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Cadê as bonecas negras?
Faz uns dias que ando à procura de uma boneca negra para dar à minha filha. Semana retrasada fui a uma famosa loja de brinquedos no Centro do Rio e perguntei se tinha alguma boneca dessas para vender. A vendedora me olhou como se eu estivesse querendo comprar um extraterrestre de três pernas. Ou como se eu fosse uma ativista remanescente do grupo Panteras Negras. Passado o espanto, veio a resposta esperada: não tinha. A loja era grande e repleta de bonecas, perguntei se realmente não havia pelo menos uma no meio daquelas centenas. Depois de muito procurar, mostrou-me uma imitação de Barbie, só que morena de olhos verdes e com cabelos negros e ondulados. Os cabelos eram, na verdade, uma peruca que poderia ser trocada por outra loira, ruiva, castanha. Não era bem isso. Queria uma boneca negra – e não uma morena de olhos verdes. Quando passei pela seção das bonecas princesas da Disney vi que estavam quase todas lá: Cinderela, Bela Adormecida, Ariel, Bela (da Bela e a Fera), Branca de Neve... Perguntei se tinha a Tiana, a protagonista negra do desenho A princesa e o sapo. Já a tinha visto na vitrine de uma loja em um shopping na Zona Sul: ela existia. Mas não naquela loja. Aliás, nem ela nem a Jasmine (a princesa do Aladdin, moradora de Agrabah, uma cidade fictícia localizada em algum país do Oriente Médio). A essa altura, senti um certo constrangimento por parte da vendedora, que se apressou em dizer que a Tiana já tinha estado por lá, mas assim que chegava se esgotava, daí a sua ausência nas prateleiras. Se a demanda era tão forte assim, por que não encomendavam em maior quantidade? Ela deu um risinho sem graça e não soube responder. Dirigi-me ao gerente para lhe dar essa ótima dica mercadológica: encomendar mais bonecas da Tiana ao fornecedor, já que ela “sai muito”. Ele, sem muita empolgação, disse que iria fazê-lo.
Vamos fugir da mesmice das aulas expositivas?
Bem, todos nós já estivemos sentados nos bancos escolares e todos sabemos como uma aula atrativa é bem-vinda.
A morte de Machado de Assis por Euclides da Cunha e Rui Barbosa
Quebrando, de certa forma, seu compromisso com a imortalidade, Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, quando a Academia Brasileira de Letras ainda tomava fôlego para alcançar o futuro. Segundo diziam, morreu em consequência das saudades que sentia de Carolina, sua mulher, morta quatro anos antes, cuja ausência fizera muito mal à saúde do escritor. Dia 1° de agosto ele comparecera a uma última reunião da ABL, e ainda na véspera de seu desaparecimento passeou pela cidade com José Veríssimo. Mas nem o convívio com os amigos nem o trabalho intelectual foram capazes de reverter o triste rumo dos acontecimentos.
Prometeu
Peço permissão a todos para dedicar o dia e este poema a André Luiz, meu filho mais velho, que não tem Internet, mas vai recebê-lo. É que no primeiro dia da primavera, o Touro (assim o chamava seu pediatra) fez 40 anos. E ele sabe muito bem o que isso significa.
Para se levar dentro da bolsa
Outro dia um amigo repórter de Polícia estava me explicando por que tomava ansiolítico. Aliás, não só ele; a cada dia descubro pessoas que não têm a menor pinta e também fazem uso de tais medicamentos. Levam na bolsa, tal qual um antídoto para qualquer infortúnio que cruze o caminho. A justificativa dele para o uso do tarja preta estava na própria profissão que exercia. É algo extremamente excitante.
Avaliação sem neutralidade
Nos diversos estudos sobre avaliação, não há conclusão encerrada ou modelo definitivo que tenha sido implantado como a “receita” ideal. Afinal, o ser humano varia sua maneira de ser conforme a realidade e o contexto social em que vive.
Química e biologia do envelhecimento
Texto do Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química Faculdade de Educação da USP (L@PEC/FEUSP) In: http://quimica.fe.usp.br/global/ca8/radica.htm
Ecológicos e consumistas
Conheço uma moça cujo filho adolescente é vegan – uma espécie de vegetariano mais radical. Além de não comer nenhum tipo de carne (ou “bicho morto”, como diz um amigo vegetariano light), não come nada que seja derivado de animal, ou seja, qualquer coisa que leve ovo, leite ou mel em sua composição. Assim, são também excluídos de sua dieta alimentos como queijo, manteiga e pão. A restrição que um vegan se impõe não é apenas alimentícia. O rapaz não usa vestimentas feitas de couro, camurça, pele, ou seja, nada proveniente dos bichos; veste-se com tecidos sintéticos ou feitos de algodão; não consome produtos de empresas que fazem testes com animais; em vez de pasta de dente, usa um “pozinho” (que a mãe dele não soube especificar bem o que era) e à noite quando faz xixi (note bem, apenas xixi) deixa para dar descarga apenas no dia seguinte, para não gastar água. Os humanos carnívoros devem achar tal postura um tanto excêntrica. Mas, se pensarmos bem, o menino só coloca em prática aquilo em que acredita e não prejudica ninguém com isso: acha que o homem não tem direito de usar e abusar da vida dos outros animais – e não é conivente com isso. Sua preocupação não se restringe apenas ao bem-estar dos bichos; ele se preocupa com o meio ambiente de forma geral.
Letramento crítico pautado pelas ferramentas tecnológicas no processo de ensino aprendizagem em EAD: um estudo de caso na comunidade de Tamoios em Cabo Frio/RJ
Educação a Distância, Língua Portuguesa e Literatura e Política EducacionalO presente trabalho tem por objetivo analisar como o letramento crítico com o uso de novas tecnologias na Educação pode colaborar para o aprendizado na perspectiva da EaD. Esta pesquisa dialoga diretamente com a perspectiva educacional pautada na BNCC, com a décima competência, que privilegia as tecnologias no processo educacional. É importante salientar que o uso das novas tecnologias não exclui o trabalho feito pelo professor em sala de aula e que a aplicação da tecnologia seria um mecanismo a mais que pode ser disponibilizado para que a aprendizagem atinja altos níveis de eficácia.
Hábitos e manias
Quando a idade vai passando, a gente começa a fazer seleções definitivas: só uso esta ou aquela marca, só leio este ou aquele autor, não compro nesta ou naquela loja... E a ter opiniões definitivas.