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Representações sociais da Educação Física: uma análise de narrativas docentes
Educação FísicaA pesquisa analisa as representações da disciplina e dos professores de Educação Física no ambiente escolar para compreender como são construídas pelos docentes. Trata-se de um estudo que empregou a Análise de Conteúdo para examinar as narrativas de 21 professores de diferentes áreas de conhecimento de escolas públicas de Teresina/PI. As narrativas resultaram em três categorias de análise, revelando representações de uma identidade fragilizada do professor, de uma disciplina percebida com menos relevância no processo educacional, da postura passiva dos professores em relação a decisões importantes na escola e da falta de renovação didática na disciplina, perpetuando práticas pedagógicas antiquadas.
Os desafios da Educação Básica na sociologia de Florestan Fernandes: estrutura social, conservadorismo e humanismo
Sociologia e Instituição EscolaEste artigo apresenta a contribuição da Sociologia crítica de Florestan Fernandes a respeito da Educação Básica no Brasil. Os conceitos de estrutura social, conservadorismo e humanismo são reveladores dos históricos desafios educacionais enfrentados no país, principalmente os concernentes à educação pública. Fernandes descortina a perspectiva naturalista conservadora para evidenciar que a desigualdade educacional e cultural não são frutos da “natureza”, mas sim de um processo histórico-social excludente e regido por uma lógica que desconsidera o humanismo como princípio norteador de um projeto educacional.
Avaliação sem reprovação: um estudo sobre a avaliação democrática
Avaliação, Formação de Professores, Vivências de Sala de Aula e Política EducacionalA avaliação é um desafio para o pensamento pedagógico. Em pleno século XXI, ainda nos deparamos com muitos limites que envolvem os processos de avaliação. Uma questão orienta nossa pesquisa: como os docentes pensam a avaliação? Nesse sentido, é pertinente que tomemos a percepção dos professores em relação a uma avaliação que seja democrática, deixando de ter sua preocupação somente na questão do conteúdo e a avaliação qualitativa. Para a contribuição das pesquisas e dos diálogos, foram utilizados estudos de Hoffmann e Luckesi. O artigo apresenta um breve histórico sobre a avaliação tradicional e um histórico da avaliação sem reprovação.
Novos olhares para a Geografia Escolar: experiências docentes em escola municipal de Fortaleza/CE
Geografia e Vivências de Sala de AulaDurante muitas décadas, a Geografia Escolar foi vista apenas como uma disciplina que descrevia lugares. Atualmente, diante de um contexto socioespacial globalizado, é necessário ser criativo, propositivo e inovador no ensino de Geografia. Nesse sentido, buscamos como objetivo deste trabalho apresentar as experiências docentes no ensino de Geografia na Escola Municipal Angélica Gurgel desenvolvidas de 2020 a 2022. Este artigo é um recorte da pesquisa de dissertação apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Formação Docente (IFCE/Unilab). Utilizamos levantamento bibliográfico e observação participante na sua construção.
Desafios da prática docente
Formação de ProfessoresUma das dificuldades na formação dos professores e na prática docente está na constante transformação de diversos campos da sociedade, especialmente quando se trata da tecnologia, em função da rapidez e da quantidade em que as informações vêm sendo disseminadas.
A(s) matemática(s) no Currículo Mínimo do Curso Normal em escolas estaduais do Rio de Janeiro
Matemática e Formação de ProfessoresEste artigo promove uma análise da inserção da disciplina de Matemática no currículo do Curso Normal, particularmente em instituições de ensino estaduais localizadas no Rio de Janeiro. Apesar de as discussões acerca dos currículos dos cursos de Licenciatura em Pedagogia serem amplamente difundidas, identifica-se uma lacuna significativa nos estudos relacionados ao currículo do Curso Normal, programa de formação de nível médio para professores. Este estudo se propõe a investigar como a Matemática é abordada no currículo e discutir os impactos dessa presença na formação dos professores.
O desafio de conviver com a diferença: um estudo sobre o multiculturalismo e a escola pública na tríplice fronteira amazônica
Vivências de Sala de AulaO artigo apresenta resultados da pesquisa O Desafio de Conviver com a Diferença: um Estudo sobre o Multiculturalismo na Escola Pública, em Tabatinga/AM, partindo da premissa de que a sociedade é construída na heterogeneidade de identidades culturais e que o espaço educativo é campo experimental do multiculturalismo. A cidade está na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru; buscamos identificar dinâmicas que constituem a instituição educacional e responder se as metodologias empregadas valorizam as culturas. Nesse caminho se salienta a necessidade de uma educação dialógica como ferramenta de inclusão social e multicultural.
Ensino de Geografia e Educação Ambiental crítica: aportes para a (re)construção do conceito de natureza em sala de aula
GeografiaDe que maneira a representação e noção predominante de natureza tem sido evocada por professoras e professores da Educação Básica no processo de mediação do ensino-aprendizagem? A (re)construção do conceito de natureza a partir da Geografia escolar consiste no objeto de estudo deste artigo, que busca realizar um diálogo com a Educação Ambiental crítica para extrair aportes que contribuam para a compreensão da relação sociedade-natureza superando a concepção dualista, responsável pela disjunção que se perpetua, inclusive no interior da Geografia, desfavorecendo a construção de objetos do conhecimento híbridos.
Educação profissional no Brasil: da industrialização ao século XXI
Diversos estudos privilegiam o ano de 1942 como o marco da história do ensino industrial no país. No entanto, estes estudos não resgatam o sentido de continuidade do processo histórico. A imagem que fica é a de que a partir de 1942, o ensino industrial e a sociedade, tomaram o rumo que leva à igualdade social. Neste texto, nosso objetivo é o de mostrar o que muda e o que permanece, ainda nos dias de hoje, ressaltando como o ensino profissional foi criando uma identidade voltada para as necessidades estritas do mercado. Veremos, com isto, que por trás das ideias existe a premência de manter as desigualdades, apesar de o trabalho tornar-se imprescindível para a organização da sociedade.
Si.lên.ci.o... Já falei! – uma reflexão sobre os rituais de silêncio e o silenciamento na sala de aula
Filosofia, Sociologia, Instituição Escola, Vivências de Sala de Aula, Cidadania e Comportamento e Língua Portuguesa e LiteraturaEste artigo reflete acerca dos rituais escolares de silêncio e sobre o silenciamento na prática de sala de aula. Qual a intencionalidade imbuída no rito de silêncio proposto? Para tal, foi realizada pesquisa bibliográfica acerca das categorias rituais escolares, silêncio e silenciamento. Como toda forma de linguagem, o silêncio também apresenta sentido. O silenciamento é uma forma de representação da ideologia dominante e de manutenção da opressão sobre os desfavorecidos na relação de poder que também está representada no espaço escolar. A reflexão mostra que o silêncio é necessário, desde que não seja para silenciar a voz do aluno.