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Revista Educação Pública, um espaço de reflexão e interação de educadores
A Revista Educação Pública, antigo Portal da Educação Pública, faz parte da Extensão da Fundação Cecierj e é um espaço de reflexão e interação de profissionais de educação que visa proporcionar diálogo de e com educadores. Para tal tarefa, a Revista se vale de oficinas, fóruns de discussão, divulgação e produção de textos educativos, científicos e/ou literários. O objetivo é valorizar o professor, oferecendo ferramentas para o aprimoramento de sua atividade profissional.
Linguagem é construção
Ser professor. Mais que uma profissão, trata-se de um modo de estar no mundo. Como o próprio verbo do enunciado já nos diz, é ser. Ser. Entre as tantas coisas que se é, é-se um rio que conduz os alunos pelo caminho do conhecimento, tanto pelo científico como pelo senso comum. O conhecimento científico, existente desde a Grécia Antiga, tem seu ápice a partir da revolução galileana . O senso comum ou conhecimento espontâneo, por outro lado mas não necessariamente em oposição, é resultado das experiências cotidianas feitas pelos homens como enfrentamento dos problemas diários. Por mais que possa parecer, o processo de conhecimento espontâneo não é solitário, já que constatações são trocadas entre os contemporâneos; mais ainda, são passadas de geração para geração, sendo assimiladas ao longo do tempo.
Uma breve história dos livros ilustrados
Ehon é a palavra japonesa que significa livro de imagem. No inicio do século XVIII, eram impressos ehons artesanais que apresentavam imagens, porém frequentemente apresentavam também, em bela e elegante caligrafia, ensaios, poemas e outros textos escritos, como o Diário do príncipe Genji. Os ehons são universalmente atraentes por sua linguagem visual, que consegue tocar diretamente o coração e a mente. Até o final do século XIX, artistas e artesãos do ehon faziam todo o trabalho a mão; por isso eles tinham muito em comum com o que nós, ocidentais, chamamos de livro do artista, mas seus livros eram direcionados ao público em geral.
Livra Livros
Tudo começou quando Samur Araujo buscou um livro e não o encontrou, mesmo tendo consultado amigos, livrarias e mesmo sebos. O que ele fez? Criou um site para oferecer esse benefício a que ele não teve acesso: intermediar a troca de livros entre vários usuários cadastrados.
Só Platão explica...
Os gregos, sempre os gregos... Não é raro escutar por aí que tudo relacionado ao âmbito humano que se estuda hoje já foi há muito pensado pelos gregos. Atualmente o que ocorre são desdobramentos, releituras, interpretações do que eles disseram. Por outro lado, alguns citam a grande revolução feita pelo descobridor do inconsciente, Sigmund Freud. Mas, sem querer decepcionar os amantes da psicanálise, ao que parece alguns séculos antes de Cristo, ninguém menos que Platão já havia escrito sobre a divisão da mente em partes.
O bom brinquedo trabalhoso
(Maria Gabriela Llansol. O jogo da liberdade da alma, p. 80)
Há um Adamastor em Luis Maffei
Quem dirá? Futebol e Camões dividindo o mesmo texto. Luis Maffei já o disse em pelo menos três de seus poemas. O poeta cuja estreia se dá em 2005, com o livro intitulado A, versa imagens dissonantes e também dedicatórias, além de dialogar com as artes, seja com o cinema de Derek Jarman, a música de Piazzolla ou ainda a pintura de Francisco de Goya. Luis Maffei, autor do humanamente desenhado A, lançou em 2008 seu Telefunken.
LITURGIA E ESTRATÉGIA: ET PUR SE MUOVE
A reunião dos presidentes Obama e Lula, na hora da sesta de um sábado de inverno, na Av. Pensilvânia, 1600, em Washington, foi uma cerimônia litúrgica, com temas aleatórios, propostas inócuas e encenações simbólicas, como no caso das duas reuniões anteriores – com os primeiros-ministros Taro Aso, do Japão, e Gordon Brown, da Grã Bretanha –, ocasiões em que foram confirmadas as velhas alianças preferenciais ou imperiais dos Estados Unidos, na Ásia, Europa e América Latina.
História da Ciência no ensino fundamental e médio: de Galileu às células-tronco
Arleidimar Ramos dos Santos
Tão longe e tão perto
Quando Edward Lane e Gustav Flaubert visitaram o Egito no século XIX, foram tomados de um inquietante desconforto diante da percepção daquele exótico universo muçulmano. Para eles, o islã estava tomado pela “preponderância do sexo nas relações sociais” e padecia de uma licenciosidade sem freios. Naquele tempo, na metade do século retrasado, a Europa enxergava o mundo muçulmano como um lugar tomado pela violência e pela liberação sexual. Os europeus, mais recatados e reprimidos do que nos dias de hoje, possuídos por uma jovem e vigorosa moral burguesa que problematizava o sexo e o prazer, encontravam no islã o seu antípoda.