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Mulheres fundamentais para a construção do Brasil
Em 13 de maio de 1888, os alunos maranhenses cantaram o Hino de libertação dos escravos, composto por Maria Firmina dos Reis.
Tipologias brasileiras: o pelintra
Uma das interpretações memoráveis de João Caetano ocorreu no ano de 1846, no teatro São Pedro de Alcântara. O papel: D. Cézar Bazin, protagonista da peça homônima de Dennery.( PRADO, 1972, 92-94) O ator brasileiro, reconhecido por suas atuações vigorosas e expressivas, deu corpo ao personagem título destacando o patético, exagerando nos trejeitos e ornamentos que poderiam ser lidos como a representação de uma nobreza cada vez mais anacrônica, lutando para se manter atuante em meio às atordoantes transformações sociais de seu tempo. Com o sombrero espetado por uma enorme pena branca, na tradição romântica dos panache, Cézar Bazin, nobre bêbado, endividado, mal vestido, realizava inúmeras peripécias diante de um público atento e ruidoso: protegia os fracos e oprimidos, salvava virgens ameaçadas, expressando em gestos caricaturais sua bravura cômica. Não deve ter sido difícil para os espectadores identificarem aí um tipo muito comum aos transeuntes cariocas, como atestam alguns escritos do período.
Era uma vez... Espaço
Era uma vez um menino muito grande e bonito chamado Espaço.
JORGE DE SENA
Este encontro é com Jorge de Sena, cidadão do mundo e um dos poetas e críticos mais importantes da Língua Portuguesa, da qual diz: "Eu sou, eu mesmo, a minha Pátria. A pátria de que escrevo é a língua em que por acaso de gerações nasci".
MPB Cifrantiga
Acostumado a procurar letras de músicas na rede, acabei encontrando um lugar diferente. Normalmente, os sites e blogs limitam-se a dar as letras e, menos comum, essas vêm acompanhadas das cifras. Raríssimos, como o MPB Cifrantiga, oferecem as duas juntas e, de quebra, a história de algumas dessas composições.
Desigualdade, injustiça ambiental e racismo
Em seu artigo "Desigualdade, injustiça ambiental e racismo: uma luta que transcende a cor", Tania Pacheco nos apresenta o conceito de Racismo Ambiental e discute a importância de se posicionar contra quaisquer formas de desigualdades, respeitando a diversidade cultural e construindo a possibilidade de uma cidadania plena entre nós. Para Tania, índios, nordestinos, pescadores, populações ribeirinhas, entre outros, mesmo não sendo alvos de rótulos claramente racistas, são igualmente vítimas de preconceito.
Creio porque absurdo
Amanheci o dia procurando uma edição do livro de Edgar Allan Poe, "Histórias Extraordinárias". Tudo porque queria lembrar o nome de um conto. A história é a de um assassino que, perseguido pelo fantasma de sua vítima, acabava enlouquecido, confessando seu crime ao primeiro policial que via na rua, suplicando para ser preso. Esse é um tropo recorrente na literatura. Shakespeare teve seu MacBeth, de cujas mãos o sangue não saía. Dostoievsiki produziu Raskolnikhov, o mais humano dos assassinos, para defender a tese de que não é possível fugir dos sentimentos morais que nos constituem.
"O grande desafio será mundializar o FSM"
Cândido Grzybowski, Director Geral da Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e um dos membros fundadores do Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, concedeu uma entrevista ao jornal Meianoite, em Nairobi, no Quênia, onde foi realizado o FSM de 2007. Entre outros assuntos, Grzybowski faz o balanço do FSM e explica o seu significado político para África, continente que acolheu este evento pela primeira vez na história. Diferente dos que continuam a dizer que o FSM é um espaço aberto para as massas, Cândido prefere apelidá-lo de uma "elite das organizações da sociedade civil", uma vez que não representa exatamente as bases. Traça os desafios do FSM, como uma organização da sociedade civil global e adivinha dias difíceis, em termos de organização do mesmo. Por isso, em 2008, ainda segundo ele, a ideia é não se organizar o FSM, mas sim manifestações nacionais coincidentes com o Fórum Econômico de Davos.
"AO DESAFIO DO OLHAR", A SOCIEDADE PARALELA NA CONFIGURAÇÃO SOCIOCULTURAL CRIOULA BRASILEIRA.
O Rio de Janeiro, ao final do século XIX, final do segundo reinado do primeiro Rei crioulo brasileiro Pedro II, vivia uma fase de grandes desafios. Verificá-los com a profundidade que merecem e exigem, requer finura de observação de qualquer observador mais atento, representa um verdadeiro "Desafio do Olhar". Tais comportamentos nos atrevemos agora aqui. Um deles era o de conter a escalada da violência das Maltas de Capoeiras. Esta abria espaços na construção de uma fantasia que paralisava o pensamento e as ações, aumentando o sentimento de impotência da cidade. Quando a violência assume proporções de entidade onipresente e onipotente, acaba por transformar-se em algo incoercível e imbatível, como podemos sentir. Entretanto, no momento em que observamos os atos violentos por outro ângulo, percebemos que a pretensa homogeneidade e invencibilidade do fenômeno, não correspondem às atitudes criminosas reais do sujeito, ou seja, o capoeira, elemento que retrataremos aqui como figura central, isoladamente não é significante nem significativo para nossa pesquisa. A ele aplica-se meramente uma análise tipológica de comportamento. Mas, se contemplarmos Maltas, em sua lógica de composição, comportamento e ação, veremos configurado um outro horizonte, bem mais interessante à nossa abordagem porquanto constituiam-se em verdadeiras organizações criminosas que se institucionalizavam sempre na clandestinidade.
João Cabral, nas águas do idioma pedra
A Soledad Barrett, Gregório Bezerra e Luiz José da Cunha, o Comandante Crioulo, memórias que vivem na pedra e na alma.