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Água de beber?
No site da CEDAE o consumidor carioca pode ficar sabendo que o lema da companhia é "CEDAE - A melhor água do Rio". Muito estranho, já que cariocas e quase todos os fluminenses só tem os carros pipa e a água mineral dos supermercados como alternativa de fornecimento para a água podre e fedorenta derramada pela companhia pública, monopolista e incompetente.
Fundamentos para a biocivilização
A crise capitalista em que estamos mergulhados neste início de século é uma experiência histórica do cotidiano vivida e sentida mais do que pensada. Pôr-se a refletir sobre ela é trilhar uma pista incerta, um caminho ainda por fazer, mas tarefa urgente e necessária. A humanidade está diante do desafio de fazer opções fundamentais. A escolha pode significar ir em direção ao irreversível em termos de destruição da vida e do planeta Terra ou a reconstrução das bases e das relações entre seres humanos e destes com a biosfera capazes de alimentar um processo virtuoso, ainda possível, de sustentabilidade social, ambiental e ecológica.
Novos Rumos
A atual crise mundial, embora mais complexa que a do fim do séc. XIX e a de 1930, pode ser mais uma oportunidade histórica para o Brasil mudar de rumo. Estamos sendo afetados, como todo mundo, pela reversão cíclica do centro principal, mas somos um país de dimensões continentais com um enorme potencial de desenvolvimento autônomo do mercado interno. Com uma economia razoavelmente diversificada, temos um baixíssimo coeficiente global de integração ao comércio internacional e um sistema financeiro nacional (público e privado) capaz de financiar endogenamente a retomada do crescimento.
Era Menem: o legado neoliberal
O excelente padrão de vida alcançado durante do século XX e que garantiu ao país a primeira posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU no continente, tornou a Argentina a "nação mais europeia" da América Latina. Entretanto, nos anos 90, o país demonstrou uma sensível queda nos seus indicadores sociais, ao mesmo tempo em que a economia conhecia grande crescimento.
Lições da intolerância
Faz sentido falar em respeito às diferenças em um mundo tragicamente marcado por violências e intolerâncias de todo tipo? Sim, mais do que nunca, faz sentido.
O idoso como solução
Neste século, assistimos à firme tendência ao crescimento do tempo livre e à redução do tempo de trabalho. Geral em todas as faixas etárias acima de 18 anos, é, obviamente, no orçamento temporal dos idosos e aposentados que o tempo livre é o máximo. O tempo livre é utilizado com lazer, com atividades obrigatórias - dos cuidados pessoais ao trabalho familiar - e com atividades socialmente comprometidas (obrigações sociopolíticas ou socioespirituais). É sabido que as práticas de ação política ocupam muito pouco do tempo livre. Ainda que se observe um certo crescimento no tempo dedicado a atividades religiosas, a redução dos trabalhos familiares, derivada da criação concluída dos filhos, faz do lazer, ou do tempo para si - ocupado por atividades sociais, intelectuais e corporais -, o destino hegemônico do tempo livre para o idoso aposentado.
Estilo familiar, escola e educação infantil
Comumente se vê a dificuldade de incontáveis pais na tentativa de educar os filhos. O esgotamento e a frustração diante de tamanho obstáculo e pouco resultado percebido podem causar não apenas culpa, mas raiva acerca de si mesmo e das circunstâncias, além do sentimento de impotência e vontade de “jogar a toalha no chão”, num gesto desesperado de desistência ante o “impossível”.
Sexo em Paris
Liberdade, igualdade, fraternidade. Nada sintetiza melhor o ideal das luzes do século XVIII do que essas três palavras. Se existir mesmo um núcleo irredutível de humanidade em cada camarada da espécie, estas palavras deveriam nortear qualquer proposta política de um Estado democrático. Bom de dizer, mas difícil de fazer. Lembrei de uma conversa com meu amigo Carito na Praça das Flores numa noite de sexta-feira. Ele, que tem uma pousada na Costa Branca e construiu um espaço no qual os poemas de Lord Byron convivem lado a lado com a tradição sertaneja do litoral norte do Rio Grande do Norte, um dia ouviu da boca de uma turista francesa o seguinte: “você está descaracterizando a cultura local”.
As duas forças
Diz uma piada que um dia Deus e o diabo estavam andando por um caminho. De repente, Deus para, se abaixa e pega no chão um pedaço de papel com algo escrito. O diabo pergunta: “O que é isso?”. Deus subitamente responde: “A verdade”. O diabo sorri, tira o papel da mão de Deus e diz: “Ótimo! Pode deixar que eu organizo ela para você”.
Bilac e a Tecnologia
A crônica abaixo foi escrita por Olavo Bilac para o primeiro número da revista Kosmos, em 1904, 97 anos atrás. A incrível velocidade das transformações trazidas pela tecnologia são comentadas com maravilha e assombro. Bilac antevê o surgimento da televisão e sua importância na comunicação e na difusão de informações. No entanto, acredita que a tecnologia acabaria decretando a extinção dos livros. Hoje, para muitos, o carrasco da vez é a Internet. Estarão os livros novamente ameaçados?