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Sexualidade, educação e telenovela
Há muito, a relação entre os brasileiros e a telenovela tem sido explorada por seus autores e produtores para introduzir novos temas ou propiciar a discussão de outros não tão novos, como a homossexualidade. Há muito, também, a relação da sociedade com o folhetim eletrônico tem sido objeto de pesquisas nas universidades.
A gravidez na adolescência e a escola
Nem sempre os opostos se excluem. Não, não estamos falando da filosofia de Heráclito nem da dialética de Hegel, mas o fato é que quando pensamos na palavra “mãe” ou “pai”, o que naturalmente se contrapõe é o vocábulo “filho”. São funções opostas, apesar de não serem excludentes, já que uma pessoa pode ser “pai” ou “mãe” e “filho” ao mesmo tempo. Mas, convenhamos, um adulto cujos pais são vivos, ao ter um filho, passa a ser menos filho do que antes, pois seu papel principal agora passa a ser o de pai.
Qual a cor de Machado?
Identificado com o liberalismo democrático dos anos de 1860-1880, com profunda aversão ao positivismo e ao evolucionismo; este seria o perfil ideológico do Bruxo do Cosme Velho, revelado na palestra O Nó Ideológico de Machado de Assis, apresentada pelo professor Alfredo Bosi (USP). A palestra encerrou o I Encontro Machado de Assis/Fundação Casa de Rui Barbosa, onde foi realizada, no dia 9 de agosto.
Do século do não ao da esperança!
A cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, possuía durante o segundo reinado a condição de centro político do País. Apresentava-se em sua parte urbana qual um retângulo, com ruas que se entrecruzavam. Havia um grande número de habitantes, porém poucas casas. A cidade desenhava-se por um contorno que começava na região do Arsenal do Exército, junto à Ponte do Calabouço, ao longo da costa marítima, passando a noroeste por São Bento e na praia para o Valongo. Ao norte, seguia pelo Campo de Santana e ia em direção ao Caminho do Mata-Cavalos.
Primeiras experiências
O primeiro curso que me chamou era assustador! Era muito mais sofisticado, em termos de ambiente, do que o curso em que estudei. Tinha uma videoteca, com filmes originais sem legenda! Tinha assinaturas de revistas americanas de todos os tipos! Eu nunca tinha visto coisas assim antes. Tinha a mesma sensação de parque de diversão. Gostava tanto do ambiente, de estar começando a trabalhar, da sofisticação na decoração e da existência de coffee breaks (foi meu primeiro contato com eles!) que às vezes tinha de me policiar e lembrar que, na verdade, esse era apenas um emprego temporário. Gostar seria como dormir com o inimigo imperialista. As aulas eram para executivos, em sua maioria aulas particulares. Algumas aconteciam nas próprias empresas e outras na sede do curso. Trabalhava-se com coleções de livros feitos para o chamado International English, publicados por editoras de universidades estrangeiras e vendidos no mundo inteiro.
Corpo e mente: passado versus presente
O intelecto humano não é luz pura, pois recebe influência da vontade e dos afetos, donde se poder gerar a ciência que se quer. Pois o homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação; a sobriedade, porque sofreria a esperança; os princípios supremos da natureza, em favor da superstição; a luz da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; paradoxos, por respeito à opinião do vulgo. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto.
Museu Mazzaropi
Autor e ator da maioria de seus filmes, Amácio Mazzaropi produzia um cinema popular com a cara do país. A exemplo de seus contemporâneos da Atlântida, seus filmes eram voltados para o grande público, mas nem por isso deixavam de tocar em temas importantes como a questão da terra – como ocorreu em Jeca Tatu.
A época em que tudo são flores
Acho legal ter flores em casa. Tanto assim que meses atrás comprei uma jardineira com icsórias para enfeitar a janela do meu quarto. Mas como apreciar não significa cuidar, as pobrezinhas só duraram o ínfimo tempo de uma quinzena. Tenho que confessar minha culpa: supus que o clima dos trópicos cuidaria de meu jardinzinho melhor do que eu, então transferi à mãe-natureza a incumbência de regá-lo quando bem achasse. Ela, porém, parece não ter se empolgado muito com a nova atribuição, decretou um recesso pluvial e acabou com minhas flores de uma hora para outra.
Em matéria de educação, precisamos voltar a 1870
Discutir o problema da educação no Brasil sem ouvir Anísio Teixeira é o mesmo que fazer pesquisas sobre nossa música ignorando Villa-Lobos. Ambos conseguiram o milagre de se transformar em símbolos sem jamais haver sido medalhões e continuar progredindo mesmo depois de atingir o “clímax”. Não há linha descendente para o homem que adaptou os nossos velhos métodos de ensino ao mais moderno sistema pedagógico que orienta o mundo. No Distrito Federal e na Bahia, tudo que há de novo, bom e inteligente se deve à administração Anísio Teixeira. É um desses baianos que faz a gente acreditar que o Brasil não foi descoberto em Salvador por acaso e sim por uma determinação do destino, para que se soubesse que lá estavam as nascentes da nossa personalidade nacional. O fato de haver sido chamado pelo Sr. Simões Filho, outro professor baiano, para fazer um levantamento de todo o ensino no Brasil e apresentar sugestões para suas novas diretrizes basta para credenciar as boas intenções do novo ministro da Educação, pois o professor Anísio Teixeira pertence à estirpe daqueles cuja presença dignifica os cargos públicos. Nosso entrevistado sabe que a função de um verdadeiro mestre é esclarecer, por isso não se nega jamais a receber quem o procura e muito menos a conversar com os repórteres. Esta é, pois, a primeira de uma série de três entrevistas, que sairão em sequência, pois os assuntos, ainda em estudos ou reestudos, só serão ventilados no momento oportuno.
A abordagem do efeito estufa nos livros de ciência: uma análise crítica
Os livros didáticos têm sido, ao longo de nossa tradição cultural, um poderoso instrumento de seleção e organização de conteúdos e métodos de ensino. No ensino de Ciências, os livros didáticos constituem um recurso de fundamental importância, já que representam, em muitos casos, o único material de apoio didático disponível para alunos e professores.