Biblioteca
Filtrar os artigos
A vez do livro e o livro da vez: que tal um agradável ciclo da leitura?
Os brasileiros leem, em média, quatro livros por ano; menos da metade deles é lida na íntegra. Esse é o triste resultado da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em 2012.
Nas trilhas do contemporâneo: Paulo Leminski
A poesia contemporânea brasileira passa bem, sim, obrigado. E esse estado de saúde se deve a alguns cuidados que ela vem tomando já há um tempinho. O seu organismo vem apresentando sinal de resistência e um esforço distraído, de presença diferenciadora, no cenário atual de tanta repetição, tanta cabana, tanto monstro e tantos coelhos e autoajudas. Verdade seja aqui registrada: o público leitor de poesia, se por um lado foi se tornando mais escasso ao longo do século XX, por outro vem se impondo de maneira singular e mais exigente. No caso brasileiro, que é o que nos interessa aqui, alguns tópicos precisam ser levemente apontados, como o grande divisor de águas que foi a experiência concretista dos anos 1950. Também a poesia marginal dos 70, juntamente com a irreverência tropicalista, a recessão econômica dos anos 80 e um universo de leitores bastante reduzido (seria necessário ainda falar de nossos índices de analfabetismo, inclusive nas megalópoles?) e acabaremos por chegar à maior das obviedades necessárias: poesia é para poucos, ou, como adverte a grande estudiosa e referência obrigatória da contemporaneidade poética, Heloísa Buarque de Holanda, em sua antologia antológica dos poetas dos anos 90, “o alijamento se traduz em escassos leitores, confinando, quase que fatalmente, o público leitor de poesia aos seus próprios poetas e simpatizantes”.
Olhares Geográficos
Olhares Geográficos é um blog de Geografia que, mesmo para quem não curte a disciplina, pode ser divertido. São diversas as atividades lúdicas propostas que parecem de fato fazer com que se estude a matéria sem sentir, pois, segundo a autora do blog, “jogos pedagógicos podem ser grandes aliados para o ensino dentro da sala de aula”.
Afinal, por que o plágio?
Um dos melhores filmes dos últimos tempos, As Aventuras de Pi, é baseado no livro Life of Pi, do canadense Yann Martel. A grande metáfora da narrativa é expressa na convivência entre um menino hindu e um tigre após um naufrágio, em um bote salva-vidas perdido no oceano. A partir dessa ideia, Martel desenvolve uma história que comove por conseguir discutir o sentimento metafísico de modo lúcido e ao mesmo tempo poético. E mais não escrevo sobre o filme. Quem não viu vá ver. Quem viu mande e-mails à redação para conversarmos a respeito.
Análise de uma tragédia grega: Oréstia, de Ésquilo
Oréstia é uma trilogia composta pelas peças Agamênon, Coéforas e Eumênides; foi encenada pela primeira vez em 458 a.C., sendo a vencedora do primeiro prêmio nas festas dionisíacas de Atenas.
A presença do negro no pensamento social brasileiro
Este artigo baseia-se em uma discussão bibliográfica sobre como a presença do negro na sociedade brasileira foi avaliada no pensamento social brasileiro. Tal literatura, de caráter histórico e socioantropológico, constitui objeto cujo foco principal é analisar linhas específicas do pensamento social brasileiro a respeito do negro na América portuguesa, não objetivando, entretanto, realizar uma história das ideias. O conhecimento da teoria social do início do século XX interessará apenas como um meio para captar o seu reflexo na realidade social e na nossa maneira de pensar e agir politicamente no Brasil de hoje, analisando de que forma a presença do negro na sociedade brasileira foi avaliada no pensamento social brasileiro e como a questão da passividade/ resistência foi abordada pelos autores selecionados.
Invisibilidade pública: que legado deixaremos às novas gerações uma vez que, em pleno século XXI, adotamos uma postura antissocial?
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante, lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a "greve do pão dormido". De resto, não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que, obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido, conseguirão não sei bem o que do governo.
O que o filme Lincoln não diz sobre Lincoln
O filme “Lincoln”, de Steven Spielberg, que acaba de estrear no Brasil, narra como esse presidente de forte lembrança popular lutou contra a escravidão e pela transformação dos escravos em trabalhadores. O que a obra cinematográfica não conta, porém, é que Lincoln também lutou por outra emancipação: que os escravos e os trabalhadores em geral fossem senhores não apenas de sua atividade em si, mas também do produto resultante de seu trabalho.
Internet e o consciente coletivo
Em 2007 escrevi uma matéria sobre a semelhança entre o Google e o Aleph – um dos mais famosos contos de Borges. Agora, anos depois, o cenário da internet tornou-se ainda mais amplo: os poderes de suas redes sociais ultrapassaram as dimensões alephianas. Tais mídias, antes dominadas pelo Orkut (que viveu seu período áureo entre 2004 e 2008), foram ofuscadas pelo Facebook, que, devido à sua abrangência internacional (o que não acontecia com o Orkut), vem ganhando mais adeptos a cada dia.
Compreendendo a Educação Especial e a Educação Inclusiva
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1945 por líderes mundiais que se preocupavam em proteger o ser humano das atrocidades vistas nas grandes guerras do século XX. Em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada, também com o intuito de acabar com injustiças e comportamentos desumanos para com o próximo. Em seu Art. 1º, ela afirma que todos os homens nascem livres e iguais, tanto em dignidade como em direitos e que devem agir uns com os outros no espírito de fraternidade.