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A atualidade crítica de Antero de Quental

Causas da decadência dos povos peninsulares nos últimos três séculos foi escrito por Antero de Quental em 1871. Como se sabe, em tal ensaio o poeta empreende uma reflexão crítica sobre todo o percurso peninsular desde a Idade Média até o século XIX, a fim de perceber os “pecados históricos” responsáveis pela decadência.

Corpo e aprendizagem: a educação em questão

Carlos Drummond de Andrade – Metafísica do corpo

Ecce Homo

Não sei se você sabe, mas eu estudei em uma escola católica até concluir o meu Ensino Fundamental. Na época, em Natal, minha cidade, não havia muitas opções. Lembro que, naquele tempo, tínhamos aula de religião e geralmente elas eram, na verdade, aulas de uma única religião: o cristianismo católico. Costumeiramente a gente se deslocava até a sala de projeções onde uma freira exibia rolos e rolos de filmes religiosos em um Super-8 (sim, eu sou de um tempo em que videocassete era um artefato de alta tecnologia). Lembro com mais intensidade, até hoje, dos filmes sobre os episódios do Velho Testamento, mas também lembro de uma intuição estranha que eu tive quando assistia a um episódio sobre a vida de Jesus.

Instituto Alana

Em atendimento à sua proposta de promover a assistência social, a educação, a cultura, a proteção e o amparo da população para a melhoria da sua qualidade de vida e em favor de seu desenvolvimento, o Instituto Alana possui dois grandes segmentos em seu site: Espaço Alana e Criança e consumo. Além desses, na área institucional, o instituto apresenta seus objetivos, seu estatuto e oferece ao internauta a chance de contato através de e-mail.

O expressionismo abstrato

Se, por um lado, as obras de Willem de Kooning, Jackson Pollock, Hans Hofmann, Rothko e Barnett Newman, entre outros, causavam extrema polêmica no período pós-guerra, o crítico de arte Clement Greenberg denunciava os perigos de considerar a arte norte-americana abstrata como simples ruptura com a arte passada. Na década de 1950, todos os campos artísticos (música, literatura etc.) rompiam com estritas regras definidas pelos cânones de seu meio e extrapolavam antigos polos de influência, chamando atenção para produções artísticas fora da Europa. Mas, segundo Meyer Schapiro, embora parecesse arbitrário ressaltar as artes visuais, era na pintura que se observava uma verdadeira revolução. O historiador da arte comparou as experiências mais intimistas e profundamente pessoais e as invenções e experimentos que atritavam os limites da arte às mais importantes revoluções sociais, científicas e tecnológicas.

Descartes e as ideias materialmente falsas

Para o filósofo francês René Descartes, toda ideia é a representação de alguma coisa determinada, isto é, de um objeto que, por sua vez, é uma entidade na consciência. As ideias nos remetem a algo distinto de nós. Pelo fato de representar um objeto, a ideia tem realidade objetiva. Realidade objetiva é algo que pode existir independentemente do sujeito, mesmo que seja o conteúdo de uma ideia que esteja dentro do sujeito. Por exemplo: a ideia de uma cadeira está na mente do sujeito, mas seu conteúdo é objetivo. Como então se explicam as ideias materialmente falsas, já que tais ideias, apesar de serem representações, não representam coisa alguma, isto é, apontam para algo diferente de nós, que nada revelam? Será possível pensar em uma representação de nada?

A maçã de Martim - III

Altazor (1931), Vicente Huidobro.

Kant e as relações pedagógicas

Conhecido por seu trabalho na elaboração das três críticas (Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e a Crítica do Juízo), o filósofo Immanuel Kant tornou-se um marco na Filosofia. A revolução proposta em sua Crítica da Razão Pura envolve mudanças reais em relação ao problema do conhecimento. Podemos dizer que a primeira crítica se constitui no alicerce de seu trabalho. Ele escreve ainda muitos outros textos, menores mas não menos significantes. É o caso de Sobre a Pedagogia, A paz perpétua e Prolegômenos a uma metafísica dos costumes.É deste texto que será examinado: Resposta à questão: o que é esclarecimento?

Webrádio: um novo meio para uma pedagogia crítica da sociedade

(Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos

O corpo no último filme de Lars von Trier

O cineasta dinamarquês Lars von Trier vem, desde o final da década de 1980, destacando-se internacionalmente ao realizar filmes com propostas experimentais. Um momento decisivo de sua produção tem início com o filme Os Idiotas, de 1998, quando em que realiza sua primeira obra de acordo com as regras do manifesto Dogma95, escrito por ele e pelo cineasta Thomas Vinterberg em 1995. Dentre as regras da proposta do manifesto, destacamos as seguintes: o filme só poderia ser feito com a câmera na mão; em locações, ou seja, não em cenário construído; o som nunca poderia ser captado à parte das imagens; seriam proibidos quaisquer distanciamentos geográficos e temporais, devendo as imagens retratar somente o aqui-e-agora; não deveria haver ações superficiais (acidentes de carros, armas, explosões etc.); o diretor não deveria aparecer nos créditos. Com esse manifesto, havia a proposta de outro caminho para a produção cinematográfica que não estivesse atrelada a grandes orçamentos de filmes de Hollywood, de grandes produtoras europeias e de canais de televisão – os quais muitas vezes têm em suas produções interesses majoritariamente comerciais.