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O primeiro dia de aula para os professores
PEEEEEIIIIIIINNNN - É o sonoríssimo sinal avisando aos professores e alunos que está na hora de subir. Primeiro dia de aula. Mais um ano pela frente: surpresas, trabalho, situações difíceis, alegrias, tristezas, crescimento e aprendizagem. Cada vez que se entra em sala de aula, há um encontro com o inesperado, o contato com os alunos, aqueles rostinhos nunca antes vistos, muitos dos quais irão fazer parte da vida do professor para sempre. E vice-versa. Quem não tem um professor marcante em sua biografia, que, apesar de tê-lo conhecido por um breve período de um ano, está vivíssimo na memória há décadas? E qual professor, a despeito dos milhares de jovens que passam pelas suas aulas, não guarda na mente os alunos especiais de seu currículo? Certos professores e alunos eternizam-se uns para os outros.
A Educação Ambiental é uma disciplina?
Ecologia e Meio AmbientePor ter como objeto de estudo o meio ambiente, a Educação Ambiental não deve ter seus conteúdos fragmentados, como acontece com outras disciplinas; deve, sim, pensar no bem comum.
Linguagem é construção
Ser professor. Mais que uma profissão, trata-se de um modo de estar no mundo. Como o próprio verbo do enunciado já nos diz, é ser. Ser. Entre as tantas coisas que se é, é-se um rio que conduz os alunos pelo caminho do conhecimento, tanto pelo científico como pelo senso comum. O conhecimento científico, existente desde a Grécia Antiga, tem seu ápice a partir da revolução galileana . O senso comum ou conhecimento espontâneo, por outro lado mas não necessariamente em oposição, é resultado das experiências cotidianas feitas pelos homens como enfrentamento dos problemas diários. Por mais que possa parecer, o processo de conhecimento espontâneo não é solitário, já que constatações são trocadas entre os contemporâneos; mais ainda, são passadas de geração para geração, sendo assimiladas ao longo do tempo.
Em cima do cangote de Deus
Um homem atravessava o deserto. Sempre que olhava para trás, percebia que, junto às suas pegadas, aparecia sempre outro par, como se uma presença invisível o acompanhasse. O homem se sentia confortado sempre que via as misteriosas pegadas. Seu medo dos estranhos perigos do deserto, das ameaças do mundo, dos riscos da vida dissolvia-se, porque ele sabia, em seu íntimo, que Deus caminhava com ele. Um belo dia, enquanto atravessava o deserto mais uma vez, o homem caiu em desgraça. Olhou para trás e ficou profundamente abalado ao perceber que só havia, atrás dele, as suas próprias pegadas. Em pânico, cortado pelo estranho desespero e pelo sentimento desconcertante de orfandade, gritou para o céu: “Senhor! Como Você pôde me abandonar em um momento tão difícil!?!”. Repentinamente, uma voz respondeu: “Eu não te abandonei seu idiota, eu estou te carregando!”.
Desenvolvimento, sustentabilidade e Educação Ambiental: uma análise contributiva de Paulo Freire
Ecologia e Meio AmbienteA relação sociedade-natureza está presente na obra de Paulo Freire, cuja proposta de Educação propõe realizar transformações e rupturas com o atual modelo social, econômico e ambiental.
Alunos Leitores, Alunos Mediadores: uma proposta de projeto para a prática de leitura literária na escola
Língua Portuguesa e LiteraturaO papel fundamental da leitura literária na escola pode ser resgatado no desenvolvimento do projeto literário Alunos Leitores, Alunos Mediadores, que acontece reunindo estudantes do 1º e do 5º ano do Ensino Fundamental. O professor, baseado na elaboração de projetos de práticas de leitura literária, tem possibilidade de promover grande interação entre livros e alunos para transformar a escola em um espaço de formação de leitores e, no caso do projeto, formação de leitores e mediadores de leitura, ampliando as oportunidades de leitura e escolha de obras literárias.
DESENHAR: UMA NARRATIVA DO MUNDO INFANTIL
Eça de Queiroz
Vozes em mutação
Tenho percebido que, em geral, as aulas pelas quais meus alunos mais se interessam são aquelas em que trago algo de novo. Isso é bom não só para eles. Eu, claro, fico feliz em ver que gostaram. Mas devo confessar que há algo de egoísta nessa minha satisfação: uma aula boa me cansa menos, não preciso ficar pedindo por silêncio, nem pela atenção dos alunos; ao contrário, por vezes tenho até que acalmar os ânimos dos mais empolgados, a fim de que aguardem sua vez de falar. As perguntas que eles fazem servem como combustível, estímulo para mim. Todos saímos lucrando. No entanto, não há como ter certeza de que uma aula irá funcionar, não tem segredo. Pode ser que em uma turma a aula seja ótima e em outra a mesma aula seja um desastre. Há, porém, um caminho a ser percorrido que pode conspirar para que uma boa aula aconteça. Tal fio condutor, apesar de não ser garantia absoluta do sucesso, pelo menos aumenta a chance de ser uma aula legal. É o planejamento feito sem pressa. Claro que se trata de uma visão pessoal. Isso funciona comigo; conheço, porém, ótimos professores que chegam à escola sem ao menos saber para qual séries darão aula e, ao pisarem em sala, têm um desempenho brilhante. Esses são os talentosos, 90% inspiração. Eu sou da turma da transpiração. Daí eu ter de preparar as aulas, selecionar textos e criar situações, elaborar questionamentos para chamar a atenção dos meninos.
Sobre a violência da mídia
Entre tentativas de golpes, vírus, correntes, e muitas besteiras, a internet ainda se apresenta como uma daquelas saídas quase improváveis em meio ao vazio e à imbecilidade que a mídia insiste em perpetuar. O que a torna sedutora talvez seja essa ainda liberdade juvenil dos recém-chegados ao mundo dos adultos. Para o bem e para o mal, leis e mecanismos de controle ainda são uma novidade nesse território e por isso mesmo surgem brechas, ilhas, que desafiam a lógica contemporânea do não pensar.