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O direito à educação
Apesar do leilão do campo de Libra, do pré-sal, com suas promessas de bilhões de barris de petróleo, o futuro que estamos construindo não se decide aí. Penso que dos resultados da radiografia do nosso ensino médio, por intermédio do Enem, dá para ver melhor o Brasil de amanhã. Afinal, mais de 5 milhões de adolescentes e jovens, nosso real futuro como sociedade, estão sendo avaliados sobre quanto aprenderam e quanto nós lhes garantimos hoje uma educação de qualidade.
A leitura e seus mistérios
A leitura tem muitos mistérios e encantamentos. Em um quarto, em uma sala de aula, em um banco de jardim, em qualquer lugar, ela permite o deslocamento para terras distantes, para épocas passadas ou futuras; possibilita a aquisição de informação e torna companheiros reais personagens inventadas; transmite sonhos, divulga a ciência, possibilita a criatividade; faz o homem mais homem, abrindo espaço, perspectivas, futuros. Quem ensina, quem aprende, o que lê e como lê são questões cruciais para qualquer proposta de Leitura.
Entre a sala de aula e a cibercultura: qual o lugar da EAD?
Michel Foucault, em Arqueologia do saber
Ibase
O site do Ibase está de cara nova. Para quem não sabe, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) é uma organização da sociedade civil fundada em 1981 por, entre outros, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e tem como objetivo maior a afirmação de uma cidadania ativa.
Cidadania no Brasil: conquistas na teoria e desafios na prática
De forma geral, parece que a população encontra certa dificuldade para chegar a um consenso sobre o conceito de cidadania. Teoricamente, o primeiro e mais difundido conceito é o que remete ao conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. Esse conceito, mais usual e difundido, está ligado à noção de direitos que permitem ao indivíduo participar ativamente da vida e do governo de seu povo, intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (indireto), seja ao concorrer a um cargo público (direto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de direito pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que, em um convívio social, os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade.
Só História
Muitas vezes uma trilha dificultosa pode fazer com que se desista de conhecer uma bela praia. É a famosa dificuldade inicial que nos impede de ter acesso a boas coisas. O mesmo pode acontecer, guardadas as devidas proporções, quando nos deparamos com um site para lá de interessante mas que nos obriga a fazer cadastro para ter acesso gratuito ao conteúdo exclusivo. Todavia, basta um pouquinho de boa vontade que as coisas já começam a clarear. O preenchimento dos dados é feito de forma bem rápida e são poucas as informações pedidas: nada de endereço, CPF ou telefone. Pronto, já temos acesso ao conteúdo do Só História.
Como educar na adversidade?
A criança vê no celular, no tablet, no Orkut, no Twitter, na TV, no jornal, que o político tal foi preso por cometer crimes os mais diversos, que o padre está sendo investigado, que o pastor está foragido, que o professor cometeu um ato abominável, que o pai ou a mãe estão na mira da polícia por isto ou por aquilo... E lá vai o resoluto professor para a sala de aula, cansado de guerra, com os ouvidos atulhados de promessas centenárias de melhoria de vida, de mais recursos para fazer sua grande obra, concorrer com todo tipo de informação do mal para ensinar que o mundo vai melhorar, que a vida é linda, que o Brasil tem jeito.
Professores comentam o Dia do Professor
Nestes tempos virtuais, em que a gente corre mais do que queria (e não teve chance de tomar um chope para comemorar a data), enviei um e-mail para alguns amigos professores parabenizando-os e pedindo que comentassem como se sentem sendo professores, de que gostam na profissão, o que desagrada etc. e tal. Acho que é sempre positivo compartilhar opiniões, tanto quanto as da Mariana Cruz e do Pablo Capistrano, publicadas na revista Educação Pública no próprio Dia do Professor. Em todos eles, independente do aspecto abordado (políticas educacionais, sala de aula, experiências) há um misto de satisfação e desesperança, alegria e desilusão, saudade e expectativa, realização e frustração.
P de Professor
Gilles Deleuze, em uma de suas últimas entrevistas para a TV, falou sobre sua vida como professor. Em um tom meio nostálgico, lembrou que começou a lecionar num tempo em que o professor de Filosofia era visto como “o louco da aldeia”. Um sujeito estranho, com ideias um pouco suspeitas, mas que deveria ser “tolerado” e deixado “meio à vontade” para exercitar suas excentricidades em sala de aula.
Dias melhores virão
Hoje é o Dia do Professor. E justamente pela série de reivindicações que tal categoria vem apresentando, sobretudo os docentes do Município e do Estado do Rio de Janeiro, talvez não seja o momento de escrever um texto em homenagem a esse profissional, como é de praxe nesta data.