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Professor da EJA: o sujeito da práxis pedagógica
Antropologia, Comunicação, Filosofia, Formação de Professores, História da Educação, Vivências de Sala de Aula e Política EducacionalO presente trabalho é fruto de uma pesquisa de campo que aborda a ação dos professores no que se refere à Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Estadual Governador Walfredo Gurgel, localizada na cidade de Antônio Martins/RN. As reflexões estão voltadas à práxis dos docentes, bem como do universo do público discente que frequenta as aulas da modalidade. A pesquisa constituiu-se na aplicação de questionários semiestruturados entre professores e alunos, abordando a importância da formação docente para esse público-alvo. O amparo metodológico se deu por leituras pertinentes à temática.
Leitura nas aulas de Língua Inglesa: acessível, eficaz e prazerosa
Formação de Professores e Língua EstrangeiraSob a luz dos Parâmetros Curriculares Nacionais e do conhecimento da Linguística Aplicada, este artigo consiste em diagnosticar alguns motivos que têm levado as aulas de leitura em Língua Inglesa ao insucesso e propor estratégias de melhoria para o desenvolvimento dessa habilidade nas salas de aula.
A pedagogia antes da Pedagogia
História da EducaçãoA resenha do artigo de Bárbara Botter mostra como foram os primeiros passos da Pedagogia, dados pelos filósofos da Grécia Antiga, sem que existissem prédios e instituições específicas para tal finalidade.
Uma mensagem de Angola
Esta semana me programei para mostrar o outro lado de meu cotidiano. Quem acompanha meus diários desde o início deve se lembrar que leciono em duas instituições de ensino: o Colégio João Antônio, que mais ou menos descrevi nos capítulos anteriores, e o Educandário Monte Alverne, cujos edifícios, que remontam ao século XVII, deveriam prevalecer sobre a construção pobre e aparentemente sem atrativos através da qual conduzi todas as minhas inquietações até aqui.
A inteligência emocional e a justiça
Uma condição essencial ao autoconhecimento é o desenvolvimento da inteligência emocional. É preciso conhecer mais a respeito das emoções e das suas possibilidades colaboradoras, principalmente no que diz respeito a sua ação conjunta à justiça. Tomemos contato com as emoções, cuja serventia pode ser identificada através do estudo realizado por Daniel Goleman: (1) raiva: com a aceleração do batimento cardíaco e a secreção de alguns hormônios, em destaque a adrenalina, gera-se uma pulsação e energia para agir vigorosamente mediante uma dada necessidade; (2) amor: estimula a aceitação, amizade, confiança, afinidade, adoração, paixão; (3) tristeza: põe a pessoa em contato consigo mesma, estimulando-a à autoavaliação de questões internas, a fim de encontrar soluções aos vários problemas psíquicos existentes; (4) vergonha: relaciona-se a culpa, vexame, remorso, arrependimento.
Ecológicos e consumistas
Conheço uma moça cujo filho adolescente é vegan – uma espécie de vegetariano mais radical. Além de não comer nenhum tipo de carne (ou “bicho morto”, como diz um amigo vegetariano light), não come nada que seja derivado de animal, ou seja, qualquer coisa que leve ovo, leite ou mel em sua composição. Assim, são também excluídos de sua dieta alimentos como queijo, manteiga e pão. A restrição que um vegan se impõe não é apenas alimentícia. O rapaz não usa vestimentas feitas de couro, camurça, pele, ou seja, nada proveniente dos bichos; veste-se com tecidos sintéticos ou feitos de algodão; não consome produtos de empresas que fazem testes com animais; em vez de pasta de dente, usa um “pozinho” (que a mãe dele não soube especificar bem o que era) e à noite quando faz xixi (note bem, apenas xixi) deixa para dar descarga apenas no dia seguinte, para não gastar água. Os humanos carnívoros devem achar tal postura um tanto excêntrica. Mas, se pensarmos bem, o menino só coloca em prática aquilo em que acredita e não prejudica ninguém com isso: acha que o homem não tem direito de usar e abusar da vida dos outros animais – e não é conivente com isso. Sua preocupação não se restringe apenas ao bem-estar dos bichos; ele se preocupa com o meio ambiente de forma geral.
