Este artigo tem por objetivo analisar a evolução da legislação, os avanços e os desafios encontrados na inclusão da pessoa surda no sistema regular de ensino. A inclusão educacional é assegurada pelas legislações nacional e internacional como um direito humano e social. Utiliza-se a abordagem qualitativa por permitir uma compreensão mais aprofundada sobre a temática, bem como a pesquisa bibliográfica e documental, com análise interpretativa dos dados. A proposta mais adequada à Educação de Surdos é a inserção na sala de aula regular, assegurando o direito à educação bilíngue.

Este trabalho socializa experiências desenvolvidas durante a realização de um projeto permanente sobre educação antirracista em uma escola pública municipal localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um estado que, assim como o Brasil de forma geral, apresenta profundas desigualdades sociais e raciais que se refletem diretamente na educação. Apesar de o estado possuir uma forte identidade cultural marcada por tradições regionais, as populações negras e indígenas ainda enfrentam situações de invisibilidade e discriminação nos espaços escolares e sociais.

O artigo analisa a Educação Escolar Quilombola e os impactos das políticas neoliberais entre 2018 e 2022, no contexto da pandemia da covid-19. Marginalizadas pelo racismo estrutural, as comunidades quilombolas sofreram com falta de infraestrutura, conectividade e políticas públicas. O Governo Federal da época, com agenda neoliberal e negacionista, promoveu cortes na educação, desmonte de políticas sociais e impôs a BNCC e a BNC-Formação sem diálogo, fragilizando o currículo ao priorizar competências técnicas. Na Educação Física, prevalecem práticas eurocêntricas que ignoram saberes afro-brasileiros, reforçando a necessidade de currículos específicos que valorizem práticas culturais e religiosas quilombolas.

O presente artigo tem como objetivo apresentar as inovações da legislação brasileira relacionadas ao ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, além de explorar as incongruências entre as iniciativas normativas concretas e a experiência diária dos educandos negros. Este trabalho parte do pressuposto de que, embora a Lei n° 10.639/03, combinada com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), torne obrigatório o debate acerca da diversidade étnico-racial nos ambientes escolares, em geral, a prática educativa permanece superficial no trato dessa temática.

Este artigo objetiva averiguar a eficácia de um produto educacional destinado a alunos do Ensino Fundamental com deficiência intelectual. A pesquisa seguiu as orientações da Resolução nº 510/16 do Conselho Nacional de Saúde. Foram analisadas conversas realizadas com três professores de escolas públicas que trabalham com crianças do Ensino Fundamental, valendo-se da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Os achados sugerem que o produto é relevante, apropriado à prática docente inclusiva e que inovação e ludicidade constituem, hoje, pontos cruciais no processo de ensino-aprendizagem e na Educação Inclusiva.

O trabalho relata uma prática de ensino de Língua Portuguesa do gênero debate regrado, trabalhando o eixo da oralidade para desenvolver algumas habilidades definidas pela BNCC em uma turma da 1ª série do Ensino Médio de uma escola do PEI de São Paulo. Trata-se de pesquisa descritiva, ex-post-facto, com dados oriundos do registro do docente e analisados na perspectiva do ensino de Língua Portuguesa em práticas de letramento. Destaca-se o uso da pesquisa sobre o tema em mídias digitais, o planejamento e construção da argumentação, escuta e reflexão a partir da fala do outro para a reformulação de argumentos.

Este artigo apresenta reflexões e análises sobre o Plano Nacional de Educação, suas condições de avanço e retrocesso, compreendendo as proposições pedagógicas para a atualização da maior política nacional da Educação. A metodologia utilizada baseou-se em revisão bibliográfica e pesquisas em estudos de pesquisadores e teóricos como Gaudêncio Frigotto, Marilena Chauí e Paulo Freire, que discutem a educação pública de qualidade, as condições impostas pelas políticas neoliberais e a formulação de políticas que representam os sonhos da classe trabalhadora.

