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Educação Ambiental: tipologias, concepções e práxis
A Educação Ambiental (EA) visa proporcionar a transformação de valores, atitudes e conhecimentos acerca de práticas cotidianas do ser humano que causam impactos ou desequilíbrios ambientais (SATO; PASSOS, 2003), afetando diretamente a manutenção de um meio ambiente saudável e equilibrado (BRASIL, 1988). Portanto, há necessidade de atuar na sensibilização do ser humano, levando-o a perceber as interações entre os aspectos físico-ambientais, socioculturais e político-econômicos que compõem a sua relação com o ambiente que o rodeia (CANDIANI et al., 2004). Segundo Galvão (2007), a EA teve início no Brasil em 1971 no Rio Grande do Sul, pelos movimentos ambientalistas; a partir de conferências e encontros internacionais e nacionais, foi sendo desenvolvida na forma de projetos e pesquisas nas esferas governamentais (OGVs) e no contínuo surgimento de entidades ambientalistas da sociedade civil organizada (ONGs). Para Dias (2004), as diretrizes ambientais tiveram grande impulso com a criação da Política Nacional do Meio Ambiente em 1981 (Lei nº 6.938/81), a elaboração do Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA) em 1991, além da criação do Ministério do Meio Ambiente em 1992 e com a elaboração da Agenda 21 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no mesmo ano. Em 1994 houve a criação do Pronea – Programa Nacional de Educação Ambiental e em 1999, a elaboração e sanção da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99).
Programa de Coleta Seletiva Solidária do Estado do Rio
Desenvolvido a partir de uma lei federal de 2006 e outra estadual de 2007, o Programa de Coleta Seletiva Solidária nasceu em 2009 e tem como objetivo incentivar e orientar a coleta de recicláveis descartados, de modo que sejam separados na origem, a fim de destiná-los a associações e cooperativas de catadores.
Concepção de infância: o que mudou?
O objeto de reflexão deste artigo são as modificações ocorridas na concepção de infância. Fazemos aqui um apanhado das principais concepções teóricas do que vem a ser infância, recorrendo para isso aos pressupostos teóricos trazidos por Dahlberg et al. (2003) e Kramer (2003). Objetivamos, desse modo, contrapor duas posturas antagônicas de conceituações sobre a infância. Uma, tradicionalista, concebia a criança como um ser homogêneo e passivo, que simplesmente reproduzia práticas presentes na sua realidade circundante. Outra, contemporânea, concebe a criança como um sujeito heterogêneo e ativo/atuante, ou melhor, como um ator e construtor social, como postulam os autores citados.
Educação: um caso a se pensar, em uma cidade do interior de Minas
Em recente pesquisa feita com apoio da Fapemig e da Faculdade ASA e efetuada na cidade de Brumadinho (MG) em uma escola estadual, foram de capital importância alguns achados acerca das experiências no trabalho e nas violências vivenciadas pelos docentes. Mas antes de descrever alguns aspectos é necessário dizer que não é por ser uma cidade de interior de pequeno porte, ou talvez esquecida pelos desavisados e críticos de plantão, que ela não seja um bom objeto passível de pesquisa e contribuição ao campo acadêmico. Pelo contrário.
Lembranças de viagem
Estive no Chile há pouco tempo. E, como é inevitável, fiz observações que me levaram a compará-lo com a situação atual do Brasil em vários aspectos, do comportamental ao econômico, do ambiental ao educacional.
A criatividade dos preguiçosos
A preguiça, talvez o mais light dos sete pecados capitais, não parece ser um estado de todo ruim. Ironicamente, muitos trabalhos são feitos com vista a ampliar os momentos de repouso, sedentarismo e inatividade do ser humano. Não precisa ser um bom observador para perceber que parte considerável das invenções do mundo tem como objetivo diminuir nosso esforço físico e mental. Muitas dessas criações já estão tão entranhadas em nosso cotidiano que parecem que sempre estiveram em nossas vidas.
Em defesa das cotas
Desde a sua adoção, no início dos anos 2000, a lei estadual das cotas para negros e pardos e estudantes das redes públicas de ensino no Rio de Janeiro vem gerando polêmica. Os que se colocam contra elas acusam tal sistema de institucionalizar o racismo, ao distinguir etnias por leis; outros consideram tal medida “assistencialista”. Há ainda os que afirmam que a falha está no critério de autodeclaração, uma vez que tal ação pode abrir precedentes para que as pessoas ajam de má-fé, ao afirmar ser negras ou pardas sem o ser. O mesmo pode dar-se em relação às cotas baseadas em critérios econômicos, como ocorreu recentemente quando um estudante fraudou o sistema de cotas sociais para entrar no vestibular de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Meio Ambiente: basta de ceder!
Instituído pela ONU em 1972, na Conferência de Estocolmo, o dia 5 de junho é celebrado no mundo todo como Dia do Meio Ambiente. Será que temos algo a comemorar? Nestes 42 anos, a destruição ambiental no mundo só aumentou, apesar dos crescentes alertas. Só estamos ganhando em estudos, cada vez mais qualificados, e se difunde certa consciência dos riscos que significa estarmos ultrapassando vários limites dos sistemas ecológicos interdependentes que regulam a integridade do planeta Terra e da vida nele. Ao menos se instaura, mesmo devagar, a concepção de que é impossível pensar o econômico e social sem o ambiental e vice-versa: o ambiental sem sociedades e economias. Estamos diante da emergência, no seio da cidadania, de um mundo de consciência socioambiental e lutas sociais por justiça socioambiental com grande potencial diante do sistema predador que temos.
As cantigas medievais, com os recursos de hoje em dia
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa acaba de lançar o portal Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. É uma base de dados que apresenta as cantigas que estão presentes nos cancioneiros galego-portugueses, as imagens dos manuscritos e a música – tanto a medieval quanto as versões ou composições originais contemporâneas que tomam como ponto de partida os textos das dessas cantigas.
O ser ótico: a falta de ampliação da percepção nos leva ao cárcere da cognição
O ser humano é um ser visual. Essa afirmação se baseia no que Santaella (2012) diz, no início de sua obra, e que confirma a conhecida frase popular "quem vê cara, não vê coração". Somos propelidos a pensar, criar pressupostos, julgar e gerar hipóteses a partir do contato visual com o mundo, seus fenômenos e acontecimentos.