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Ensinando e aprendendo com ioga

O início das aulas é, para professores, como o início do ano para outras pessoas. Geralmente, é um período em que são feitas inúmeras promessas a serem seguidas durante o ano letivo: ter obstinação para iniciar aquela tão sonhada pós-graduação, ter concentração para estudar mais, não se estressar tanto em sala de aula, manter o equilíbrio diante de situações desagradáveis com e entre os alunos, optar pela compreensão e serenidade em vez da autoridade - enfim, são muitas as promessas feitas pelos mestres, ainda relaxados depois das férias de verão.

A educação inclusiva e a universidade brasileira

In: Espaço, nº 18/19 (dezembro/2002 - julho/2003)

A pedagogia do absurdo

Anos atrás dei aulas de matemática numa escola pública de Prudentópolis/PR. Demorou pouco até perceber que os alunos estavam precisando menos de matemática que de conversa. Bastava tentar descrever a resolução de um exercício algébrico, com exemplos da vida real, e eles começavam a narrar os fatos, corriqueiros a princípios, citando situações comuns, e depois seguindo por caminhos mais tortuosos, onde moravam suas dúvidas mais urgentes, onde a teoria dava espaço aos soluços, ao riso, às decepções, às verdadeiras descobertas, que a disciplina escolar escondia sob um véu negro. Não era nos números que eles estavam pensando. A disciplina que praticavam fora da aula tinha outros métodos, juntava crendices de toda espécie, conceitos que se perpetuavam em tentativas frustradas de resolver problemas que sempre se mostravam insolúveis. A escola deveria apresentar as soluções, mas não sabia absolutamente nada sobre a vivência dos garotos.

E agora, professor? Heterogeneidade em sala de aula

Uma questão muito presente no universo de desafios enfrentados pelos professores em seu dia-a-dia nas salas de aula é a que diz respeito às turmas em que a faixa etária dos alunos é muito variada. Se, por um lado, toda sorte de diversidade deve ser vista pelo professor como fonte de enriquecimento da ação pedagógica, também é verdade que se precisa lançar mão de estratégias especiais para envolver a todos, para evitar que linguagem, metodologia e conteúdo se tornem inatingíveis para os mais jovens ou desinteressantes para os mais velhos. Ou vice-versa.

O lugar da escola na pedagogia do MST

Quase ao mesmo tempo em que começaram a lutar pela terra, os sem-terra do MST também começaram a lutar por escolas e, sobretudo, para cultivar em si mesmos o valor do estudo e do próprio direito de lutar pelo seu acesso a ele. No começo não havia muita relação de uma luta com a outra, mas aos poucos a luta pelo direito à escola passou a fazer parte da organização social de massas de luta pela Reforma Agrária, em que se transformou o Movimento dos Sem Terra.

Furto em sala de aula

Cada vez mais os educadores propagam a necessária aproximação entre a escola e a "vida lá fora". O desafio é diminuir a distância entre o que se ensina na sala de aula e a realidade cotidiana, com suas riquezas e contradições. Às vezes, porém, alguns aspectos radicais da realidade invadem a sala de aula sem pedir licença, forçando os educadores a enfrentar problemas cujas soluções não estão nos livros didáticos. O roubo na sala de aula é um deles. Dinheiro e objetos pessoais de alunos, professores e funcionários desaparecem de mochilas, bolsas, armários... O que fazer, então? De quem suspeitar? Como encaminhar uma questão tão delicada sem ferir os princípios éticos que uma instituição educacional deve ser a primeira a preservar?

O que vou ser quando crescer?

Um pouco como a universitária da música da Blitz, alguns adolescentes se veem perdidos quando chega o terceiro ano do ensino médio. As influências da família, da mídia e dos amigos somam-se às mudanças e incertezas no mercado de trabalho. A pouca maturidade, a falta de informação e a ausência de planejamento de longo prazo fazem que a busca da resposta para a pergunta presente no título seja fonte de grande ansiedade para alguns adolescentes e suas famílias.

Aprendendo com Festas Juninas

Junho é um mês próprio para festas. É neste período que acontecem as festas religiosas chamadas juninas. Estas festas têm por si só um caráter ingênuo, que remete ao lúdico e ao engajamento de toda a comunidade escolar na sua realização. Assim, as festas, têm ajudado os professores ao longo de muitos anos a praticarem com os alunos tarefas extracurriculares. É a chamada interação, que fora da sala de aula, causa motivação e união entre alunos, pais, administração e mestres.

Produção de saberes na escola: suspeitas e apostas

Escrito para o XI Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino (Endipe), realizado em Goiânia/GO, em 2002, o texto Produção de saberes na escola: suspeitas e apostas, do professor José Carlos Libâneo, da Universidade Católica de Goiás (UCG), faz um diagnóstico da pesquisa e das práticas pedagógicas.

O que o professor deve fazer para se prevenir de doenças causadas pelo exercício da profissão?

O professor que tem dedicação exclusiva e dá aulas de manhã à noite para sobreviver passa por uma dezena de barreiras para conseguir chegar ao final do dia. Dorme pouco, tem as pernas inchadas por ficar muito tempo em pé, os olhos secos de tanto ler - lógico, já usando óculos -, dor nas costas por escrever no quadro-negro sempre mais alto que ele, voz rouca por pedir para os meninos ficarem quietos e prestarem atenção à aula e por apenas dar as aulas, nariz fungando causado pelo pó do giz. Dorme pouco e no dia seguinte... tudo de novo!