Tipo assim: nem losers, nem winners
Se para nossos avós as coisas "eram" ou "não eram" – não havia o meio-termo, o maniqueísmo imperava, tudo se dividia entre o certo e o errado, o “bom” e o “mau”, “o preto no branco” –, para os jovens de hoje nada “é” peremptoriamente, terminantemente, taxativamente: as coisas são "tipo assim" - um vício de linguagem hoje muito utilizado e criticado, até porque tal expressão, sob a ótica da língua culta, é visto como algo medonho, tipo assim uma muleta linguística que gramaticalmente não tem serventia alguma. Mas, do ponto de vista da comunicação, é bem interessante, pois, sob certos aspectos, mostra falta de certezas (“as certezas, meu deus, para que tantas certezas”): “eu gosto dele de um jeito, tipo assim, diferente”, foi o que escutei uma aluna dizer a outra. Como discorrer sobre um sentimento incomensurável como o amor de forma exata? Nem mesmo os mais astutos filósofos conseguiram realizar tal empresa: no mais famoso jantar filosófico, ficaram todos falando sobre o amor, comendo, bebendo e discutindo, e nada de conseguir definir de uma vez por todas tal nobre sentimento (Cf. em O Banquete, Platão). Sendo assim, nada mais justo que leigos refiram-se ao amor como algo “tipo assim”. Pronto: o emissor lançou sua incapacidade de definir em termos exatos seu sentimento, o receptor entendeu que se trata de uma coisa profunda, mas indeterminável (talvez por isso seja “tipo assim”). E fez-se a comunicação.
Os dois lados da ecologia
Como acontece há seis anos na cidade de Ouro Preto (Minas Gerais), o Fórum das Letras reuniu em novembro passado algumas cabeças pensantes para discutir literatura e cultura. E como também sói acontecer, a discussão tomou outros rumos, que acabaram sendo degustados e digeridos pelos palestrantes e pelo público presente. Nesta edição do Fórum, a mesa de debates Escrita, liberdade e transformação do mundo, formada por Leonardo Boff e pelo escritor Mia Couto, acabou por se revelar uma ótima oportunidade de discutir ecologia – assunto por demais genérico para ser questionado e por demais importante para ser ignorado.
O jornal de papel tem futuro?
A cena é muito comum em filmes americanos ou em novelas brasileiras que retratam a classe média: a família reunida em torno da mesa de café da manhã, o pai com o rosto metido entre as páginas do jornal do dia. No cotidiano de nossa realidade, vemos todo tipo de gente lendo jornais nos ônibus, metrôs e trens: mulheres indo para o trabalho, executivos de paletó, moças universitárias, comerciários, pedreiros, estudantes, aposentados, todos virando as páginas, passando os olhos pelas notícias na parte de esportes, de cultura, da cidade, do país, ou mesmo fazendo as palavras cruzadas e tentando resolver a mais recente mania dos passatempos, o sudoku. Mas uma questão vem incomodando as redações desses jornais: o jornal digital, publicado na internet, vai acabar com o jornal impresso?
Calor e temperatura no ensino da Termodinâmica: o senso comum e o conceito científico
O estudo da termodinâmica envolve o uso de conceitos como energia, calor e temperatura, que já estamos acostumados a empregar no nosso dia a dia. Essas palavras, no entanto, nem sempre têm o mesmo significado na ciência e na linguagem comum. Isso tem sido causa de dificuldades no ensino de Química, pois muitas vezes não se alcança o resultado esperado em sala de aula devido ao fato de professor e aluno não se entenderem sobre o significado das palavras. Neste trabalho apresentamos uma pesquisa com os alunos da 7ª e 8ª série do Ensino Fundamental com o propósito de verificar se realmente existe dificuldade para compreender a diferença entre os termos calor e temperatura. Observou-se que, mesmo após aula expositiva sobre o significado de "calor", em que o professor esteve atento à necessidade de esclarecer as diferenças entre a linguagem coloquial e científica, os alunos ainda apresentaram dificuldade em compreender corretamente o significado do termo.