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O nada ululante

"O Brasil não é para principiantes". Há um sentido ufanista nessa frase, mas há também um alerta para um risco inerente à experiência de viver em um país como o nosso. Tudo aqui é mais intenso. Quando vem, o prazer entorpece; a dor, quando aparece, só falta matar. Deve ser fácil ficar louco no Brasil. Não padecemos da melancolia sem-fim do norte, com seus dias frios, arrastados e sombrios de inverno, mas sofremos de uma estranha bipolaridade que nos leva de arroubos eufóricos a desconcertantes estados de prostração. Deve ser o calor, não sei. O fato é que, no Brasil, quase tudo tem a marca dessa crueza seca que deixa à mostra o miolo, o tutano, o oco infinito das coisas. Assim também é na política.

LUZ 5304 - A urgência de sentido à vida

Trânsito parado nas primeiras horas de uma terça-feira chuvosa na cidade do Rio de Janeiro. No rádio, motoristas dão seus depoimentos pelos celulares, ocupam o tempo informando sobre a cena que se repete em diversos pontos da cidade, e que faz parte da rotina sistemática de muitos de nós.

Premissas, hipóteses para uma pesquisa sobre o anverso/avesso do corpo sociocultural do Rio de Janeiro

Até hoje, o samba é capaz de mostrar o perfil mais acabado daqueles que vivem vagando sem rumo pela cidade do Rio de Janeiro ou da Salvador atuais de forma malandra, vadia, absolutamente irresponsável. Os espaços do não lido de nossos multiplicados e multifacetados corpos socioculturais autônomos precisam de maior atenção. José do Patrocínio, ainda no Império, estava certo quando chamava a atenção para a importância que a educação deveria merecer, como necessidade formativa/inclusiva do ex-escravo no período republicano. Ele antevia o destino que o ato de viver no mundo de agora poderia reservar para os egressos da escravidão. Ele fazia referência a uma 'educação inclusiva' efetivamente, muito antes de o termo surgir no meio pedagógico.

A lenda do condutor de bigas

Delfos tem a marca de todo seu antigo esplendor!

CPDOC/ FGV

Quando visitei pela primeira vez o site do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas, logo pensei no privilégio que temos nesse século XXI.

A lenda do condutor de bigas

A tarde cai sobre a vegetação cheia de espinhos que cobre as encostas do contraforte do Parnaso.

No meio do caminho tinha sangue

Há que se jogar o lixo na lixeira. Há que se jogar aquilo que não se gosta fora. Atirar as coisas à distância. Gostava-se disso em outras infâncias. Não era virtual a pedra que zarpava, alucinadamente, ora numa direção ora noutra, e depois afundava. Ria-se com aquilo tudo. Os rios, os açudes e também as águas das praias guardavam nossas brincadeiras. Revólveres e metralhadoras? Também os tínhamos. Em menor quantidade. Matávamo-nos menos, eis uma triste constatação (deixemos a verdade fora disso). Hoje, virtualmente (antes fosse...) mata-se muito. Os garotos e garotas cansam de matar pela tela. A chacina transborda pelos teclados nauseabundos. Parece que hoje mata-se com mais pertinência, existe mais lugar para a truculência. Ser violento é da ordem do dia. Vira livro, transforma-se em filme. Ibope, eis a palavra mágica.

Avaliando a avaliação do Enem

O Ministério da Educação divulgou, no último dia 3 de abril, os resultados do Enem de 2007; várias análises são feitas com esses números, parece que tentando comprovar a velha teoria de que contra fatos não há argumentos.

Disperso

Lá estão eles, no meio do quarto - espalhados reticentes ultrajados. Os escritos no meio do quarto insistem, cutucam. Voam. Brejeiros, risonhos, soltos ao vento.

Flores de plástico não morrem... Mas podem matar

Há uns oito anos, uma amiga me disse que, quando fazia compras, não usava as sacolas do supermercado, enfiava tudo na mochila para não gastar plástico à toa. Achei interessante a ideia e comecei a imitá-la. Tanto as caixas do supermercado como os outros clientes da fila ficavam olhando, interrogativos. Nos dias de hoje, tal conduta exótica vem ganhando cada vez mais adeptos. Embora o número ainda seja pequeno, os olhares já não são de estranhamento total; a maioria entende de imediato o motivo da ação. Isso mostra que o exotismo de anos atrás virou uma questão de cidadania atualíssima, e os eco-chatos de outrora nada mais eram do que vanguardistas bem intencionados.