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O inferno somos nós
Não faço parte dos Alcoólicos Anônimos, o AA; inclusive aprecio bem uma cervejinha nos fins de semana. Mas uma amiga que pertence a tal associação me falou sobre um lema que utilizam (não sei se é algo oficial ou se simplesmente é utilizado na unidade frequentada por ela) que achei genial: “O inferno somos nós”. Contrariando a famosa frase de Sartre (“O inferno são os outros”), de sua peça Entre quatro paredes, que conta a história de três pessoas que morrem e vão para o inferno. O local é bem diferente daquela representação tradicional cheia de fogueiras, fornalhas e diabinhos com tridentes a espetar as nádegas dos hóspedes. O inferno descrito pelo Pai do Existencialismo é bem mais sóbrio: trata-se de uma sala sem espelhos, cujos três habitantes não sentem fome nem sono e têm que ficar confinados lá por toda a eternidade. Não bastasse isso, são pessoas com características muito distintas, que com a convivência forçada acabam se odiando e se agredindo; entretanto, nem matar uns aos outros eles conseguem – já estão mortos. Assim, a todo instante deparam-se, através do olhar de seus companheiros, com um lado insuportável de si.
Pro dia nascer feliz
Este é um projeto que vem sendo desenvolvido no IESK, instalado em Campo Grande, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Está voltado para a área de formação de profissionais da educação, para a promoção da cultura de reconhecimento da diversidade sexual e de gênero e o combate ao sexismo e à homofobia nas escolas.
Dois caminhos e um só destino
A natureza nos favoreceu com várias informações genéticas; destacam-se duas: sobrevivência e adaptação ao custo do egoísmo e convivência altruísta. A primeira já se evidenciou mais claramente desde os estudos evolucionários de Charles Darwin. A segunda, contudo, começa a despontar recentemente através dos trabalhos realizados na Universidade Harvard pelas mãos do biólogo evolucionário Marc Hauser, cuja publicação recebeu o nome de Mentes Morais – o cérebro possui um mecanismo geneticamente determinado para adquirir regras morais. Portanto, estamos diante de dois extremos severos que geram conflito em grossa parte do tempo de incontável número de pessoas: por que coexistem dentro de nós duas informações de peso que se chocam tão intensamente, podendo causar, em última análise, alguns distúrbios mentais. Um desatino aparentemente desnecessário.
Cosmopoliticamente correto, Oswald
Tupy or sem tupy, o certo é que Oswald ultrapassa os ditames pseudonacionalistoides de nossa sempre morna literatura e das velhas querelas sempre reinventadas por críticos de plantão. Nossa? Evitemos o pronome pessoal e fiquemos no abstrato, no geral, no cosmopolitamente correto. E o Oswald era um cosmopolita arraigado. E sabia o que escrevia e até o porquê de suas orações:
Atividades culturais e artísticas para os nossos estudantes!
Há algumas semanas, vi num noticiário na televisão, o projeto do Governo do Estado do Rio de Janeiro que levava uma sala de cinema itinerante para estudantes da rede pública moradores da comunidade do Dona Marta. Fiquei bastante surpresa quando a repórter revelou que aquelas crianças e adolescentes, 30 no total, nunca tinham ido ao cinema. Os depoimentos mostravam alegria e admiração pela tela grande, na qual assistiam a um filme nacional.
Resultados do Enem e educação profissional e de jovens e adultos geram notícias que fazem pensar
Notícias publicadas nos dois principais jornais de São Paulo (Estadão e Folha) na segunda quinzena de maio chamaram a atenção para dois assuntos: as notas no Enem obtidas por alunos carentes matriculados na rede particular e na rede pública; e os números da educação profissional obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE.
Como vai a vovó? A importância da terceira idade na primeira infância
A Creche Municipal Sonho Feliz, instituição promotora de educação, buscou despertar a reflexão de todos para com os direitos do idoso e salientar a importância da vovó no desenvolvimento social da criança.
Para além do que aparece
Flowerville, uma cidade high tech, envidraçada, com design altamente sofisticado; Nova Esplanada, uma tentativa de cidade modelo que não deu certo, construída sobre restos, pedregulhos, solo arruinado onde nada nasce; Cidade Velha; Moreirão, “o Maracanã dos ferros-velhos”. Esses são espaços que coexistem no romance As sementes de Flowerville, de Sérgio Rodrigues.
Ensino Médio carece de identidade
A questão do ensino no Brasil sempre foi algo bastante delicado. Problemas com vagas para alunos, salário dos professores e agora é a própria qualidade do ensino que está em crise. A situação vem piorando a cada ano e quem acaba sendo afetado com isso são os próprios estudantes, a quem o problema é diretamente ligado – ainda mais quando se fala de ensino público. Medidas são devidamente tomadas, mas nunca suficientes para acabar de uma vez com o problema. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Ensino Médio é o elo fraco da educação básica brasileira.
A ética através dos tempos
Somos livres. A liberdade é a nossa maior qualidade e o nosso maior perigo. Liberdade significa responsabilidade. Nossa liberdade pode tanto ser usada para o bem quanto para o mal. Palavras abstratas como liberdade, pensamento e alma, de acordo com o uso, podem se equivaler. Ao dizer que o pensamento é livre, pode-se fazer o que bem entender. Daí ser a liberdade a mais suprema e a mais perigosa qualidade humana. O uso da liberdade tanto gerou santos – como São Francisco de Assis – quanto carrascos – como Adolf Hitler. A liberdade é antes de tudo composta por escolhas, sejam elas pessoais ou sociais. Não é concebível um ser humano para si. Nascemos para alguém, seja pelo casamento, pela liderança, para participar da vida política. A liberdade é para coisas grandes, nasceu para elas. A liberdade não é um direito decretado, a pessoa é livre porque é.