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O ceticismo em Último Capítulo, de Machado de Assis

Publicado pela primeira vez em 1883, dois anos depois de Memórias Póstumas de Brás Cubas, o conto Último Capítulo integra a segunda fase de Machado de Assis, período que pode ser interpretado, entre outras leituras possíveis, como de amadurecimento da perspectiva cética. Neste artigo pretende-se demonstrar como o referido conto apresenta uma compreensão cética da realidade.

Uma máquina pode substituir um professor?

Considerada o maior evento nerd do mundo, a quinta edição da Campus Party 2012 no Brasil aconteceu entre os dias 6 e 12 de fevereiro, em São Paulo, e foi marcada por muitas inovações e curiosidades tecnológicas. Entre elas está a fórmula que pode promover uma revolução na educação do século XXI. Segundo o indiano Sugata Mitra, um dos maiores especialistas do mundo em tecnologia educacional, "um professor pode ser substituído por uma máquina".

Quando viajar sem sair do lugar é possível

Para ler esta crônica, peço que desligue sua mente e ouça as cores dos seus sonhos. Não é preciso estar consciente para desfrutar dos benefícios dessa aventura. Se você assim o fez, entre, aperte seus cintos e tenha uma boa viagem ao fantástico mundo onde viajar sem sair do lugar é possível e viver é mais fácil com os olhos fechados.

Universitária e favelada

Vanessa Meneses Andrade é formada em Psicologia e moradora da Zona Sul do Rio de Janeiro. Até aí nada de excepcional. Mas quando começamos a nos aprofundar na história dessa jovem de 26 anos, vemos que não é tão simples como parece. Vanessa é moradora do Morro do Cantagalo, uma favela – como ela faz questão de falar – localizada em Ipanema, um dos bairros mais chiques do Rio de Janeiro. É também mestranda do curso de Psicologia de Subjetividades e Exclusão Social na UFF, umas das melhores universidades do estado. Para chegar aonde chegou, teve de lançar mão de atributos como persistência, coragem, conscientização, estudo, luta contra o preconceito, disciplina, além do incentivo de seus familiares e de pessoas que acreditaram nela. Mesmo sem querer, ela é uma das pessoas que ajudam a mudar a imagem de que só é possível mudar de vida na favela pela via do esporte ou da cultura. O estudo também é um caminho para essa mudança, seja para deixar para trás a vida da favela ou, como ela faz, usando seu conhecimento para modificar e melhorar aquele ambiente tão rico e, por vezes, tão mal aproveitado.

Pequena história das festas juninas

A festa junina tradicional pode dar a entender que sua origem é brasileira: as quadrilhas francesas foram adaptadas às nossas músicas regionais, as roupas de caipira são típicas do nosso Jeca Tatu e as comidas (ah! as comidas...) têm como base o milho e o aipim, além da deliciosa mistura de rapadura com amendoim – nosso mui amado pé de moleque. Mas essa cultura rural retratada nas festas de junho acontece justamente porque muitos dos nossos primeiros imigrantes (italianos, portugueses, espanhóis) trabalhavam na lavoura, e foram eles que trouxeram a comemoração para o Brasil. Como nossos principais colonizadores, a maior influência vem dos portugueses, que chamavam a festa de “joanina”, em homenagem a São João.

Considerações sobre O Estrangeiro de Albert Camus

Publicado antes de O mito de Sísifo, O estrangeiro primeiramente imergiu seus leitores no clima do absurdo. Em contato com a realidade densa, mergulhado em acontecimentos incompreensíveis e sem comentários, o leitor teve o sentimento da condição absurda, sem qualquer clareza conceitual. O ensaio O Mito de Sísifo, lançado em seguida, instruiu o leitor sobre esse mundo opaco. Nesse texto, Camus distingue o “sentimento” da “noção” de absurdo – “O sentimento do absurdo não é, portanto, a noção do absurdo. Ele a funda, simplesmente. Não se resume a ela” (2008, p. 43). Pode-se dizer que o romance, publicado primeiro, fez seus leitores sentirem o clima do absurdo, provocando a impressão de uma realidade desarrazoada, enquanto o ensaio comentou e buscou esclarecer o raciocínio absurdo. Como disse Camus, o sentimento do absurdo é anterior à noção e a ultrapassa, de modo que não é possível esmiuçar e compreender completamente o romance. O protagonista Meursault permanece incompreensível, mesmo para o leitor já familiarizado com O Mito de Sísifo. Isso mostra como Camus deu ao personagem uma densidade própria, sem reduzi-lo a uma mera ilustração da noção exposta no ensaio. Meursault é um personagem indiferente, tranquilo, que se deixa levar, somente. Não costuma se interrogar, como ele mesmo vai dizer. Não se inquieta com os problemas que Camus levanta em O Mito de Sísifo, não parece revoltado com a nossa condição mortal, de modo que o leitor não pode decifrá-lo nem compreendê-lo totalmente a partir da leitura do ensaio. Esse personagem possui seu caráter próprio. Em seus gestos há sempre algo que nos escapa. E essa impossibilidade mesma de explicar o romance, mesmo após a noção apresentada em O Mito de Sísifo, mostra a nossa condição absurda: não podemos racionalizar os nossos sentimentos, somos incapazes de elevar à consciência, de conceituar grande parte daquilo que somos nós.

Uma estagiária (in)feliz?!

Tudo começou quase dois anos atrás. Eu precisava estagiar, precisava de contato com os alunos, e por isso procurei a CRE, a Coordenadoria Regional de Educação, responsável pelos estágios remunerados e não remunerados da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Por sorte, havia uma vaga para estágio remunerado em uma escola municipal no Grajaú, e me indicaram para lá.

IMS - Instituto Moreira Salles

A construção que abriga o Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro é de impecável beleza. Trata-se da antiga residência da família Moreira Salles, transformada em centro cultural em 1992, cuja arquitetura é inspirada no classicismo italiano, que contrasta com os belos jardins projetados por Burle Marx. Parece que o bom gosto de residência se estende pelo site. As cores, a organização e as fotos escolhidas para ilustrá-lo dão o tom. O site do IMS traz as programações dos três institutos espalhados pelo Brasil: do Rio de Janeiro, São Paulo e Poços de Caldas. Mas se o internauta não ficar atento, pode dar atenção à programação de uma cidade que não lhe interessa.

Até onde os pais vão para garantir o melhor a seus filhos?

Em um experimento que virou um clássico, o psicólogo Walter Mischel criou o seguinte cenário na Universidade Stanford no fim dos anos 1960: crianças de quatro anos de idade foram colocadas em uma sala pequena, que continha um marshmallow em uma mesa. O pesquisador explicava à criança que ele teria de sair, deixando-a sozinha na sala. Se, quando ele voltasse, a criança tivesse resistido à tentação de comer o doce, ela ganharia mais um marshmallow. Se capitulasse e o comesse, não ganharia mais nada.