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Sujeitos Ocultos
E não esquecer que a estrutura do átomo não é vista, mas sabe-se dela. Sei de muita coisa que não vi. E vós também. Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando", escreveu Clarice Lispector. Começar um escrito tomando as palavras de alguém, para início de conversa, é quase um roubo declarado, mas aqui faz todo o sentido resgatar a frase da Clarice e, ainda, resgatar sua pessoa: O que escreveria/sentiria Clarice num Rio de Janeiro, em janeiro de 2007?
Sobre a violência da mídia
Entre tentativas de golpes, vírus, correntes, e muitas besteiras, a internet ainda se apresenta como uma daquelas saídas quase improváveis em meio ao vazio e à imbecilidade que a mídia insiste em perpetuar. O que a torna sedutora talvez seja essa ainda liberdade juvenil dos recém-chegados ao mundo dos adultos. Para o bem e para o mal, leis e mecanismos de controle ainda são uma novidade nesse território e por isso mesmo surgem brechas, ilhas, que desafiam a lógica contemporânea do não pensar.
Amores Virtuais
Felice querida, o que dizes de uma vida conjugal na qual o marido, pelo menos alguns meses por ano, sai do escritório às duas e meia ou às três horas, almoça, deita, dorme até as seis ou sete horas, engole rapidamente alguma coisa, vai caminhar por uma hora, depois começa a escrever e continua até uma ou duas da manhã?
Amazônia: Brasil precisa investir mais em pesquisa
O desenvolvimento de novas formas de produção, que respeitem o meio ambiente e passem a zelar pelo patrimônio natural sem deixar de atender às demandas do mercado, foi defendido pela professora Bertha Becker em sua palestra durante o I Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, realizado no Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de março.
Mulheres fundamentais para a construção do Brasil
Em 13 de maio de 1888, os alunos maranhenses cantaram o Hino de libertação dos escravos, composto por Maria Firmina dos Reis.
Tipologias brasileiras: o pelintra
Uma das interpretações memoráveis de João Caetano ocorreu no ano de 1846, no teatro São Pedro de Alcântara. O papel: D. Cézar Bazin, protagonista da peça homônima de Dennery.( PRADO, 1972, 92-94) O ator brasileiro, reconhecido por suas atuações vigorosas e expressivas, deu corpo ao personagem título destacando o patético, exagerando nos trejeitos e ornamentos que poderiam ser lidos como a representação de uma nobreza cada vez mais anacrônica, lutando para se manter atuante em meio às atordoantes transformações sociais de seu tempo. Com o sombrero espetado por uma enorme pena branca, na tradição romântica dos panache, Cézar Bazin, nobre bêbado, endividado, mal vestido, realizava inúmeras peripécias diante de um público atento e ruidoso: protegia os fracos e oprimidos, salvava virgens ameaçadas, expressando em gestos caricaturais sua bravura cômica. Não deve ter sido difícil para os espectadores identificarem aí um tipo muito comum aos transeuntes cariocas, como atestam alguns escritos do período.
Era uma vez... Espaço
Era uma vez um menino muito grande e bonito chamado Espaço.
JORGE DE SENA
Este encontro é com Jorge de Sena, cidadão do mundo e um dos poetas e críticos mais importantes da Língua Portuguesa, da qual diz: "Eu sou, eu mesmo, a minha Pátria. A pátria de que escrevo é a língua em que por acaso de gerações nasci".
MPB Cifrantiga
Acostumado a procurar letras de músicas na rede, acabei encontrando um lugar diferente. Normalmente, os sites e blogs limitam-se a dar as letras e, menos comum, essas vêm acompanhadas das cifras. Raríssimos, como o MPB Cifrantiga, oferecem as duas juntas e, de quebra, a história de algumas dessas composições.
Desigualdade, injustiça ambiental e racismo
Em seu artigo "Desigualdade, injustiça ambiental e racismo: uma luta que transcende a cor", Tania Pacheco nos apresenta o conceito de Racismo Ambiental e discute a importância de se posicionar contra quaisquer formas de desigualdades, respeitando a diversidade cultural e construindo a possibilidade de uma cidadania plena entre nós. Para Tania, índios, nordestinos, pescadores, populações ribeirinhas, entre outros, mesmo não sendo alvos de rótulos claramente racistas, são igualmente vítimas de preconceito.