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Fronteiras
Se queres ousar, pensa, pode ser diferente, podemos demolir as estradas para não atrapalhar os baobás, podemos criar tecnologias para distribuir prazer, podemos parar de demarcar fronteiras quando imaginamos, quando intuimos, quando desejamos, quando oferecemos. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que somos e o que queremos ser, entre o que somos e o que somos obrigados a ser, entre o que somos e o que pretendemos ser, entre o que somos e o que as negras, os mendigos, as bichas e as putas são. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo desprezo de um lado e medo de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela. Se precisas ousar, ousa mais, pode ser diferente, podemos deixar a terra crescer frutos de todo porte, não pensar que ela é nossa geladeira quente, e a cada dia comer coisas diferentes. Podemos parar de ver o mundo com as cores dos mapas. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que fazemos e o que nos faz fazer, entre o que fazemos e o que fica feito depois que fazemos, entre o que fazemos e o que somos capazes de fazer, entre o que fazemos e o que fazem as indigentes, os pobre caducos, as moribundas. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo certezas de um lado e indiferença de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela. Se gostas de ousar, inventa, pode ser diferente, podemos abandonar as instituições financeiras aos fungos, podemos dar títulos de propriedade às paineiras, podemos viver em cidades do tamanho de nossos passos. Podemos parar de procurar trigo no joio. Podemos parar de demarcar fronteiras entre o que gostamos e o que deveríamos gostar, entre o que gostamos e o que pensamos gostar, entre o que gostamos e o que fingimos gostar, entre o que gostamos e o que os outros tem que aprender a gostar; do que gostam as miseráveis, as amantes excluídas, os asilados. Podemos parar de demarcar fronteiras que custam sangue e se fazem pondo ordem de um lado e violência de outro. Podemos até parar de demarcar fronteiras antes que demarquemos a fronteira da vida e fiquemos fora dela.
De Pepinos e abacaxis
Sobre a sinonímia entre uma cucurbitácea e uma bromeliácea
A Cultura do Compromisso
Nós, gestores, trabalhadores e pensadores da cultura estamos com um desafio nas mãos: vivenciar a cultura no seu conceito de cidadania, onde a formação / informação (pilares da criação) geram a ação máxima em nossa condição militante, não perdendo de vista um programa de cultura progressista e transformador, onde a cultura é prioridade, no que diga respeito a sua transversalidade e efetividade.
Primeira Feira Nacional de Ciências da Educação Básica
Os vencedores da II Fecti, professores e alunos, que enviaram seus trabalhos e participaram da Segunda Feira de Ciências Tecnologia e Inovação realizada em 2006 no Museu da República, no Rio de Janeiro, participaram da Primeira Feira Nacional de Ciências da Educação Básica, a Fenaceb, que aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de novembro no campus da Pampulha na UFMG em Belo Horizonte, Minas Gerais, juntamente com alunos de todos os estados brasileiros.
Prosa prazenteira
Para ler ouvindo Chovendo na roseira, de Tom Jobim
Novos Estudos
Há mais de vinte anos, o Cebrap, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, publica Novos Estudos, prestigiada revista multidisciplinar de ciências humanas, literatura e artes que traz artigos de autores nacionais e estrangeiros, debates, entrevistas, resenhas e ficções inéditas.
Sylvia Orthof
Saí em busca de um poeta com coração de criança. Há alguns, não demasiados, nem bastantes. Mas, sem dúvida, a saudosa dramaturga, poeta e contista Sylvia Orthof, que nunca devia ter-nos deixado, é um dos mais belos exemplares desse tipo de coração. E fui encontrar seus últimos poemas em www.docedeletra.com.br , a revista eletrônica de meus amigos Davide Mota e Rosa Amanda Strauzs, dedicada a crianças e jovens. Eram ainda anotações, não totalmente revistas, testamentos de quem pode, com segurança, declarar: "Virei criança".
A ficção do cotidiano
João Gilberto Noll, gaúcho de Porto Alegre, escritor do mundo, lançou seu primeiro livro em 1980, O cego e a dançarina. A partir daí, não parou de escrever em jornais e de publicar seus livros: A Fúria do corpo (1981); Bandoleiros (1985); Rastros do verão (1986); Hotel atlântico (1989); O quieto animal da esquina (1991); Harmada (1993); A céu aberto (1996); Canoas e marolas (1999); Berkeley em Bellagio (2002); Lorde (2004); A máquina de ser (2006). Teve a obra reunida em volume único pela Companhia das letras em 1997 e publicou também Mínimos múltiplos comuns, em 2003, reunião de contos curtos publicados na Folha de São Paulo.
Guimarães Rosa na travessia do Grande Sertão
É assim que começa um dos livros mais estudados da literatura brasileira: Grande sertão: veredas. Já leu já, meu doutor?
Anúncios de alimentos engordativos estão com dias contados
Preocupados com o aumento no número de brasileiros acima do peso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária colocou em consulta pública uma proposta de Regulamento Técnico sobre a publicidade de alimentos ricos em açúcar, gorduras saturadas, gorduras trans, sódio (sal) e bebidas com baixo valor nutricional.