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Laços (e embaraços) da família contemporânea

"Ele é meu irmão só por parte de mãe; a minha mãe é casada com o pai dele; ela é minha irmã do terceiro casamento da minha mãe, eu sou do segundo; meu padrasto é como se fosse pai, o meu pai de verdade casou de novo e a gente quase não se vê..."

Mamãe literatura

Grandes crises começam com rupturas profundas no tecido de nossas crenças particulares. Imagine se um dia alguém lhe disser que você não é filho de quem pensa que é. Definitivamente essa não é uma informação trivial. Dizer: “olha, seu carro está com o pneu furado, um abraço”, não é a mesma coisa de: “olha, você é filho do dono da padaria, um abraço”. Saber a própria origem é algo que ajuda a definir nossa identidade. Há um brocado jurídico que diz: “a maternidade é um fato, mas a paternidade é uma questão de profunda fé”.

E o rabo balançou o cachorro?!

É inexorável o avanço do conforto que a tecnologia apresenta e, brevemente, com fácil acesso a todos. Estamos caminhando para um urbano/urbano? Lidar com um universo de mundos sociais de interdiálogos complexos e, até ininteligíveis à lógica concreta que se nos apresenta a novidadeira e violenta realidade especial nos dias de hoje que se vive. Mas não podemos esquecer que ela nos desafiou, como desafia sempre. Estamos diante da imponderável e desafiadora tarefa de lê-los no tempo presente. Nossas lentes são limitadas ainda, mas, embora nossos movimentos também, prejudicando nossas observações e verificações mais detidas, não podemos recuar, sob pena de renunciarmos a todas as conquistas!

Crônica de criança e de gente grande

Um menino barrigudinho, bico na boca e uma força tamanha no pé, respondeu com raiva, mas sem palavra, ao convite de Chacovachi para dividir com ele o lugar do palhaço na rua do mercado no Anjos do picadeiro. Parecia saber bem a piada que o aguardava. Se o palhaço, esse ser que finge ingenuidade, mas é o cara mais sabichão do planeta, achou que encontraria ali, disponível, a candura de uma criança pequena, teve que fazer uma busca mais demorada; pareceu-me que as crianças doces e amáveis, nesses tempos de hoje, estivessem extintas. E o palhaço: "alguma criança normal na plateia?". Triste, mas o normal, a gente grande pensou, é ser criança e ser assim: embirrento, dono do mundo, sem limites e profundamente egoísta. Claro que não se pode dizer isso desse menino ainda de bico, mas ele já manda o recado: no próximo Anjos do picadeiro, os palhaços que se cuidem!

A Aventura das partículas

Patrocinado pelo Particles Data Group (PDG) e criado pelo Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley (LBNL/Universidade da Califórnia, Berkeley), A Aventura das Partículas é um site criado para divulgar informações com base na ciência de ponta do campo da Física das Partículas. O objetivo dos autores é que o material tanto possa ser usado como um livro quanto servir de referência aos usuários interessados no assunto.

As crianças brasileiras precisam ser recuperadas

Continuando com sua interessante e esclarecedora entrevista, a professora Juracy Silveira declarou que o segundo item de seu "ponto de honra" como diretora do Departamento de Educação Primária da Prefeitura é proporcionar às crianças que se encontram sob sua orientação pedagógica "maior riqueza de oportunidades educativas, para que possam resolver seus próprios problemas e os do grupo a que pertencem".

O Tempo circular dos Deuses

O tempo mitológico é o tempo cíclico das estações do ano, do plantio e da colheita, da vida. Um espelho da natureza arcaica, cujo papel é soberano. Nela, os Deuses mitológicos e o tempo deles se organizam. Não há uma separação entre Deus, homem e natureza. Um é continuação do outro, todos esses elementos estão interligados, ou melhor, são uma só coisa. É a physis.

Menino enquanto brinquedo

O menino olhava mansamente o brinquedo. Com suas pequeninas garras ele o desmontou em pedaços e quanto menor o objeto ficava mais suas garras agitavam-se no ar. Ao término de sua tarefa, com os destroços do objeto esparramados em cada canto de chão, o menino pôs-se a olhar absortamente. Seus olhos andaram de um pedaço a outro, procurando, talvez, algum outro que fosse ainda decomponível. Depois de executado o percurso, sentiu ele uma tristeza intransferível e olhou os espaços vazios entre os fragmentos do brinquedo. Ficou decididamente confuso e, como não entendesse como poderia haver vazados entre as coisas, tentou reunir, com suas belas garrinhas, o lixo do objeto destruído. Tratou de empilhar o máximo que pôde, não sabendo ao certo se desejava recompor alguma imagem inicial do brinquedo ou se era apenas para esquecer que tinha percebido os vazados. Amontoou tudo o mais que pôde, o que não era grande esforço e, de maneira surpreendente, passou os olhos ao redor de si, retendo apenas a estranha experiência do espaço. Na verdade, teve a primeira sensação de desânimo, aquela derrota que, um dia, o faria homem e, o que é pior, destinado sempre ao fracasso.

Desconhecida íntima

Certa vez um professor que me deu aulas quando cursava a graduação em Filosofia me encontrou no Centro de Convivência do Campus da UFRN. Era um daqueles poucos dias chuvosos que de vez em quando insistem em quebrar a monotonia da luminosidade e do calor impiedoso, que tornam o clima de Natal tão sedutor para alguns e tão infernal para outros. Por causa da chuva, eu estava parado diante de uns 20 metros de lama que me separavam do meu Ford Fiesta. Pressionava a chave do carro no meu bolso, pensando se seria mais vantajoso atravessar aquela lama debaixo da chuva ou esperar que o céu abrisse um pouco mais. Foi quando o meu antigo professor aproximou-se e me disse: “Olá, Pablo. Como é que vai? Soube que você virou jornalista”. Até aquele dia eu não tinha notado, mas existe algo mal resolvido envolvendo jornalistas e filósofos.

Podem os Poderes Emergentes do Sul Tornarem-se Forças Progressivas na Arena Global do Clima?

Por ocasião de recente evento em Berlim - McPlanet.com 2007: Clima de Justiça - , organizado por diversas entidades da sociedade civil alemã, tive a oportunidade de participar de interessantes debates sobre justiça social, mudança climática e crescimento. Na Alemanha, a questão do clima está, literalmente, "esquentando" a agenda pública. Na minha avaliação, porém, a urgência de ação que a questão exige faz com que importantes atores optem por um perigoso pragmatismo. Valores fundamentais, sonhos de uns outros mundos possíveis e fundamentos inegociáveis, bases da força política renovadora dos movimentos sócioambientais nas últimas três a quatro décadas, ficam em segundo plano. Será que é possível ganhar a batalha do clima sem mudar o sistema econômico que destrói tanto o bem comum maior da vida, a atmosfera, como as bases de uma sociedade sustentável, democrática e justa?