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Lições de Mumbai
O Fórum Social Mundial (FSM), que este ano se realizou em Mumbai, na Índia, adquiriu uma nova e importante faceta: mostrou ser de dimensões universais. O desafio de deixar Porto Alegre, onde tudo começou em 2001, foi enorme. Como mobilização da emergente e diversa cidadania planetária, o FSM continua crescendo. Foram em torno de 75 mil delegados e delegadas, sendo 20 mil de fora da Índia. Havia também cerca de 10 mil pessoas, da própria cidade de Mumbai, que diariamente se juntavam aos eventos e mobilizações. Ao todo, quase 120 mil participantes mobilizados(as) pela ideia de que, diante da globalização dominante e suas mazelas, "outro mundo é possível".
Neoliberalismo: A doutrina que orienta o ajuste estrutural
In: Ajuste estrutural, pobreza e desigualdade de gênero. Recife: Iniciativa de Gênero/ S.O.S Corpo Gênero e Cidadania, 2001.
Violência e direitos humanos
In: "Políticas Públicas para as Mulheres no Brasil - 5 anos após Beijing" Articulação de Mulheres Brasileiras, Brasília, 2000
Mulheres na Rede
As mulheres já representam metade da população economicamente ativa do Brasil e ocupam 51% das vagas na educação, em todos os níveis, incluindo a universidade. Mas, para além da pura matemática das estatísticas, esses dados representam uma maior participação da mulher na sociedade brasileira, o que faz uma grande diferença. Já sentimos que essa participação tem significado mudanças graduais e profundas na estrutura das relações familiares, de trabalho e na esfera do poder.
Paz: Não à lógica do terror e da guerra!
O atentado terrorista em Madri causou grande impacto. Quase não se encontra um habitante adulto da Espanha que de algum modo não se sinta atingido. Entre os mortos e feridos, cada um e cada uma encontra alguém. Dada a amplitude do ataque, para além dos familiares, sempre você descobre o parente, a cunhada, o amigo, o familiar da amiga, a irmã da sua colega de trabalho, os filhos dela, enfim, alguém que estava lá, mais uma das vítimas inocentes de uma tragédia moderna, assassina, planejada. Até eu tenho conhecidos entre as vítimas. Cheguei em Madri na tarde do dia 11, de passagem para Barcelona, para discutir a reforma do sistema de instituições multilaterais. Encontramo-nos para avaliar nossas propostas e estratégias da campanha que desenvolvemos visando reconstruir as instituições para que atendam aos anseios de uma emergente cidadania planetária, de um mundo de liberdade e dignidade para todos os seres humanos, no centro a segurança humana e a paz. Foi um seminário prenhe de emoções, em meio à tragédia de uma Espanha abatida, sofrendo.
Suicidando Kalashinikov
Já escrevi um artigo sobre a violência. Nele, eu falava sobre o fuzil AK-47. AK vem de avtomatni Kalashnikova (automática de Kalashinikov) e 47 tem a ver com o ano (1947) em que a arma, desenhada por Mikhail Kalashinikov, ganhou uma competição de design de armas para o Exército Vermelho. Até aí tudo bem. O problema é que eu suicidei o Kalashinikov (e, para completar, ainda escrevi o nome dele errado).
Autoconsciência do horror
Semana que passou as imagens continuaram a assombrar o mundo. Novas cenas de abusos e espancamentos apareceram nas páginas do jornal The Washington Post, para o desespero dos defensores da liberal democracia norte-americana.
A Unctad e os ventos do desenvolvimento
A realização da XI Conferência da Unctad, iniciada ontem em São Paulo, tem tudo para ser um novo marco no debate internacional sobre o desenvolvimento. Há 40 anos, em 1964, a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) surgia como resposta da ONU à crescente demanda dos países periféricos na ordem bipolar da Guerra Fria. No mesmo contexto, surgia o G-77, o grupo dos países não alinhados, clamando por políticas internacionais favoráveis ao desenvolvimento. A Unctad se constituiu em importante referência do G-77 em todas as negociações financeiras e comerciais.
Calçadas manchadas de sangue
A ideia de que toda vida merece ser vivida é problemática. No entanto, mais problemática é a ideia de que alguém pode decidir por outro quando e como uma vida deve ser vivida, ou mesmo quando ela deve acabar. Nossa sociedade costumou-se a produzir um discurso repetitivo sobre a vida. Um discurso que reforça a ideia de que a vida humana é sagrada e de que qualquer atentado contra ela é um delito terrível, um dos mais odiosos, e que deve ser objeto da mais violenta repulsa.
O que você sempre quis saber a respeito da globalização
Vestir, comer e sair são ações que nos mergulham, queiramos ou não, na globalização. É melhor ficar atento e se dar, pelo menos um pouco, o poder de escolher.