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O Clamor que brota da Sociedade Civil Mundial: impossível ignorá-lo

O Conferência de Johannesburgo, recém concluída, é um atestado patético de que não podemos continuar assim. Conhecida também como a "Rio + 10" - pois pensada para permitir um balanço dos 10 anos após a Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 - a Conferência de Johannesburgo completa e esgota todo um modelo de negociações internacionais. Ao invés de avançarmos em termos de governança e gestão coletiva do Planeta Terra, produzimos uma grande frustração e estamos num impasse. O promissor ciclo de grandes conferências, patrocinado pela ONU, foi incapaz de fazer frente ao cinismo neoliberal, com sua selvagem lei de regulação pelo mais forte ao nível de mercado. A globalização econômico-financeira, baseada nas grandes corporações capitalistas, se impôs por obra de governos dos países ricos, que tudo fizeram para inviabilizar um outro modelo de desenvolvimento.

Poesia necessária: os inúteis de Manoel de Barros

Existem versos e versos. Existem também os reversos e os desversos. Olhos livres para o novo. Manoel de Barros é coisa boa de se ler. Afinal, gafanhoto também anda de muleta e os pardais descascam larvas. Fique tranquilo, com cem anos de escória uma lata aprende a rezar... E a quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso. Manoel é assim, surpresas que surpreendem. Para os olhos, os sentidos, a carcaça, os pedaços de alma que por ventura ainda resistam em nós. Quando menos se espera, ele nos espreita, nos ataca e dá seu bote. É pantaneiro, sim, senhor. Seus versos, ou não versos, ou fragmentos de coisas, têm o melhor de todos os venenos: poesia. E inusitada. Quando menos esperamos, a gente se pega lendo e abrindo seus livros pelas livrarias deste Brasil sempre sem fim. Universalmente pantaneiro, Manoel de Barros olha as coisas menos percebidas. Quase sempre nos obstinamos nos grandes temas, quase sempre nos deixamos ensinar o que é o que não é poesia nas escolas-cativeiros. Quase sempre o professor tem dificuldade para falar sobre o simples e o trabalho pesado que dá fazer o aluno experimentá-lo. Mitifica-se tudo: grandes poetas, grandes tragédias, grandes questões. Várias são as maneiras de ser grande. Manoel já avisava em versos que “nos fundos do quintal há um menino e suas latas maravilhosas. Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas com aves”. O que podem os quintais? Podem tanto que ficam onde estão. Você já teve um quintal em sua vida? No mundo dos playstations e playgrounds iríamos para outras sendas. Ou carrefours... Difícil hoje é viver o simples. Arre! Estou tentando não contar nada, sem uma história, apenas indicando mostrar uma alegria. A poesia de Manoel de Barros é uma alegria súbita. Ele mesmo fala: “Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia”.

Os Natais do Rio

Em 19 de dezembro, uma árvore de Natal de 20 metros foi inaugurada perto da estação do teleférico do Morro do Adeus, tendo como mestre de cerimônias a atriz Regina Casé e show de abertura com o AfroReggae. O Complexo do Alemão – e toda a Penha – puderam ver os efeitos especiais e as cores verde e azul da árvore, depois de encararem dias e noites acinzentados. A invasão ao Complexo pelas polícias federal, militar e das forças armadas ainda não havia completado um mês. A comunidade, após anos de um regime de terror e de governo paralelo impostos por traficantes, compareceu à festa de inauguração e ouviu as promessas de áreas de lazer e de uma vida mais digna para a população. Qualquer pessoa que passe pela Linha Vermelha, via de acesso entre o Rio de Janeiro e cidades da Baixada Fluminense, pode ver que o nível de vida no lugar é indigno. A população parece dar um voto de confiança ao governo.

Mulheres na Rede

As mulheres já representam metade da população economicamente ativa do Brasil e ocupam 51% das vagas na educação, em todos os níveis, incluindo a universidade. Mas, para além da pura matemática das estatísticas, esses dados representam uma maior participação da mulher na sociedade brasileira, o que faz uma grande diferença. Já sentimos que essa participação tem significado mudanças graduais e profundas na estrutura das relações familiares, de trabalho e na esfera do poder.

Iluminando o pensamento de Octávio Ianni

Certas vivências nos fazem sentir na pele o que as mais recentes teorias pedagógicas não se cansam de repetir, com razão, sobre a importância da interdisciplinaridade ou transdiciplinaridade na construção do conhecimento. Entender o conceito, eu acho que já tinha entendido. Mas, passei por dois momentos especialmente vivos que me comprovaram a tese de que um saber ilumina o outro e vice-versa, e um terceiro saber se produz dessa rede e conexão de saberes.

Calçadas manchadas de sangue

A ideia de que toda vida merece ser vivida é problemática. No entanto, mais problemática é a ideia de que alguém pode decidir por outro quando e como uma vida deve ser vivida, ou mesmo quando ela deve acabar. Nossa sociedade costumou-se a produzir um discurso repetitivo sobre a vida. Um discurso que reforça a ideia de que a vida humana é sagrada e de que qualquer atentado contra ela é um delito terrível, um dos mais odiosos, e que deve ser objeto da mais violenta repulsa.

Guimarães Rosa na travessia do Grande Sertão

É assim que começa um dos livros mais estudados da literatura brasileira: Grande sertão: veredas. Já leu já, meu doutor?

Tremor e temor

Por volta das 9h30 da manhã do dia 1º de novembro de 1755, a terra tremeu em Lisboa. Não se sabe ao certo qual foi a magnitude do tremor, mas especula-se que tenha chegado a oito graus na escala Richter.

Ensino pra valer

Uma das recentes iniciativas do governo federal para melhorar a qualidade da educação no Brasil foi criar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e de Valorização do Magistério (Fundef). Seus objetivos são aumentar o montante de recursos destinado ao ensino fundamental, sendo especialmente direcionado a professores em sala de aula e a qualificação dos mesmos, criando, adicionalmente, um teto mínimo para ser gasto por aluno.

A manha dos marítimos

Instável como a vida de todos nós, sempre a surpreender com o inesperado, lugar mítico, tema poético de dimensões oceânicas, “mistério que nem os velhos marinheiros entendem”. “Doce amigo”, mas também dono das “águas plúmbeas”, do espesso óleo que oculta o corpo do amado, docemente levado pelas ondas até a Terra de Aiocá: o mar de Jorge Amado é signo da vida e do amor.