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Da linguagem à ilustração, uma nova criação
Nossa figura, quando refletida, nos joga num espaço invertido, ambíguo, entre a ilusão e a realidade, que lembra a inversão que o aparelho óptico opera durante o processo de captação da imagem pela retina. Quando nos deparamos com a nossa imagem no espelho, o olhar penetra numa falsa profundidade. Esse aspecto enganador, somado a sua frieza e lisura, faz que o espelho simbolize, mais do que qualquer outro objeto, a superficialidade e a vaidade que nos fazem reféns, num mundo dominado pela imagem.
Reflexões sobre Arte, Museus de Arte e Aprendizagem de Arte
Acabei de ler, com entusiasmo, o trabalho da professora Maria de Lourdes Tura: Escola, Homogeneidade e Diversidade Cultural no livro Educação e Cultura: pensando em cidadania, da coleção Educação e Sociedade recém publicado pela editora Quartet. Lourdes tem se dedicado a investigar o campo da cultura escolar e a escola básica. Ela encerra sua argumentação ressaltando que rompendo-se o isolamento da escola com a comunidade que a cerca "O que se estará adquirindo, então, são ferramentas conceituais necessárias para interpretar a realidade e tomar decisões a partir daí. Uma dessas ferramentas será a capacidade de analisar o mundo em que se vive, dialogar com suas diferenças e inserir-se em um processo de emancipação, que possa acolher diferenças percebidas não apenas como organizadas numa justaposição que mantém suas fronteiras intactas, mas em uma interação que contamina as partes e instaura processos de transmissão/assimilação."
Sobre o ensino de arte visual
É impressionante o poder de sedução que as obras de arte visual exercem nas crianças. Por meio dessas obras, como as pinturas, desenhos, esculturas, vídeos e filmes, as crianças obtêm informação e conhecimento de forma lúdica e divertida, além de sentirem sensações muito prazerosas. Talvez exista um tipo de identificação, pois as crianças utilizam a arte visual de modo natural e intuitivo, durante toda a infância. Elas desenham para expressar o que apreendem do mundo e delas mesmas.
Projeto Portinari: uma reconciliação
Portinari não escolheu um bom momento para morrer. Suas tintas o intoxicaram aos 58 anos, privando precocemente o Brasil do pintor que lhe falava à alma. Cedo demais para perdermos Portinari, e justamente em hora crucial de nossa história. Ele foi-se em 1962. Estivesse vivo durante a ditadura que se implantou em seguida, faria ecoar pelo mundo sua militância de liberdade, dando cores e formas aos terríveis tempos em que era proibido pensar e sentir.
Literatura infantil: possibilidades de leitura a respeito das diferenças
Este artigo tem como objetivo central indagar como questões relacionadas à diferença podem estar sendo transmitidas em histórias infantis. A partir de tal perspectiva, busquei realizar minha análise embasada teoricamente em conceitos como diferença, identidade e estereótipo, defendendo a literatura – e em especial a Literatura Infantil – no desenvolvimento do sujeito, pois acredito que sua importância se dê na medida em que sua prática estimule o desenvolvimento imaginário, literário e reflexivo do sujeito (Abramovich, 1994).
Feira de Ciências. Por onde andam?
A contar pelo número de eventos programados e outros já ocorridos, 2005 é o ano da Ciência, na educação. No âmbito mais geral, foi escolhido o Ano Mundial da Física, em comemoração aos cem anos de publicação dos primeiros trabalhos de Albert Einstein. Foi também em abril de 2005 que assistimos ao imenso sucesso da Expo-Interativa - a mega feira de ciências que atraiu milhares de pessoas ao Riocentro, que aconteceu durante o Congresso Mundial de Museus de Ciência. Além disso, recentemente, o Ministério da Educação lançou a segunda edição do Prêmio Ciências no Ensino Médio, cujo objetivo é premiar projetos escolares inovadores nas áreas de ciências da natureza e matemática.
As coisas belas são difíceis
Às meninas que representaram minha nação na ginástica olímpica em Atenas
Bolinhas de gude!
No Brasil, é chamada de bola ou bolinha de gude por quase todo território. Gude era o nome dado às pedrinhas redondas e lisas retiradas dos leitos dos rios. Em alguns estados e regiões ela ganha nomes variados, como:
Brincadeira de índio
Há 15 anos, o trabalho de Maurício Lima é pesquisar jogos de vários lugares do mundo. Um dia, ele percebeu que não conhecia registro sobre as brincadeiras dos índios brasileiros e resolveu ir a campo para saber como esses povos se divertem. Assim, nasceu o projeto de pesquisa jogos Indígenas no Brasil que, entre outras curiosidades, revelou o jogo da Onça.