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Speak português?
Um drive thru aqui, um self service ali depois de trabalhar a manhã inteira vasculhando home pages no trabalho, e o sujeito não tem como negar: os estrangeirismos se tornaram parte comum do nosso cotidiano. Para muita gente, algo bastante aceitável, uma das provas de como a dinâmica com que se formam as línguas não poderia ficar alheia à globalização. Para outros, como o pessoal do Movimento pela Valorização da Cultura, do Idioma e das Riquezas do Brasil, que anda espalhando cartazes pela cidade em sinal de protesto pelo abandono do português, é caso de autoestima do povo verde-e-amarelo. Opinião parecida é a do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP), que apresentou, na Câmara, projeto que "dispõe sobre a promoção, a proteção, a defesa e o uso da língua portuguesa". O texto, de 1999, está agora na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Iluminando o pensamento de Octávio Ianni
Certas vivências nos fazem sentir na pele o que as mais recentes teorias pedagógicas não se cansam de repetir, com razão, sobre a importância da interdisciplinaridade ou transdiciplinaridade na construção do conhecimento. Entender o conceito, eu acho que já tinha entendido. Mas, passei por dois momentos especialmente vivos que me comprovaram a tese de que um saber ilumina o outro e vice-versa, e um terceiro saber se produz dessa rede e conexão de saberes.
Quilombos fluminenses lutam para manter sua identidade
Uma segunda-feira de manhã, ao invés de pegar o carro e ir direto para o Rio, para a redação do Portal, fui visitar o Quilombo de Santana, em Quatis. Meu objetivo era ver como, 118 anos depois da abolição e 311 da morte de Zumbi, vivia uma das 25 comunidades quilombolas do estado, o que havia sobrado de suas tradições, sua religiosidade, sua cultura. Afinal, o Dia Nacional da Consciência Negra se aproximava e seria interessante contar pelo menos a história de um desses quilombos para os leitores do Portal.
Aos meus queridos alunos do Ciclo de Alfabetização
Hoje, No lugar de um Texto didático, Explicativo,Objetivo, Eu queria escrever um Projeto-Poesia... Um Projeto-Poesia com palavras simples, Como o mel... Para ser lido, não pelas rimas ou pelas sintaxes perfeitas, Como as poesias que líamos nos nossos exercícios escolares Como os projetos que fazemos Curriculares Eu queria ser capaz de fazer estas letras Virarem poesias nas mãos trêmulas dos meus alunos Que eles brincassem com as palavras E com elas inventassem ideias Novas ideias... Na cabeça de quem as pudessem ler. Hoje, amanhã, e de muito depois. Eu queria ser capaz de mudar estes alunos Com meu Projeto-Poesia E que eles transformassem cada letra lida Em gotas de chuva Molhadas de sensibilidade Carregadas de sensações E como nuvem cor de rosa de céu ensolarado Entrasse pelos olhos E, num momento mágico, devagarinho, despertando campos floridos Caíssem como orvalho de seus dedos Na impressão do papel prova concreta do sonho-real Eu queria ser capaz de fazer com que... Pelas páginas de um livro qualquer livro Meus alunos transformassem cada significante Em estrelas de sonho Brilhantes pela imaginação Coloridas pela memória E como massa estelar, via-láctea simbólica, em céu estrelado, entrassem também pelos olhos E, num momento mágico, Despertassem o sono E se transformassem em novas significações. Um jeito novo de ver o velho. Gotas de esperanças Entrem por favor, nestes olhos que leem, Nestes dedos que escrevem Convidem este ser aluno a ser cidadão A redescobrir sua sensibilidade A resgatar sua imaginação e seus sonhos A perceber por todos os seus poros Por todos os sentidos E depois, por trás destes olhos mais sensíveis. Que ele pode... Iluminem também, Gotas , por favor, Este ser humano que vos escreve Também professor, Que só com este olhar, Enriquecido Revigorado Pode pensar em palavra poesia junto a outros seres humanos.
Fernando Pessoa
O querido amigo Zé Pereira, já há alguns dias, enviou-me uma sugestão-contribuição temperada com algo que pode ser lido como reivindicação, mas também como crítica delicada e sensível. A leitura que fiz incorpora ambos sentimentos, afinal, marginal, identifico-me mais com aqueles poetas que podem estar em todas as esquinas, mas não estão em todos os balcões de livraria. Uns banidos por serem considerados chatos (e o mais que querido Ascenso expressa tal sentimento sobre Camões, que nos impingiam como educação cívica em vez de arte) e outros simplesmente esquecidos ou desconhecidos de quem vende e de quem compra. O chamado de Pereira se refere a um dos mais JUSTAMENTE badalados, que não iria nos faltar, embora eu tenha essa preferência por instigar as torturantes perguntas: "Por que eu não li esse cara? Por que não conheço esta poeta?". No entanto, digo em minha defesa que em breve trarei aqui Cecília Meirelles, nunca esquecida, que engrandeceu a poesia, como poeta, e simultaneamente prejudicou-a, como educadora, ao combater as aulas e as atividades de declamação, prática que achava horrorosa. E virão outras e outros.
Ainda há tempo para deter aquecimento global
Este mês de novembro, o ex-futuro presidente dos EUA, Al Gore, nos convidou para conhecer o fenômeno do Aquecimento Global e refletir sobre suas consequências para o mundo em que vivemos no documentário Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth, EUA, 2006).
Um universo de descobertas
O Colégio Estadual Teotônio Brandão Vilela, colégio público da cidade de Itaocara, localizada no noroeste fluminense, desenvolve uma série de projetos com o intuito de melhorar os processos de ensino e aprendizagem das várias turmas dos segmentos de ensino fundamental e médio que oferece.
Gustavo Capanema
Mais conhecido pelo nome do edifício-sede do Ministério da Educação, no Castelo, Rio de Janeiro, Gustavo Capanema foi o homem que representou a política e os ideais do Estado Novo na cultura e na educação brasileira, nesse período. Capanema foi ministro da Educação e Saúde de Vargas, entre os anos de 1934 a 1945, quando realizou obras importantes, entre as quais se destaca a criação de órgãos nacionais como a Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e o Instituto do Livro.
Quase uma paz
Na mitologia de diversos povos existem heróis que morrem e que ressuscitam. Mitra, Dionisus, Cristo. Do mesmo modo também existem bandas que morrem e ressuscitam. O New Order, que recentemente se apresentou no Brasil, é um desses exemplos. Na sua origem ela tinha outro nome, Joy Division (esse é um elemento também da ressurreição, ou mesmo de qualquer processo iniciático: a troca de nomes). Surgida no final dos anos setenta no distrito industrial de Manchester (Noroeste da Inglaterra), o Joy Division canalizou influências dos Stooges e Velvet Underground, para oferecer ao nascente movimento punk um lado denso e sombrio, que iria determinar as regras estéticas nos anos oitenta. Tudo aquilo que se convencionou a chamar de gótico ou pós-punk (do Bauhaus ao Legião Urbana), tem o seu débito com o Joy Division. Mas com dois discos apenas e uma turnê para a América agendada o Joy Division morreu, ou melhor, se suicidou.
Planeta Educação
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