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O Tempo circular dos Deuses

O tempo mitológico é o tempo cíclico das estações do ano, do plantio e da colheita, da vida. Um espelho da natureza arcaica, cujo papel é soberano. Nela, os Deuses mitológicos e o tempo deles se organizam. Não há uma separação entre Deus, homem e natureza. Um é continuação do outro, todos esses elementos estão interligados, ou melhor, são uma só coisa. É a physis.

Menino enquanto brinquedo

O menino olhava mansamente o brinquedo. Com suas pequeninas garras ele o desmontou em pedaços e quanto menor o objeto ficava mais suas garras agitavam-se no ar. Ao término de sua tarefa, com os destroços do objeto esparramados em cada canto de chão, o menino pôs-se a olhar absortamente. Seus olhos andaram de um pedaço a outro, procurando, talvez, algum outro que fosse ainda decomponível. Depois de executado o percurso, sentiu ele uma tristeza intransferível e olhou os espaços vazios entre os fragmentos do brinquedo. Ficou decididamente confuso e, como não entendesse como poderia haver vazados entre as coisas, tentou reunir, com suas belas garrinhas, o lixo do objeto destruído. Tratou de empilhar o máximo que pôde, não sabendo ao certo se desejava recompor alguma imagem inicial do brinquedo ou se era apenas para esquecer que tinha percebido os vazados. Amontoou tudo o mais que pôde, o que não era grande esforço e, de maneira surpreendente, passou os olhos ao redor de si, retendo apenas a estranha experiência do espaço. Na verdade, teve a primeira sensação de desânimo, aquela derrota que, um dia, o faria homem e, o que é pior, destinado sempre ao fracasso.

Desconhecida íntima

Certa vez um professor que me deu aulas quando cursava a graduação em Filosofia me encontrou no Centro de Convivência do Campus da UFRN. Era um daqueles poucos dias chuvosos que de vez em quando insistem em quebrar a monotonia da luminosidade e do calor impiedoso, que tornam o clima de Natal tão sedutor para alguns e tão infernal para outros. Por causa da chuva, eu estava parado diante de uns 20 metros de lama que me separavam do meu Ford Fiesta. Pressionava a chave do carro no meu bolso, pensando se seria mais vantajoso atravessar aquela lama debaixo da chuva ou esperar que o céu abrisse um pouco mais. Foi quando o meu antigo professor aproximou-se e me disse: “Olá, Pablo. Como é que vai? Soube que você virou jornalista”. Até aquele dia eu não tinha notado, mas existe algo mal resolvido envolvendo jornalistas e filósofos.

Podem os Poderes Emergentes do Sul Tornarem-se Forças Progressivas na Arena Global do Clima?

Por ocasião de recente evento em Berlim - McPlanet.com 2007: Clima de Justiça - , organizado por diversas entidades da sociedade civil alemã, tive a oportunidade de participar de interessantes debates sobre justiça social, mudança climática e crescimento. Na Alemanha, a questão do clima está, literalmente, "esquentando" a agenda pública. Na minha avaliação, porém, a urgência de ação que a questão exige faz com que importantes atores optem por um perigoso pragmatismo. Valores fundamentais, sonhos de uns outros mundos possíveis e fundamentos inegociáveis, bases da força política renovadora dos movimentos sócioambientais nas últimas três a quatro décadas, ficam em segundo plano. Será que é possível ganhar a batalha do clima sem mudar o sistema econômico que destrói tanto o bem comum maior da vida, a atmosfera, como as bases de uma sociedade sustentável, democrática e justa?

Magreza, juventude e felicidade: as três moiras da modernidade

Se você é daqueles que ao levar uma cortada no trânsito chega em casa e briga com a esposa; acha que ter uma alimentação saudável é comer sanduíche natural feito com maionese industrializada, ketchup, frango com hormônio e milho enlatado; e pensa que combater os radicais livres é ir contra as ideias de Heloísa Helena ou do pessoal do PSTU, realmente está na hora de rever seus conceitos comportamentais, alimentares e salutares.

Por que informatizar a escola?

Os autores de ficção-científica sempre tentaram imaginar como seria a sociedade do futuro com base em suas percepções das possibilidades de seu presente. Volta e meia lembro-me de um repórter que, num dos contos de Isaac Asimov, usava um taquígrafo de bolso em suas entrevistas.

Por um respeito especial...

Durante algum tempo me perguntei se deveria relatar a experiência vivida por mim numa turma de educação especial, onde me ofereci para ensinar informática. Questionava se interessaria a alguém saber dessa minha aventura, vista por muitos na época como uma forma de passar o tempo e por outros como uma forma de “praticar o bem”.

Cultura e consumo

O capital simbólico costuma ser, na sociedade atual, um meio de discriminação social. Entende-se que este dado, por si só, sustente a necessidade de ampliação de públicos nos circuitos de difusão de uma arte não-mercadológica, já que alguns segmentos envolvidos com problemas de ordem social, tais como alimentação, segurança e moradia, não reivindicam de imediato a sua inclusão nas políticas artísticas e culturais.

Com Suassuna no Palácio

Convidado para inaugurar o projeto Encontros com o Barão no Palácio Itamaraty, no dia 7 de maio último, o acadêmico Ariano Suassuna iniciou sua conferência Uma Visão de Brasil, prometendo à audiência falar especificamente sobre arquitetura. Contudo, como os personagens do Grande Sertão: Veredas, que entremeavam um causo no outro, Suassuna falou sobre globalização, língua, cultura, literatura, política nacional, internacional e até sobre arquitetura.

É que narciso acha feio o que não é espelho

Hoje, nos modernos centros urbanos, a reeducação do olhar científico sobre a existência humana faz-se cada vez mais necessária! No Mundo Científico da Globalização sabemos que as mudanças estão marcadas pela visão holística, sobrepondo-se à visão cartesiana. Não cabe mais ver o homem apenas do ponto de vista individual, ou mesmo como um ser marcado pelo individualismo. O Holism, doutrina que sustenta a visão do caráter global ou mais estruturado da realidade, aproxima-se do organicismo que, na verdade, corresponde a uma perspectiva do todo, principalmente no campo da biologia. Nele, o todo é sempre diferente da soma das partes.