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Universitária e favelada

Vanessa Meneses Andrade é formada em Psicologia e moradora da Zona Sul do Rio de Janeiro. Até aí nada de excepcional. Mas quando começamos a nos aprofundar na história dessa jovem de 26 anos, vemos que não é tão simples como parece. Vanessa é moradora do Morro do Cantagalo, uma favela – como ela faz questão de falar – localizada em Ipanema, um dos bairros mais chiques do Rio de Janeiro. É também mestranda do curso de Psicologia de Subjetividades e Exclusão Social na UFF, umas das melhores universidades do estado. Para chegar aonde chegou, teve de lançar mão de atributos como persistência, coragem, conscientização, estudo, luta contra o preconceito, disciplina, além do incentivo de seus familiares e de pessoas que acreditaram nela. Mesmo sem querer, ela é uma das pessoas que ajudam a mudar a imagem de que só é possível mudar de vida na favela pela via do esporte ou da cultura. O estudo também é um caminho para essa mudança, seja para deixar para trás a vida da favela ou, como ela faz, usando seu conhecimento para modificar e melhorar aquele ambiente tão rico e, por vezes, tão mal aproveitado.

Pequena história das festas juninas

A festa junina tradicional pode dar a entender que sua origem é brasileira: as quadrilhas francesas foram adaptadas às nossas músicas regionais, as roupas de caipira são típicas do nosso Jeca Tatu e as comidas (ah! as comidas...) têm como base o milho e o aipim, além da deliciosa mistura de rapadura com amendoim – nosso mui amado pé de moleque. Mas essa cultura rural retratada nas festas de junho acontece justamente porque muitos dos nossos primeiros imigrantes (italianos, portugueses, espanhóis) trabalhavam na lavoura, e foram eles que trouxeram a comemoração para o Brasil. Como nossos principais colonizadores, a maior influência vem dos portugueses, que chamavam a festa de “joanina”, em homenagem a São João.

Considerações sobre O Estrangeiro de Albert Camus

Publicado antes de O mito de Sísifo, O estrangeiro primeiramente imergiu seus leitores no clima do absurdo. Em contato com a realidade densa, mergulhado em acontecimentos incompreensíveis e sem comentários, o leitor teve o sentimento da condição absurda, sem qualquer clareza conceitual. O ensaio O Mito de Sísifo, lançado em seguida, instruiu o leitor sobre esse mundo opaco. Nesse texto, Camus distingue o “sentimento” da “noção” de absurdo – “O sentimento do absurdo não é, portanto, a noção do absurdo. Ele a funda, simplesmente. Não se resume a ela” (2008, p. 43). Pode-se dizer que o romance, publicado primeiro, fez seus leitores sentirem o clima do absurdo, provocando a impressão de uma realidade desarrazoada, enquanto o ensaio comentou e buscou esclarecer o raciocínio absurdo. Como disse Camus, o sentimento do absurdo é anterior à noção e a ultrapassa, de modo que não é possível esmiuçar e compreender completamente o romance. O protagonista Meursault permanece incompreensível, mesmo para o leitor já familiarizado com O Mito de Sísifo. Isso mostra como Camus deu ao personagem uma densidade própria, sem reduzi-lo a uma mera ilustração da noção exposta no ensaio. Meursault é um personagem indiferente, tranquilo, que se deixa levar, somente. Não costuma se interrogar, como ele mesmo vai dizer. Não se inquieta com os problemas que Camus levanta em O Mito de Sísifo, não parece revoltado com a nossa condição mortal, de modo que o leitor não pode decifrá-lo nem compreendê-lo totalmente a partir da leitura do ensaio. Esse personagem possui seu caráter próprio. Em seus gestos há sempre algo que nos escapa. E essa impossibilidade mesma de explicar o romance, mesmo após a noção apresentada em O Mito de Sísifo, mostra a nossa condição absurda: não podemos racionalizar os nossos sentimentos, somos incapazes de elevar à consciência, de conceituar grande parte daquilo que somos nós.

Uma estagiária (in)feliz?!

Tudo começou quase dois anos atrás. Eu precisava estagiar, precisava de contato com os alunos, e por isso procurei a CRE, a Coordenadoria Regional de Educação, responsável pelos estágios remunerados e não remunerados da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Por sorte, havia uma vaga para estágio remunerado em uma escola municipal no Grajaú, e me indicaram para lá.

IMS - Instituto Moreira Salles

A construção que abriga o Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro é de impecável beleza. Trata-se da antiga residência da família Moreira Salles, transformada em centro cultural em 1992, cuja arquitetura é inspirada no classicismo italiano, que contrasta com os belos jardins projetados por Burle Marx. Parece que o bom gosto de residência se estende pelo site. As cores, a organização e as fotos escolhidas para ilustrá-lo dão o tom. O site do IMS traz as programações dos três institutos espalhados pelo Brasil: do Rio de Janeiro, São Paulo e Poços de Caldas. Mas se o internauta não ficar atento, pode dar atenção à programação de uma cidade que não lhe interessa.

Até onde os pais vão para garantir o melhor a seus filhos?

Em um experimento que virou um clássico, o psicólogo Walter Mischel criou o seguinte cenário na Universidade Stanford no fim dos anos 1960: crianças de quatro anos de idade foram colocadas em uma sala pequena, que continha um marshmallow em uma mesa. O pesquisador explicava à criança que ele teria de sair, deixando-a sozinha na sala. Se, quando ele voltasse, a criança tivesse resistido à tentação de comer o doce, ela ganharia mais um marshmallow. Se capitulasse e o comesse, não ganharia mais nada.

De mocinhos, bandidos e Edu Lobo

Estive revendo Uma noite em 67, documentário dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, que mostra as cinco canções finalistas do Festival de MPB daquele ano na TV Record. Até aí, o público não precisaria pegar o DVD ver o filme: se sua conexão com a internet for boa o suficiente para acessar o YouTube, todas as músicas estão lá. Mas o filme traz bônus interessantes. A costura entre as músicas, as entrevistas da época e as entrevistas atuais com compositores e participantes da produção do festival dá uma ideia dos bastidores dessa disputa. E, pelas afirmações do então diretor responsável, Paulo Machado de Carvalho, a intenção dos produtores da TV Record era criar nos festivais uma pequena trama, com mocinhos e bandidos. Mas o êxito dessa ficção foi parcial, e a “culpa” desse quase malogro foi de Edu Lobo. Senão, vejamos.

Educação e pedagogia: passos para a liberdade

Ao concluir o curso de Pedagogia, o licenciado torna-se habilitado a trabalhar em ambientes escolares e não escolares. Considerando ambiente escolar como todo local que tenha por fim organizar e produzir atividade pedagógica, concluímos que esse conceito abrange universidades, colégios, e creches.

Inveja

Foi por inveja que a primeira família de que se tem notícia foi parar na manchete policial do Éden. É um poderoso vírus que desarmoniza o cérebro, e o homem pode perder o rumo de sua história se não souber usar, desde muito cedo, o antivírus da educação. Na coleção de ensinamentos do livro da sabedoria, em Provérbios 14:30, há uma advertência: “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos”. O invejoso não pára em pé, tropeça o tempo todo no sucesso dos outros!