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A oralidade no universo escolar: o gênero seminário em foco
Consoante Nascimento et al (2010), a oralidade consiste em uma ferramenta linguística de sustancial importância tanto no âmbito escolar quanto nas práticas corriqueiras do dia a dia. Em face disso, o trabalho com essa competência linguística é essencial para a escolarização do Português. Contudo, a abordagem desse conteúdo requer uma gama de estratégias de sistematização, conscientização e reflexão (NASCIMENTO et al, 2010). Em outras palavras: o trabalho com a oralidade é algo que exige preparação sistemática atrelada aos propósitos que o docente visa a atingir face a seus alunos. Mas nem sempre tal postura se fez presente na prática pedagógica do ensino de Língua Portuguesa.
Um rei muito bom
Conta-se que um fanático rei mandou construir uma cama de ouro muitíssimo valiosa, adornada com milhares de diamantes e mandou que a colocassem no quarto de hóspedes do palácio. Sempre que havia convidados, o rei elogiava a cama e dizia do prazer que sentia por receber pessoas tão ilustres. Porém existia uma condição: o convidado teria que se encaixar na cama que fora fabricada sob medida. Se fosse gordo, o hóspede deveria ser cortado para caber na cama, com a desculpa do preço e do valor da cama.
Territórios e biocivilização
Minha reflexão sobre territórios se inscreve num marco de buscas e de construção de alternativas a partir de uma organização de cidadania ativa, o Ibase, cuja agenda é determinada pela prática de identificar situações, relações e processos que geram injustiças, exclusões, desigualdades sociais e destruições ambientais negadoras de cidadania, visando transformá-las em questões para o debate público e a radicalização da democracia. Trata-se de realizar estudos, pesquisas e reflexões voltados à ação político-cultural que gerem argumentos mobilizadores, que contribuam para a expressão das diversas identidades de sujeitos na comum igualdade do direito a ter direitos, que fortaleçam o tecido organizativo no interior da sociedade civil e que potencializem a participação e a incidência cidadã sobre o poder político e a economia. Enfim, coerente com o seu envolvimento no Fórum Social Mundial, as buscas do Ibase são engajadas para que “outro mundo seja possível”.
Democracia? Sim, já ouvi falar.
Cansei de repetir para meus alunos, durante os sete anos que lecionei no curso de Direito da FARN (hoje UNI-RN) o velho brocado romano que dizia: “nem tudo que é legal é honesto”.
No começo de tudo: o Nada ou o Ente?
Estudado por diversos filósofos ao longo do tempo, o Principio da Razão Suficiente é aquele segundo o qual sempre haverá um motivo ou uma razão para que algo ocorra de determinado modo e não de outro. Todas as coisas que existem devem ter necessariamente uma causa que as tenham feito existir. Não podem ter surgido do nada. No interior de cada substância estão contidos todos os seus modos, tudo que lhe ocorrerá, pois “tudo quanto alguma vez pode acontecer-nos são apenas consequências de nosso ser. E como esses fenômenos conservam certa ordem conforme a nossa natureza ou, por assim dizer, ao mundo existente em nós, o que nos permite, (...) muitas vezes, sem enganos julgar o futuro pelo passado” (LEIBNIZ, 2004, p. 30). Assim, podemos trilhar um caminho ascendente até chegar àquilo que deu inicio a tudo.
Jornal da Ciência
Além de ter sido um dos baluartes na luta pela democracia brasileira nos duros tempos da ditadura de 1964, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência tornou-se uma instituição de defesa, valorização e respeito à ciência produzida no País.
Reformar para mudar o atual paradigma educacional
Segundo Moraes (2010), a educação contemporânea precisa ser repensada numa ótica que atenda às necessidades da sociedade emergente, com vista a desenvolver no educador uma visão sistêmica para que consiga formar um cidadão com competências necessárias ao pleno desenvolvimento social, cultural e científico da humanidade. Da mesma forma, Vasconcelos (2010) transcorre sobre a formação sistêmica do ser humano, para que o mesmo quebre o paradigma cartesiano da ciência, que dicotomiza e fragmenta os saberes para entendimento de suas partes. No entanto, Morin (2010) afirma que, com uma percepção que una os saberes através de suas partes para o entendimento do todo, conseguiremos encontrar uma concepção sistêmica que permita ao ser humano entender a si mesmo, seu papel neste planeta e a mudar sua ótica social e educacional para permitir que a sociedade consiga alcançar patamares superiores de desenvolvimento.
Os jornaleiros vendem alguns tesouros
Uma das coisas mais atraentes numa banca de jornal é a variedade de revistas. Pelas cores das capas, pelos variados títulos, pelas diferentes programações visuais. É uma diversidade que não se encontra, por exemplo, numa farmácia, numa loja de peças ou mesmo entre os jornais. Talvez num supermercado.
A gestão das informações sobre jovens: relato de experiência em Pernambuco
Uma das maiores frustrações para um pesquisador das Ciências Sociais é não poder usufruir das condições de um laboratório para observar seus objetos de estudo sem que isso prejudique a validade de suas conclusões. Há, contudo, algumas poucas situações nas quais o pesquisador se vê diante de uma espécie de laboratório social e tem a oportunidade de observar bem de perto, calma e sistematicamente, o comportamento espontâneo de todos os elementos que compõem o fenômeno de seu interesse.
A seleção natural das escolas de ponta e a sopa de pedras
Tenho um amigo advogado que é também formado em Matemática, mestre em História e campeão de xadrez, entre outras coisas. Enfim, trata-se de um indivíduo dotado de certa desenvoltura intelectual em algumas áreas. Ele tem uma filha de dez anos que estuda em uma escola particular do Rio de Janeiro, daquelas consideradas de ponta – o que atualmente significa estar entre as primeiras colocadas no Enem. A menina é boa em todas as matérias, exceto uma. Acertou quem pensou Matemática. O pai, embora não more na mesma cidade que sua pequena, vem frequentemente visitá-la e sempre que pode dá uma ajuda nos exercícios. Nos últimos tempos, notou que ela não tinha dificuldade em entender a matéria nem em fazer contas. Foi quando resolver pegar as provas e os exercícios passados pelo professor. O que pôde constatar daí é que o problema dela está em interpretar o enunciado, não só pela extensão como pela sua complexidade; dificuldade essa que ele não atribui não à falta de competência da filha (ele não faz o tipo de pai que “passa a mão na cabeça”; ao contrário, é bem realista). Ele constatou então que o rendimento da menina caía na proporção em que os enunciados iam se tornando mais complicados. Quando deu por si, não estava mais ensinando Matemática à garota e sim interpretação de texto.