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O arco de arjuna

Um dos mais belos e populares textos que a civilização hindu nos legou começa no campo de batalha. Sendo uma pequena parte do Mahabarata (o mais longo poema épico da humanidade), o Bhagavad Gita se inicia com um dilema que perturba Arjuna, líder do clã dos Pandava. O santo guerreiro está com seu arco retesado, apontado para o alto, na iminência de lançar sua seta e começar uma imensa carnificina envolvendo seu próprio clã e o clã inimigo dos Dhritarashtra.  No momento de iniciar a batalha, Arjuna fraqueja. Seus braços tremem, sua boca fica seca, seu cabelo se eriça, sua pele arde. Nesse instante, a narrativa congela e, ao lado do guerreiro, surge o senhor Krishna, que toma forma humana e começa um diálogo.

Os olhos ainda comentam o que não conseguem enxergar

Etnocentrismo é uma palavra que já não cabe nem em si mesma. Quanto mais no julgamento das pessoas. Quando fiz o curso de Formação de Professores, no início da década de oitenta, já se falava sobre isso, mesmo que muito vagamente.

Discutir o ensino de graduação com um  olhar inovador

Uma estrutura muito homogênea. Quando criados, nos anos 1960, nas diversas instituições públicas de ensino superior, os institutos de ciências biomédicas, ou de biomedicina, se estruturaram a partir de um modelo importado da França,  proposto por Claude Bernard em Introdução à Medicina Experimental. Esse modelo determina que os cursos das ciências biológicas devem, necessariamente, ser divididos em quatro setores: Anatomia ou Morfologia, Fisiologia, Farmacologia Terapêutica e Patologia.

Maio de 68 e a ruptura de paradigmas

1968 foi um ano marcante, paradigmático, transformou as relações sociais e propôs novos modelos de convivência no mundo, buscando mais igualdade, mais justiça, direitos humanos e maior veracidade nas relações sociais de modo geral. É um ano com tamanha intensidade e diversidade de acontecimentos mundiais que, ao chegar ao fim, o homem terá ido à lua, Robert Kennedy terá sido assassinado, e também Martin Luther King, a guerra do Vietnam será perdida por oposição interna sendo acompanhada de perto pelo mundo inteiro através das primeiras transmissões via-satélite, bem como os protestos contra essa guerra.

O encanto do universo

Outro dia, entusiasmada com as novidades que conheci a partir da conversa com o astrônomo Emmanuel Galliano, eu me pus a falar a um amigo sobre Andrômeda (nossa galáxia vizinha); contei o que tinha aprendido sobre o nascimento de uma estrela, e como algo em mim estava diferente desde que comecei a prestar atenção aos movimentos do universo. Sorriso irônico, ele me perguntou o que eu tinha tomado para estar naquela viagem, certo de que o papo era cria de algum entorpecente. “Nada além de café com leite”, sorri de volta, sentindo que a amplitude e o movimento do lugar que habitamos é, sem dúvida, embriagante. Uma proposta e tanto para tirarmos os olhos do nosso próprio umbigo e voltá-los para o céu. Este céu que, assim como a morte e o amor, é o que temos em comum.

Jogadas de mestre

O primeiro livro de Ian McEwan que li foi Na Praia, e me arrebatou pela maestria do autor em manejar o ponto de vista. Nele, dois namorados em noite de núpcias, poucos anos antes da liberação sexual que mudaria os hábitos ingleses, estão às voltas com seus desejos e repulsas. O livro é só isso: o enfrentamento do momento crucial que para ele é o sublime, o gesto derradeiro de encontro do prazer por muito tempo reprimido; e para ela, o abjeto, o impensável momento por muito tempo adiado. O livro é, na verdade, tudo isso.

Sustentabilidade ambiental e serviços ambientais

O termo desenvolvimento sustentável foi apresentado em 1987 pelo relatório “Brundland” ou “Nosso futuro comum” que enunciou a definição básica de desenvolvimento sustentável: assegurar uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais (CMMD, 1991 apud NUNES, 2005). O desenvolvimento sustentável procura integrar e harmonizar as ideias e conceitos relacionados ao crescimento econômico, a justiça e ao bem estar social, a conservação ambiental e a utilização racional dos recursos naturais (IBGE, 2004).

Vida de elétron na infância

E lá, naquela mesma nuvenzinha, de repente um grito se ouve, fazendo até os elétrons mais absortos precessarem de susto. – Venha já para cá moleque safado! Era um pequeno elétron, que acabava de assumir sua característica de partícula. – E da outra vez que tentar se esconder utilizando a dualidade onda-partícula, vou colocá-lo preso a uma órbita, de spin para baixo – esbraveja a mãe. – Quantas vezes já lhe falei para não brincar com os fótons! Quer mudar de órbita? Tudo bem que você já tem carga -1, mas saltos quânticos não são coisa para criança – continua a mãe em tom áspero.

O saber sob o véu da soberba

Embora muita gente perceba a mudança de alguns pontos de vista pessoais no decorrer da vida, não reconhece, contudo, a fragilidade do seu saber mutante, ainda que cada transformação denote em si mesma a limitação existente no ser humano. Ou seja, se uma opinião do passado tornou-se diferente no presente, diz-se, distorcidamente, que ela apenas sofreu um ajuste de força maior, a fim de minimizar a situação. A autoimposição é a de que, se o homem se acha revestido da razão num dado momento, não há porque se contradizer com o porvir, admitindo, de antemão, que já se encontra errado, ou relativamente certo. Seria doloroso senão “humilhante” aceitar que pouco se sabe sobre o conhecimento. Reduz-se, dessa forma, porém, a marcha da própria evolução. Quem acha que sabe o suficiente, pouco tem com que se preocupar em conhecer mais.

Por um mundo melhor

O homem busca, em desespero, mas antes tarde do que nunca, a preservação do que sobrou neste Planeta. Não é impossível, até porque atitudes simples têm o poder de mudar o rumo de coisas importantes. Mas eis o impasse: por que não se começa a educar para o equilíbrio da ecologia humana? Quanto custa o esforço por um abraço, um sorriso, pela demonstração de afeto?