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O enigma como desafio: notas sobre “Casa tomada”, de Julio Cortázar, e A menina morta, de Cornélio Penna
Entrevistado por Omar Prego em 1991, Julio Cortázar explica seu conto “Casa tomada” como um pesadelo. "A única diferença entre o sonho e o conto é que, no pesadelo, eu estava sozinho. (...) Mas, de repente, o escritor entrou em ação. Percebi que aquilo não podia ser contado com um personagem só, tinha que vestir (...) o conto com uma situação ambígua, uma situação incestuosa (...) um caso em que o fantástico não é algo que eu comprove fora de mim, mas que vem do meu sonho" (1991, p. 52).
Questões em aberto: uma discussão filosófica da pedagogia atual
Este texto procura apresentar uma visão – simples a meu ver – de como nós, professores, poderíamos trabalhar, caso as instituições públicas realmente desejassem ver as leis sendo cumpridas. Então coletemos boas ideias. Aí vão elas:
Ensino regular e ensino técnico, tudo junto e misturado?
O estado de guerra que algumas comunidades do Rio de Janeiro vivem parece não causar mais perplexidade nas pessoas. As pessoas se acostumam a tais “transtornos” e dão seu jeito na hora que “o bicho pega”. Saem mais tarde para trabalhar, chegam mais cedo, não mandam as crianças para escola. Foi assim que as aulas de segundo semestre da minha escola começaram: sem começar. Um traficante morreu, a bala comeu solta, mais alguém foi baleado, depois um policial, outro traficante. No fim de dez dias já eram nove mortos. A chapa estava quente no morro.
Mapas mentais e a imaginação espacial na sala de aula de Geografia
GeografiaApresentamos uma breve reflexão acerca da educação geográfica considerando a importância do reconhecimento da multiplicidade do lugar a partir da produção e interpretação de mapas mentais elaborados por alunos do 6°ano de uma escola pública do município de Macaé/RJ. Essa experiência e o material fruto dela foram produzidos a partir de uma aula de Geografia realizada no ensino remoto em junho de 2021, durante a pandemia da covid-19. Esses materiais podem ajudar na análise das subjetivações e nas formas como se apresentam no espaço escolar e nas imbricações da autonomia, da cidadania e da imaginação espacial nos lugares.
História passando na sua timeline: possibilidade de uso do Facebook nas aulas
Computação e Tecnologias, História e Vivências de Sala de AulaO presente artigo é um relato de experiência resultante da prática docente em uma escola em Uruará, no oeste do Pará. O projeto tinha como objetivo integrar o estudo da disciplina de História ao acesso ao Facebook, na época a rede social de maior acesso dos alunos daquela unidade escolar. O uso previa que os alunos desenvolvessem o hábito de estudar além dos horários na sala de aula, aprimorando ainda outras habilidades importantes para o seu desenvolvimento acadêmico e profissional, como a argumentação, a produção textual e a confrontação com textos diversos. O projeto foi aplicado na escola durante todo o ano de 2017 e metade do ano de 2018, com alunos das três séries do Ensino Médio.
A voz do professor como caminho formativo: narrativas, reflexão e supervisão na escola
Formação de Professores e Instituição EscolaEste artigo busca compreender como narrativas (auto)biográficas de professores podem subsidiar práticas de formação continuada mais reflexivas e contextualizadas a partir da atuação do supervisor escolar. Parte-se do pressuposto de que a formação docente é um processo contínuo, coletivo e situado que se constrói baseado em experiências compartilhadas no cotidiano da escola. A pesquisa fundamenta-se em produções acadêmicas acerca da constituição da identidade docente. Dar voz aos docentes fortalece os vínculos profissionais e amplia as possibilidades de transformação da prática pedagógica, contribuindo com a educação democrática.
Caraça, sinônimo de preservação
Se a gente for seguindo a Estrada Real, caminho que bandeirantes, sertanistas, escravos e índios abriram para povoar e extrair riquezas do solo do Brasil, chegamos a Minas Gerais. As duas estradas que saem do Rio de Janeiro levam até Ouro Preto. Mas, se o viajante não se satisfaz com a cidade histórica, pode seguir adiante, pegar o caminho dos diamantes. E aí vai chegar ao Caraça.
Workshop como metodologia para o ensino técnico em enfermagem: relato de experiência
SaúdeO uso de metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem, utilizando experiências reais do cotidiano no cuidado em saúde, favorece a motivação autônoma dos profissionais. O objetivo do relato é descrever a experiência da realização de um workshop com estudantes do curso Técnico em Enfermagem. Participaram do workshop 30 estudantes de enfermagem em cinco estações de trabalho com duração média de 30 minutos cada. O relato visa contribuir para a ampliação das discussões sobre o tema, oferecendo subsídios para repensar o processo de ensino-aprendizagem e as possíveis iniciativas.
Baixada Fluminense!
No dia 31 de março de 2006 a chacina da Baixada Fluminense completou um ano. Não é uma data de comemoração e, sim, de memória de atos que gostaríamos de não ter na lembrança, mas que é necessário marcar a passagem para que a reflexão se faça presente. Na data foi realizada uma missa na igreja da Sagrada Família da Posse, seguida de caminhada até uma escola municipal que passará a se chamar Douglas Brasil de Paula. Douglas estudava nessa escola e foi uma das pessoas assassinadas.
Narrativas e memórias: vestígios da história do Curso Normal no Colégio Estadual Trasilbo Filgueiras
Este texto é a escrita inicial da pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/UERJ). A pesquisa centra-se na investigação das memórias e história narradas por moradores, alunos e alunas egressos, professores das duas primeiras turmas do Curso Normal ofertado em uma instituição escolar pública de ensino, o Colégio Estadual Trasilbo Filgueiras, localizado no bairro Jardim Catarina.