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A Mãe Terra
De 20 a 22 de junho deste ano, no Rio, será realizada a Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, vinte anos após a ECO-92. Sou dos céticos em relação à vontade e à capacidade de nossos governantes – atolados em crises e compromissos com os grandes conglomerados econômico-financeiros que dominam a economia globalizada – chegarem a acordos à altura dos desafios que a humanidade tem pela frente. Cabe à cidadania fazer a sua parte, do local ao mundial. É uma necessidade inadiável indignar-se e agir contra um modo de produzir e consumir que serve para poucos e, ao mesmo tempo, destrói as bases da vida. Com esta crônica, no contexto que antecede a Conferência da ONU, inicio uma série de pequenas reflexões sobre a necessária revisão dos fundamentos em torno dos quais nos organizamos como sociedades humanas.
Da luneta de Galileu aos telescópios espaciais: o homem e sua visão do universo
Não importa se foi mesmo Galileu o criador da luneta; na verdade, os historiadores garantem que não foi ele, admitindo apenas que ele aperfeiçoou um aparelho criado pelos holandeses.
Esqueci a senha!
Noutro dia, como de costume, fui pagar algumas contas pela internet e esse simples ato me fez pensar em algo contraditório: o que nos é oferecido para facilitar nosso cotidiano também pode causar certo aborrecimento e, às vezes, maior desgaste do que ficar na fila do banco. Para isso acontecer, basta que você esqueça uma daquelas tantas senhas exigidas para que tenha maior segurança ao utilizar os serviços via web.
Possibilidades de trabalho com a diversidade em sala de aula
As melhores ferramentas para prevenir o insucesso escolar e os melhores indicadores das boas práticas de ensino são o respeito e a valorização da diversidade. Uma escola não pode ser abrangente e inclusiva e, portanto, ser capaz de responder à diferença e à individualidade se toda a comunidade escolar não concorda com esses valores. A diversidade é um princípio fundamental, e não um incidente isolado a ser tratado de forma isolada e residual. A diversidade é um fato da vida. Uma escola sem diversidade seria uma instituição asséptica, artificial, desprovida da identidade que se dá pelo reconhecimento da diferença, a marca registrada de cada uma das pessoas que a compõem. E essas marcas são tão diversas quanto somos pessoas diferentes. Sem diversidade, sem reconhecimento e tratamento subsequente, a escola é órfã de um dos valores fundamentais na educação e formação das pessoas: a tolerância.
Ensinar e aprender a conviver
Houve um tempo em que dar aula significava fazer o aluno engolir a matéria, não importava como. O método de passagem de informação era, basicamente, impor ao estudante que compreendesse o que o professor ensinava. A relação aluno-professor se dava apenas pelo resultado – se o aluno aprendesse ou gravasse aquela informação, o problema estava resolvido. Alguns teóricos notaram que, em uma sala de aula, o professor tinha um poder infinitamente maior do que o aluno de impor sua visão de mundo. Assim, o abuso desse poder era comum. Desde um abuso bárbaro, como o uso de instrumentos de punição física e ameaças psicológicas, até a instalação em sala de uma conduta arbitrária de decisões e interpretações. Assim, um aluno de escola pública morador de um bairro urbano de classe média do Rio de Janeiro poderia ouvir de sua professora que os Estados Unidos funcionavam bem porque lá os bairros eram divididos de acordo com a cor e a raça de seus habitantes, o que levava ao respeito mútuo.
Nova geração
Meu domicílio é uma concha
Encontro marcado
1) Criolo é paulista, trinta e tantos anos, de nome verdadeiro Kleber, rapper, compositor, educador, cantor. Autor de uma das músicas mais bonitas de 2011, a tocante Não existe amor em SP. Ainda como apresentação do nosso personagem, um trecho da canção:
Aula pelo Twitter? Como navega a Educação na web?
Quando o Twitter foi idealizado, ninguém poderia garantir que, em plena liberdade de expressão vivida pelos internautas, uma ferramenta que limita as mensagens em até 140 caracteres se tornaria uma febre entre seus usuários. Muito menos ninguém imaginaria que hoje esse mesmo serviço de mensagens curtas pudesse ser também uma ferramenta da Educação.
Trabalho docente como interação com o outro
Por vezes, as greves dos professores se arrastam por meses; isso não deixa de apontar algumas características próprias da profissão docente. Em tela destaco três questões que me parecem importantes, afinal estamos lidando com uma profissão de difícil manejo e conceituação. Em primeiro, destaco a questão da ação interativa do professor; em segundo, a relação com o outro; e, por último, as relações entre os próprios professores.
Mudanças didáticas e pedagógicas na construção social do conhecimento: a autonomia do aluno no novo milênio
Durante muito tempo, a prática docente foi guiada por uma concepção de ensino puramente tradicional. Com isso, o processo de ensino e de aprendizagem ocorria em função de uma grande quantidade de conceitos e definições que deveriam ser reproduzidos pelos alunos. Ainda com base nessa linha metodológica, a prática da interação entre docente e discente não ocorria, na medida em que ambos não eram concebidos como interlocutores. Nesse processo de ensino e aprendizagem, era dado ao aluno um papel passivo; em virtude disso, ele deveria abdicar de seus posicionamentos diante dos argumentos inquestionáveis do professor. Essa postura esteve presente durante décadas nas escolas brasileiras, alçando, assim, o ensino a um papel reprodutivo.