Esta pesquisa objetiva analisar a prática lúdica educativa como método necessário e relevante no processo de ensino-aprendizagem. Busca compreender as contribuições das correntes teóricas sobre a ludicidade e investigar de que forma elementos como jogos, músicas, danças e brincadeiras podem auxiliar no aprendizado de cada educando. Também procura identificar como os educadores podem inserir essa prática em seus planejamentos e realizar aulas pautadas na ludicidade no cotidiano escolar. A metodologia utilizada foi do tipo bibliográfico qualitativo.

Este artigo analisa os desafios da utilização de metodologias ativas aliadas às tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) no Ensino Médio. A pesquisa, de abordagem quantitativa e qualitativa, foi realizada com docentes da cidade de Itaperuna/RJ, por meio de questionários sobre práticas pedagógicas, infraestrutura e uso das TDIC. Os resultados evidenciam que, embora as metodologias ativas favoreçam o protagonismo estudantil, sua implementação enfrenta obstáculos estruturais e formativos. Verificou-se que as TDIC, quando utilizadas estrategicamente, potencializam a aprendizagem, mas não substituem o papel do professor nem garantem, isoladamente, práticas inovadoras.

O presente estudo investiga a dança como uma ferramenta de inclusão na Educação Física escolar, com foco na integração de alunos com deficiência. A pesquisa, de abordagem quantitativa, aplicou survey a alunos e responsáveis, com análise via SmartPLS e modelagem de equações estruturais. Os resultados indicam que a dança favorece o desenvolvimento individual e a interação social, revelando seu potencial inclusivo. Contudo, sua efetividade depende de investimentos em infraestrutura e recursos, ainda insuficientes, o que limita a participação plena de pessoas com deficiência.

O trabalho foi realizado na perspectiva da utilização da abordagem crítico-superadora nas aulas de Educação Física de uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental. As experiências foram observadas durante duas semanas de aulas práticas da disciplina, buscando analisar as diferentes possibilidades de trabalhá-la atrelada ao modelo daquela abordagem educacional. Os resultados foram positivos; alunos que apresentam repulsa às aulas de Educação Física, quando compreendidos em seus contextos sociais, emocionais e racionais, se tornam aptos às mudanças e criam interesse.

A educação, mesmo com tantos avanços no currículo, ainda tem sua prática voltada para conteúdos eurocêntricos. Com isso, há negligência das possibilidades de representatividade diversa para alunos e alunas de todas as etnias, especialmente para estudantes negros. Este estudo reflete sobre a importância do olhar para práticas pedagógicas antirracistas na Educação Básica, com base em vivência utilizando o conhecimento sobre histórias e obras de mulheres pretas na literatura em sala de aula. Durante a prática foi observada participação e interação efetiva dos estudantes, além do protagonismo presente durante toda a aula.

A pandemia da covid-19 causou mudanças na sociedade brasileira, principalmente para o sistema educacional, que se adequou às novas metodologias de ensino virtual/remoto. O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção de professores de escolas públicas estaduais de Simão Dias/SE quanto às dificuldades e consequências enfrentadas por professores e alunos durante o ensino remoto emergencial. Trata-se de uma pesquisa observacional em que participaram 42 docentes. Identificou-se que instituições de ensino precisam adequar-se à nova era digital e que políticas públicas sejam voltadas para o combate à desigualdade social.

A Biologia recorre a recursos visuais como apoio ao ensino, o que pode representar um obstáculo para a aprendizagem de estudantes com deficiência visual. Um dos principais desafios enfrentados pelos docentes é tornar o ensino de Biologia acessível a esse público. Neste trabalho, investigaram-se materiais produzidos por instituições ou indivíduos com o objetivo de subsidiar a elaboração de podcasts como estratégia didática inclusiva no ensino de Genética. A seleção dos temas baseou-se em conceitos estruturantes; os episódios, com duração máxima de dois minutos, foram gravados por uma das autoras por meio da plataforma Anchor.