcidadania constitui leitura proveitosa no campo do que se poderia chamar de marxismo com gravitação militante entre nós. Um campo que, salvo alguns ensaios em áreas pecebistas, constituiu-se não apenas sem interpelar os grandes nomes políticos da sua tradição (Lenin, Gramsci, Togliatti-Berlinguer), como também se apresentou extrínseco ao melhor do nosso pensamento social. Lembramo-nos deste tipo de estilo quando vemos nesse seu novo livro Jessé Souza expor, em outro registro, uma instigante leitura da contemporaneidade e das nossas classes subalternas, realizando justamente um criativo diálogo com as tradições intelectuais - primeiro, com Weber, Charles Taylor e Bourdieu e, depois, com os clássicos da modernização brasileira.
Uma nova estética da imagem, segundo Soulages
Em 17 de junho, aconteceu na UFRJ – mais precisamente na Escola de Belas Artes – uma palestra com o professor, pesquisador e escritor François Soulages, da Université Paris 8 / Institut National d’Histoire de l’Art, dentro do colóquio sobre Cooperação universitária e cultural entre o Brasil e a França: a experiência de Paris 8, um dos eventos do Ano da França no Brasil. Soulages, profundo pensador sobre a imagem, abordou o assunto sob a ótica filosófica, com o tema: “Por uma nova estética da imagem“. Aqui estão algumas anotações que fiz.
Lixo eletrônico em Oeiras do Pará/PA: alguns impactos ambientais
Biologia e Biociências e Instituição EscolaAo longo dos últimos anos, a preservação do meio ambiente se tornou primordial frente às transformações dos ecossistemas locais e globais. Este trabalho surge a partir de indagações acerca da importância de alertar sobre o descarte de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos gerado pelas assistências técnicas de manutenção no município de Oeiras do Pará/PA e reflete sobre os impactos causados no meio ambiente em relação a isso. Utilizou-se abordagem qualitativa e de cunho bibliográfico por meio de questionários e entrevistas com perguntas abertas e semiestruturadas como metodologia da pesquisa.
Tecnologias para o ensino de deficientes visuais
São muitos os recursos utilizados hoje no ensino de deficientes visuais no Brasil; alguns velhos conhecidos do universo da deficiência visual e outros vinculados à introdução de tecnologias no ensino: reglete, punção, livro adaptado, livro falado e sistema Dosvox, entre outros.
Da integração à inclusão, novo paradigma
Educação Especial e InclusivaA preocupação em oferecer, no Brasil, atendimento a pessoas com deficiência iniciou-se no século XIX, surgindo o interesse na criação de instituições educacionais direcionadas a essas pessoas.
A Psicomotricidade e suas contribuições para a Educação Inclusiva
Saúde, Educação Especial e Inclusiva e Política EducacionalO presente trabalho tem como objetivo analisar as contribuições da Psicomotricidade na Educação Inclusiva. Para isso, fizemos uma pesquisa bibliográfica qualitativa com pesquisa de campo. Foram abordados os conceitos psicomotricistas e da Educação Especial Inclusiva, com base teórica e legislativa. O estudo mostrou a sua importância para a educação dos alunos com deficiências. Apesar de alguns profissionais da educação afirmarem conhecer a psicomotricidade, o resultado do presente trabalho deixa claro que conhecer é diferente de saber aplicar esses conhecimentos.
Cuidado com o Cão
Estava me deliciando com o livro Doutor Fausto, de Thomas Mann, quando me deparei com a seguinte passagem: “quem crê no diabo já lhe pertence”.
Vamos nos comunicar?
Uma das mais notáveis habilidades do ser humano é a de se comunicar com o próximo. Alguns podem discordar, alegando que as formigas, as abelhas, cupins e todos os animais, enfim, de alguma forma, se comunicam. Exceção feita aos golfinhos que, segundo pesquisadores, são capazes de emitir sons complexos, cuja frequência e amplitude, às vezes, se repetem, sugerindo que são capazes de "formar frases". O ser humano é simplesmente genial. Desenvolveu a fala e inventou idiomas e, dentro destes, os dialetos, a escrita. Quanto aos outros animais, ao que me consta, nunca ninguém viu um galináceo, por exemplo, cocoricando em idiomas diferentes. Nem sequer com sotaque diferente. Nem mesmo as galinhas caipiras têm um "r" pronunciado em seu cocoricó. Já imaginou um pintinho caipira piando "pir, pir"? Ou um cachorro lendo um jornal canino?
Hípias Maior e o belo-em-si
A despeito de qualquer injúria, a Filosofia da Arte tem data de nascimento: século IV a.C., e filiação: Platão. São cinco os textos platônicos sobre Estética (palavra proveniente do grego aisthésis): Hípias Maior, Banquete, o livro X da República, Fedro e Íon. Interessa-nos, no entanto, a análise de trechos do primeiro diálogo dedicado a definição do belo.
Amor supremo amor
Em 1957, quando ainda tocava com o quinteto de Miles Davis, John Coltrane teve um despertar espiritual. Reza a lenda que, durante uma apresentação, em meio a um solo de sax, Coltrane teve uma visão e parou de tocar. Congelou diante do vazio e não conseguiu voltar à apresentação. Após essa experiência, abandonou a heroína, formou seu próprio quarteto de jazz com McCoy Tyner no piano, Jimmy Garrison no baixo e Elvin Jones tocando bateria. Em 1964, mais precisamente no dia 9 de dezembro, em um estúdio de Nova Jersey, um Coltrane renascido, junto com seu quarteto, produziu uma das peças musicais mais espantosas do século XX.