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Caprichos da vontade
Uma amiga que vive numa eterna luta de gladiadores com a balança estava orgulhosa da disciplina alimentar que vinha mantendo durante um mês por livre e espontânea vontade: café da manhã frugal – à base de frutas e leite desnatado; almoço light – saladinha, arroz integral e peixe grelhado; e uma prosaica sopa no jantar. Além de estar satisfeita com as novas formas que iam surgindo em seu corpo – a cintura, até então desconhecida, desenhando-se, as maçãs saltando do rosto, o queixo duplo tornando-se uno –, estava com mais disposição para fazer as coisas, dormindo bem... até sua alergia havia melhorado. Como lhe fazia bem trocar as costumeiras frituras e refrigerantes por frutas, cereais e legumes!
60 segundos
O tempo é uma dimensão pitoresca, pois ele pode ser percebido conforme o gosto do freguês. Se a experiência é boa, o tempo voa. Se ela é desprazerosa, dura uma eternidade. Para o jovem, custa a passar. Para o idoso, anda a galope. Tempo de trabalho para a aposentadoria, então, nem se fale. Para aquele que labuta e não gosta do que faz, diz-se comumente: “Dá dez da noite, mas não chega o fim da tarde”. Quem dormiu tarde (sem contar o porre da noite anterior) e precisa madrugar para enfrentar o cabo do guatambu: que sina! O tempo é, pois, muito, pouco, bom, ruim, marcante, insignificante, coerente, insensato...
Violência na Educação: quando o alvo é o professor
Nos dias atuais, um dos problemas que tem atingido o sistema escolar brasileiro diz respeito à violência e como esta vem ultrapassando os muros de nossas escolas e se alojando nas salas de aulas, onde professores tentam conviver da melhor forma possível com o medo e com a insegurança.
O professor na Bienal do Livro
A Bienal do Livro no Rio de Janeiro vai até o dia 20, no Riocentro. São dias de atividades voltadas à literatura, poesia, educação, música e outras áreas que atingem o público infantil, adolescente e adulto. A organização do evento incentiva a visita dos professores, que não precisam pagar a entrada, desde que comprovem sua condição de docentes. Para saber que documentos levar para ingressar gratuitamente na bienal, bem como outras informações, acesse este link.
O professor como produtor: o caso da leitura em sala de aula
Você já parou para pensar que todo professor é também um produtor? Nossas aulas, os textos e exemplos escolhidos são a nossa produção cultural. O professor é produtor de um discurso que, segundo Walter Benjamin, pode ser aurático ou alegórico.
Uma experiência com modelagem na educação de jovens e adultos
Este texto pretende relatar uma experiência de modelagem matemática numa turma formada por jovens e adultos do Colégio Municipal Oscar Pereira de Magalhães, no município de Terra Nova (BA), a fim de que sirva de análise e motivação para professores de Matemática trabalharem a modelagem, na intenção de unir o conhecimento matemático às relações encontradas no dia a dia.
Cézanne: A sensação visual ao nível da consciência
Considerado por muitos o pai da pintura moderna ou o artista que realizou o impressionismo integral (Argan, 1992, p. 111), Cézanne construiu uma linguagem que ampliou o horizonte da pesquisa impressionista inicial, mas também a contrariou em muitos de seus dogmas.
Professores da Iowa State University contam suas experiências na preparação de cursos em EAD em seminário organizado pela Fundação Cecierj
Em agosto foi realizado o Seminário Internacional de Formação de Professores através de Educação a Distância, com a participação de professores associados da Fundação Cecierj e do Center for Technology in Learning and Teaching (CTLT) da Iowa State University, dos Estados Unidos.
Xadrez como arte e expressão
David Rocha
Máquina silenciosa
Cecília. Sonoro, musical. Mas também silencioso. Cecília silenciosa. Cecília Meireles. O espaço de um nome em um espaço de uma poética. Os versos de Cecília têm a dimensão do grande, do aberto espaço das coisas minúsculas, às vezes quase imperceptíveis. Nossos olhos crescidos, sempre graúdos, quase não veem mais o ínfimo, a pequena dobra das coisas. Ler Cecília é fundamental. E quando o leitor percebe, porque leu, já experimenta. O que se experimenta com os versos de um grande poeta? Começo o ping-pong... Então: o que se experimenta quando se escuta a grande música ou quando se vê um grande quadro? O que somos nós quando nos sentimos outro? E a bolinha volta novamente: e o que é o grande? O que é ser outro? Leia Rimbaud e tire suas conclusões. De preferência, próprias. Je est un autre, disse o jovem francês. No mínimo, o que nos cala, o que cresce, o que já é, sem precisar ser novamente. O silêncio das coisas sem sequência. Uma dimensão do maravilhoso, um sim à vida, no que ela tem de único. Afinal, um grande poema tem esse dom: experimente-o e olhe em volta. Saberá exatamente a que me refiro. Só que Cecília tem suas exigências: difícil midiatizá-la. Há que se escutar a vaga música de um silêncio outro. Cecília é nuvem e abismo. Em qualquer das pontas, voo. O espaço exige seu sopro. Respire, prezado leitor. A máquina é breve. Engrene-se para não enganar-se. Ping e pong. E depois?