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Um passeio histórico geográfico
O Portal da Educação Pública apresenta, aqui, dois artigos, sobre história e geografia, e uma reflexão em que os autores passeiam pelas palavras e veem a história do Rio de Janeiro, a importância da geografia como interpretação crítica e uma metodologia para incentivar alunos e professores a pensar melhor nestes tempos de acesso mais fácil à informação:
O tempo do silêncio
Eduardo Coutinho é uma referência obrigatória quando o assunto é o documentário contemporâneo brasileiro. Na verdade, Coutinho balizou no Brasil o gênero cinematográfico, com carreira iniciada no seu clássico Cabra Marcado para Morrer, terminado em 1981. Coutinho fez escola e conseguiu abrir, mesmo que parcamente, o mercado brasileiro ao documentário. Mas sua contribuição mais importante está mais na forma sugerida do que no respaldo reconhecido pelo público pagante. E aí há um paradoxo, uma espécie de encruzilhada causada por um modo extremo de se fazer documentários. Nos filmes de Eduardo Coutinho, a intervenção autoral não se esconde. Sem querer reproduzir um discurso ingênuo, da imparcialidade ou da objetividade frente ao foco do estudo, a verdade é que em filmes como Babilônia 2000 e Edifício Master, o autor se apresenta para tentar a maior distância possível do seu tema. Ele não nega a própria presença, ele não nega a presença da câmera, ele não tenta esconder que há nesse ritual de entrevistador-câmera-entrevistado uma conduta padrão, tanto por parte do realizador, como por parte de quem cede sua imagem, sua voz, seu discurso. É uma radicalização da transparência: é dizer ao expectador, "você está assistindo a um documentário, e nele tudo e nada é verídico".
Subcidadania e modernidade periférica
Podemos dizer, sem muita extravagância, que o livro de Jessé Souza A construção social da subcidadania constitui leitura proveitosa no campo do que se poderia chamar de marxismo com gravitação militante entre nós. Um campo que, salvo alguns ensaios em áreas pecebistas, constituiu-se não apenas sem interpelar os grandes nomes políticos da sua tradição (Lenin, Gramsci, Togliatti-Berlinguer), como também se apresentou extrínseco ao melhor do nosso pensamento social. Lembramo-nos deste tipo de estilo quando vemos nesse seu novo livro Jessé Souza expor, em outro registro, uma instigante leitura da contemporaneidade e das nossas classes subalternas, realizando justamente um criativo diálogo com as tradições intelectuais - primeiro, com Weber, Charles Taylor e Bourdieu e, depois, com os clássicos da modernização brasileira.
Pequena História do Carnaval
Publicado no site Ao chiado Brasileiro
Sobre ler, escrever – e educar crianças
É hora de por um fim em todas as manchetes sobre problemas de desempenho em nossas escolas - uma tarefa de longe mais fácil do que muitos imaginam. Primeiro parem simplesmente de chamar esses estabelecimentos de escolas, quando são na verdade instituições híbridas que estão criando muitas de nossas crianças, não somente as educando. Então, assegurem-se de que aqueles que fazem serviços tipo o das famílias devotem-se exclusivamente a essas tarefas, para que os educadores possam se concentrar nas matérias.
Como as eleições evoluíram no Brasil
Ministro Sepúlveda Pertence
Histórias da campanha da Itália
No bojo das comemorações dos 60 anos do fim da II Guerra Mundial foi lançado o primeiro livro a tratar da história na vida de um pelotão da Força Expedicionária Brasileira. O livro é Irmãos de Armas: um pelotão da FEB na II Guerra Mundial (Codex, São Paulo, 2005), resultado da parceria do veterano José Gonçalves e do historiador César Campiani Maximiano.
Como criar um ambiente saudável na escola
É mais fácil praticar do que escrever quando se trata de criar um ambiente. Mas não há dúvida, a confiança que se deposita no professor é a pedra de toque para que saudáveis sejam as relações dentro da escola.
Juventude com causas
Um filme cujo título é "Edukadores" (Edukators) não precisaria de muitos argumentos para convencer ou, pelo menos, despertar a curiosidade de pessoas, como nós, envolvidas direta ou indiretamente com educação para que fosse assistido. Ainda assim, o filme pode ter passado despercebido por muita gente que já não frequenta os cinemas ou tem pouco tempo para ir à videolocadora mais próxima. E é para esses que vale a pena insistir: trata-se de um ótimo filme que coloca em cheque um grito juvenil lançado por Cazuza e bradado nos anos 1990 que dizia "ideologia, eu quero uma pra viver!"
Estranho e provocador
Levado às telas, recentemente, pelo projeto "Professor Vai de Graça ao Cinema", do programa Cine Escola, "Impulsividade" (vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance de 2005)apresenta uma situação insólita: um belo adolescente chupa o dedo polegar como um bebê. A cena provoca estranhamento, mas, também, um interesse imediato pelo destino do personagem principal da trama.