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Olhar das Marcas
Lembro-me de uma atividade que vez ou outra era proposta na minha época de escola: consistia em criar uma máquina de fotografia com a embalagem de algum produto – que então chamávamos de sucata. Hoje provavelmente utiliza-se o termo “material reciclável”. Apesar da mudança dos termos, a ideia continua atual, mesmo com a profusão de câmeras digitais destes tempos. Minha frustração é nunca ter conseguido fazer minha máquina de sucata (não lembro se por falta de tempo ou de habilidade). Mas nem por isso deixa de ser uma divertida e interessante atividade para propor às crianças. E por que não aos adultos também?
Mudança de órbita
Algumas pessoas perceberam que, há algum tempo, nosso maior satélite natural, a Lua, havia parado de brilhar. Ela foi minguando, minguando e minguando, até que um dia – e não precisava ser astrólogo para observar – só podíamos avistar um intenso breu em seu lugar. Mas o que porventura estaria acontecendo com nosso querido satélite? O sumiço da Lua foi aos poucos se transformando em espanto internacional. Os astrólogos tentavam explicar, mas admitiam ser incapazes de afirmar o verdadeiro motivo de tal acontecimento.
De médico e louco todo mundo tem um... pouco?!
Se alguém anda meio esquecido ultimamente ou repetiu uma história para as mesmas pessoas em curto período de tempo, logo começam as piadinhas sobre a visita do primo alemão, mais conhecido como Herr Alzheimer. Se fulano lava toda hora as mãos, não usa roupa preta, só entra em casa com o pé direito ou tem nervoso de etiqueta para fora da blusa, está com TOC. Nem de mau humor pode-se mais ficar, sobretudo se for do sexo feminino: elas são prontamente acusadas de estar com TPM. Não que uma mulher com TPM não fique um tanto quanto nervosa e irritada nesses dias, mas, às vezes, ela está assim simplesmente porque está e nada tem a ver com o ciclo menstrual. Se a pessoa cortou doces e refrigerantes de sua dieta e deu uma bela emagrecida, está neurótica ou então anoréxica, mas se engordou de um dia para o outro, é problema na tireoide. Se um dia beltrano está meio tristonho e no outro está para lá de alegre, é bipolar, claro. Tem receio de sair à noite ou não entra no metrô abarrotado, está com síndrome do pânico. Existem também os casos em que a pessoa nem dá chance para o sintoma aparecer, como um conhecido meu que, já prevendo a dor de cabeça que terá, pois sempre quando fica muito tempo diante do computador isso acontece, ele nem hesita, já toma sua aspirina preventivamente, às vezes até duas. E o que dizer daquele cidadão que, apesar de ter dinheiro, não se segura e, vez ou outra, faz visitinhas às bolsas alheias atrás de um qualquer? Cleptomaníaco! Ladrão não pode ser, pois não precisa roubar, já que tem posses. Mas isso lá é justificativa para alguém não roubar? Se assim for, o que dizer de políticos e empresários milionários que ficam se apropriando das coisas dos outros? São todos cleptomaníacos? Não, meu caro, são apenas ladrões.
Desvendando a deficiência intelectual
Quem nunca ouviu, nunca disse ou pelo menos nunca pensou algo como: “as pessoas com deficiência intelectual são doentes; elas são muito dependentes e só têm ‘condições mentais’ de trabalhar em instituições especializadas”; “elas são como crianças e vivem num extremo: ou são agressivas ou são muito ‘grudentas’”? Isso já deve ter lhe ocorrido, ou não?
A Atitude Crítica e A Atitude Filosófica
Thomas Fuller
As teorias do cinema e o contexto escolar
Quando se introduziu, na história do cinema, a expressão “linguagem cinematográfica”, tratou-se de postular a existência do cinema como meio de expressão artística, com o propósito de provar que o cinema era uma arte; logo, que deveria ser dotado de uma linguagem específica, que fosse, por exemplo, diferente da literatura e do teatro.
Diversão e arte – entretenimento como vocação e negócio
Os jornais noticiaram que Maria Bethânia estaria lançando mão da Lei Federal de Incentivo à Cultura (conhecida como Lei Rouanet) para montar um blog em que declamaria poemas em vídeos filmados por Andrucha Waddingnton. A notícia gerou discussão entre a dita classe intelectual: acadêmicos, jornalistas e artistas parecem ter tomado para si o direito de julgar se esse ato era certo ou errado, baseados em argumentos como: “Bethânia não precisa de incentivo fiscal, pois já tem nome e consegue dinheiro facilmente”; “Bethania é uma artista como qualquer outra e pode usar o incentivo”; “um milhão de reais é muito dinheiro para montar um blog”; “o blog vai ser caro porque vai ser de qualidade”; “o dinheiro é do povo, porque é renúncia fiscal”; “o dinheiro é do povo, mas é usado para o povo, através da cultura”.
Tecnologias: inovando para transformar o ensino de Matemática
Sônia Cristina da Cruz Mendes
O ser humano: da concepção criacionista à holostêmica
O ser humano, como entidade biológica, cultural e histórica, conseguiu sobreviver como espécie e evoluiu ao longo de milhares de anos em virtude de sua capacidade de modificar o ambiente em razão de suas necessidades devido a um conjunto fisiológico-anatômico que também evoluiu concomitantemente: o telencéfalo, a postura bípede e o polegar opositor (Capra, 2006; Córdula, 1999a).
A educação no campo da(s) violência(s)
O episódio acontecido na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando 12 estudantes foram assassinados, reacendeu a discussão acerca da violência nas escolas. Autoridades, diretores, professores e pais estão meio atordoados ou em luto pelo fato de um homem poder entrar e atirar a esmo dentro de salas de aula. O problema é sério e ninguém há de duvidar disso. Até porque, como a mídia anda atenta, aqui e acolá temos notícias de facas e outras armas rondando escolas. Todavia, é necessário pontuar algumas questões.