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A Genialidade, Segundo Vigotski
José Geraldo Silveira Bueno
Os desafios do entendimento comparativo: conhecendo a colonização das Américas para fazer um exercício histórico
As características da exploração das colônias espanholas na América foram inicialmente voltadas para a extração do ouro e da prata, seguida do uso da mão-de-obra nativa pelas encomiendas, onde se destacavam os adelantados. Nas colônias, o exclusivo comercial havia comandado todas as ações metropolitanas.
Negrinha – um manifesto antirracista de Lobato
Estava trabalhando nas aulas de Filosofia que ministro no Ensino Médio a noção de verdade, para o segundo ano, e no terceiro ano discutia o problema do racismo, conforme está indicado no currículo mínimo de Filosofia. A fim de tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes, sempre tento aproximar os temas abordados da realidade dos alunos ou então lanço mão da arte para ajudá-los a entender certas questões. Foi pensando em como tratar esse dois temas que cheguei ao conto Negrinha,de Monteiro Lobato, onde ambos os aspectos – racismo e a relatividade da verdade –, como tantas outras coisas, estão presentes no texto. Aliás, uma das histórias mais tristes que já li.
De onde viemos
Quando o que existe é nada, tudo é possível, e cada passo inaugura um novo mundo. A liberdade total, já disseram, é fardo por demais pesado.
Armado e inocente
João tem três anos, vê desenhos na TV, vai ao cinema e gosta de que os pais contem histórias, inventadas ou já escritas em livros. Sua imaginação fabrica questões as mais diversas: “onde mora o lobisomem?”, “por que o peixe não voa?” ou “o cavalo só fala na televisão?”. Sua última pergunta, depois de passar o dia brincando com um amigo da creche, foi para seu pai: “você gosta de arma?”, ao que o pai respondeu que não. Então, ele resolveu desvendar o que se passava em sua cabeça e, com sua dicção ainda insegura, própria da idade, falou de uma vez só que “a mamãe também não gosta. Eu gosto de brincar de arma, a mamãe falou que brincar de arma é chato e ela não gosta”.
Arte Clássica e Educação
A importância da arte na formação dos indivíduos parece se apresentar de forma notória, não somente por causa de sua presença nas grades curriculares do ensino regular básico, não só pela abertura e estímulo à imaginação e a potenciais criativos/poéticos que ela pode provocar, nem também só por conta da dificuldade em defini-la – que faz dela uma forma de expressão humana tão peculiar. A arte carrega em sua história uma carga de significado que lhe atribui poderes que remetem a forças presentes no ser humano que são essenciais para constituir sua própria humanidade – o que nos remete à ideia de que nossa humanidade não é algo dado, algo natural, mas algo que precisa ser formado, moldado em conformidade com um ideal de “humanidade”, o que se dá por meio de um processo educativo. Lembrando que, o próprio sentido originário da palavra “alma”, no latim, se refere a um “sopro”, o sopro divino presente em nós, a parte de divindade que reside em nossa natureza terrena, mundana. Não por acaso, na Antiguidade os artistas eram considerados inspirados por entidades divinas, como se fossem possuídos, como se não tivessem, na verdade, plena consciência do que estavam fazendo, da obra que estavam criando. Devido a esse modo de considerá-la, sempre houve aproximação da arte com o próprio espírito religioso; ao pensar nos gregos, por exemplo, em geral as figuras representadas nas esculturas que nos foram legadas eram sempre representações de deuses – obviamente na consideração grega sobre os deuses, os quais tinham forma humana no corpo e na personalidade, só que elevada a níveis muito mais grandiosos, belos e poderosos.
O que nos espera após o fiasco da Rio+20?
Afinal, onde estamos? Para onde vamos? Como imaginamos o nosso destino comum em íntima relação com a natureza? De que forma construir as condições de bem viver e de felicidade para todos os seres humanos, sem distinção, cuidando e compartilhando o generoso planeta que nos acolhe? Que mudanças precisamos fazer desde já no atual modo de nos organizar, produzir e consumir, gerador de exclusões e desigualdades sociais vergonhosas e destruidor da base da vida?
A educação como possibilidade de transformação e ressocialização dentro do sistema carcerário
Instituição EscolaEste ensaio busca compreender como a Educação pode ser vista como prática de jovens e adultos em privação de liberdade, na perspectiva de repensar os caminhos para as práticas educativas no interior das unidades prisionais, pensando nelas como instituição de aprendizagem, em que a Educação seja um direito e não um benefício, tendo esses sujeitos como pessoas que estão em processos de reeducação para a possibilidade de reintegração à sociedade. A pesquisa tem como objetivo compreender como a Educação se dá em sistemas prisionais e como esses espaços podem colaborar.
O Brasil de Betinho
Quem conhece um pouco da trajetória de Herbert José de Souza, o Betinho, pode identificar essa frase como representante de sua postura de vida; baseado em sua trajetória e sua sabedoria, é difícil encontrar alguém que não queira manter os pensamentos e as atitudes do sociólogo sempre vivos!
Escola sem Partido e o mito da escola neutra: a importância do sentido político da educação
Instituição Escola e Política EducacionalO Programa Escola sem Partido configura-se como um ataque brutal à profissão docente na medida em que representa o impedimento do fazer docente, mais uma forma de cerceamento e controle da prática do professor, sob pena de ser criminalizado; mais do que isso, representa um ataque a toda a classe trabalhadora de modo geral (um ataque político e ideológico), a quem historicamente já vem sendo negado o direito de acesso a um saber crítico e emancipador pela burguesia dominante. O movimento vem se consolidando baseado em grupos religiosos fundamentalistas e grupos políticos de direita.