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Mudar mentalidades e práticas: um imperativo

A crise climática é a consequência mais evidente, mais imediata e mais ameaçadora do modelo industrial, produtivista e consumista em que se baseia a nossa economia e o modo de vida que levamos. Não se trata de algo conjuntural, mas de esgotamento de um sistema que tem como motor o ter e o acumular, ou seja, um desenvolvimento que tem como pressuposto básico o crescer, crescer mais, sem parar, sem respeitar limites naturais, tudo para concentrar riquezas. Como condição para desenvolver, não importa a destruição ambiental que possa provocar, nem que a geração de riqueza seja, ao mesmo tempo, geração de pobreza, exclusão social, desigualdades de todo tipo. O aquecimento global e a crise do clima são, por isso, expressões de uma inviabilidade intrínseca desse desenvolvimento. Tanto de um ponto de vista ambiental como social, não dá para tornar sustentável tal desenvolvimento. Não importa o lugar que ocupamos neste planeta único e finito, o fato é que precisamos mudar. Esse é, hoje, um imperativo ético, de vida; está em questão a integridade da vida e de sua visceral relação com o meio ambiente, e, portanto, da humanidade inteira.

Considerações sobre o romance de formação

Pretendemos com este texto apresentar algumas considerações sobre o “romance de formação” (do original no alemão Bildungsroman) como gênero literário e como percurso filosófico e pedagógico. O termo formação (Bildung), na língua alemã, é carregado de sentidos relacionados à ideia de imagem (Bild) e de forma, apresentando-se como um processo educativo que visa dar uma forma ao ser humano, conforme uma imagem ideal que dele se estabelece.

Um olhar poético sobre o educar: da habitação à morte

Educar é morar, residir permanentemente no devir de um caminho de apropriação. Nesse sentido, educar não é dizer como, mas apontar a partir de uma existência o metamorfosear entre externo e interno: consumação.

A vida dos animais

Em A vida dos animais, J. M. Coetzee, Prêmio Nobel de Literatura de 2003, envolve-nos em um tema caro, pelo menos para a minha geração. Já longe dos anos 60 do século passado, comemos toda espécie de animais considerados puros para o consumo humano sem pensar, ou pelo menos sem avaliar, nas circunstâncias de sua morte. Comer carne de vaca está longe de ser considerado falta de delicadeza; para nós, pelo menos os não-vegetarianos, é extremamente normal. Mas e quanto aos coelhinhos? Não há demora em presenciar um suspiro um pouco mais longo ou uma recusa aberta quando se trata de animais pequenos que nos lembram o ser quando vivo: codornas, coelhos, rãs no menu servido sem cerimônia.

Poemas selecionados

Brincar com sons Juntar letras Formar palavras Descobrir a sonoridade e o nome de tudo Que está no mundo nas coisas no pensamento.

Detetives do passado

Um grupo de professores e pesquisadores do Núcleo de Documentação, História e Memória da Escola de História da UNIRIO criou este site, que propõe oficinas para levar os estudantes a investigar aspectos do passado curiosos ou pouco abordados.

Sobre o marxismo e o acesso à universidade

O modo problemático como a história do Ocidente lidou com o pensamento pode mostrar suas consequências em diversos aspectos; dentre eles, o modo de compreender a organização da sociedade moderna e as suas propostas educacionais. O filósofo Karl Marx (1818-1883) foi um exemplo importante no que se refere à crítica à história do pensamento ocidental, acusando-o de se utilizar de abstrações e conceitos universalizantes para compreender a realidade humana, mas sem levar em consideração as peculiaridades históricas, concretas e materiais dos indivíduos abarcados pelo abstrato conceito de “humanidade”. No caso de Marx, tratava-se de uma crítica à ideologia, a qual poderia ser compreendida como um discurso mais ou menos destituído de validade objetiva mas que, mesmo assim, seria mantido por conta dos interesses claros ou ocultos daqueles que o utilizam. Um exemplo disso se mostra na concepção dos direitos humanos, em que se diz que todos os seres humanos são livres. Ao se pensar em sua aplicação econômica no liberalismo, por exemplo, em que todos são livres para produzir e conquistar, por meio do próprio trabalho, suas riquezas e bens, a incompatibilidade entre a realidade e o pensamento se torna patente. Seguindo a crítica de Marx, a afirmação de que todos os seres humanos são livres teria um caráter ideológico na medida em que não houvesse também as mesmas possibilidades de autorrealização dos indivíduos. Isso pode nos auxiliar a compreender algumas das motivações de diretórios estudantis pelas universidades do Brasil, que lutam pelo fim dos vestibulares, pois a proposta do vestibular seria uma evidência desse caráter de discurso ideológico, porque, ao se pressupor que a todos é dada a mesma chance para ingressar na universidade, a partir da neutralidade da aplicação de uma única e mesma prova, oculta-se a desigualdade presente nesse processo, que é a desigualdade de oportunidades educacionais que os vestibulandos tiveram para poder estar mais ou menos bem preparados para as provas do vestibular. Ou seja, trata-se das discrepâncias quanto ao acesso à educação básica, pois, se se estabelece um processo seletivo para o ingresso à universidade, naturalmente aqueles que estão mais bem preparados terão maiores chances, e este melhor preparo não depende somente do nível do esforço pessoal (como pressupõe a doutrina liberal), mas também das oportunidades de acesso a um ensino de qualidade, que, na realidade de nosso país, em que o ensino público básico apresenta tantos graves problemas, tem a ver diretamente com discrepâncias de cunho social. Ou seja, as escolas particulares (em geral) têm qualidade de ensino superior à das escolas públicas, de modo que o vestibular acaba por proporcionar vantagens àqueles economicamente favorecidos, auxiliando a perpetuar a história da universidade como espaço elitizado e sem relações mais diretas com a sociedade.

Aluno "miolo mole" e professor "cabeça dura"

Não pode existir combinação pior do que a falta de juízo com a teimosia. As ideias travam e os resultados ruins aparecem. Nada relevante se divide, a oportunidade de crescer é subtraída e, infelizmente, multiplicam-se os problemas relacionados à ausência do saber. É perda para todo lado. O estudante não deslancha, o mestre não cumpre o seu papel e a sociedade sofre.

O primeiro disco

Reza a lenda que o primeiro sujeito a tocar jazz morreu isolado, internado em um hospício, com um sombrio diagnóstico de demência precoce. Buddy Bolden bebia muito. Em 1907, enquanto animava as noites de Storyville, bairro boêmio de Nova Orleans, teve um surto de psicose alcoólica que parece ter de algum modo lançado sua carreira ladeira abaixo na escalada rumo à demência e ao ostracismo.

A importância dos trabalhos em grupo na escola

Agora com uma filha pequena, minhas leituras adultas foram deixadas um pouco de lado, substituídas pelas historinhas, músicas e filmes infantis. E não é que muitos desses meios têm ótimas frases, que são verdadeiras joias de sabedoria? A peça Os Saltimbancos é um bom exemplo disso. Trata-se de um musical de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, inspirado no conto Os Músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm, com versão em português de Chico Buarque.